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26/04/2014 - 09:51

Venda de sucata ferrosa chega a 300 mil toneladas por mês

Estudo do Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da FGV traz levantamento inédito sobre o setor no Brasil.

As empresas de comércio de sucata ferrosa no Brasil, uma das principais matérias-primas usadas na produção de aço, vendem mensalmente cerca de 300 mil toneladas do produto, adquirido junto às indústrias, ferros-velhos e cooperativas de catadores. Esse volume é negociado quase totalmente no mercado interno. Cerca de 57% das empresas comercializam apenas no mercado nacional e 43% delas tanto internamente como no exterior. Os dados fazem parte do estudo inédito “Dados Setoriais da Sucata de Ferro e Aço”, elaborado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido do Instituto Nacional das Empresas de Ferro e Aço (Inesfa). Tal estudo será atualizado regularmente e permitirá a divulgação periódica de um painel de indicadores do setor.

De acordo com o levantamento, feito com base em pesquisa com as empresas associadas ao Inesfa, 76,9% negociam diretamente com as usinas siderúrgicas, 3,8% com outras empresas de comércio de sucata e 19,3% tanto diretamente como com as siderúrgicas. Dez por cento das empresas analisadas respondem por cerca de 65% do total das receitas do setor. Em valores brutos, essa receita é de R$ 1,34 bilhão por ano. A maior parte das empresas associados ao Inesfa está concentrada no Centro-Sul do país, principalmente em São Paulo.

No total, cerca de cinco mil empresas no Brasil, a maioria pequenas e médias, fazem o comércio de sucata ferrosa. O setor garante renda a número estimado entre 600 mil e 800 mil catadores, independentes ou reunidos em cooperativas e associações. No total, 1,5 milhão de pessoas dependem desse mercado, entre a coleta, seleção, preparação e distribuição de materiais metálicos. Segundo o Inesfa, cujos associados são responsáveis por 47% de toda a sucata preparada no Brasil, o mercado fomenta a atividade das cooperativas de catadores, permitindo a inserção, inclusão social e melhor distribuição de renda no país.

A sucata ferrosa é um importante insumo utilizado no processo de fabricação do aço. Atualmente, a participação da sucata na produção de aço bruto no Brasil vem oscilando entre 26% e 28%, abaixo da média mundial, de cerca de 45%, informa o Inesfa. No exterior a sucata é tratada como commodity, com cotação internacional, e tem valores de 30% a 40% mais altos que no Brasil. Conforme o Inesfa, o Brasil exporta atualmente apenas 3,5% do volume da sucata consumida no mercado interno. Os principais países exportadores de sucata são, na ordem, Estados Unidos (22,1%), Alemanha (8,9%), Holanda (5,2%), Reino Unido (7,0%) e Japão (4,9%). Juntos, os cinco países respondem por quase 50% das exportações mundiais de sucata.

Para debater essas questões, o grupo de economia realizará o seminário no próximo dia 29 de abril (terça-feira), das 9h às 12h, na unidade Berrini da FGV, em São Paulo, com a presença dos autores do estudo, entre eles o economista Gesner Oliveira, ex-presidente do Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade) e da Sabesp e professor da FGV. O evento contará também com a presença de especialistas em comércio exterior e autoridades do setor.

Destaques do estudo: . As empresas de comércio de sucata ferrosa no Brasil adquirem mensalmente cerca de 300 mil toneladas do produto.

. O setor garante renda a 1,5 milhão de pessoas, desde a coleta, seleção, preparação, até a distribuição de materiais metálicos-

. O Brasil exporta atualmente 3,5% do volume da sucata consumida no mercado interno.

. A reciclagem de sucata ferrosa gera economia do espaço em aterros, o que aumenta sua vida útil, em linha com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

. A participação da sucata na produção de aço bruto no Brasil oscila hoje entre 26% e 28%.

. O uso da sucata apresenta vantagens ambientais, como menor consumo de energia e combustível e menores emissões de gás carbônico.

. Seminário de Lançamento dos Dados Setoriais da Sucata de Ferro e Aço, dia 29 de abril de 2014 (terça-feira), das das 9h às 12h, na FGV: unidade Berrini - Avenida das Nações Unidas, 12.495 – auditório, São Paulo (SP).

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