Plano de Área da Baía de Guanabara passa por teste

Simulação de acidente entre embarcações testa procedimentos de controle de emergências ambientais.

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e o Comitê do Plano de Área da Baía de Guanabara (PABG) realizaram, no dia 05 de junho (quinta-feira), Dia Mundial do Meio Ambiente, o 1º Exercício Completo de Resposta a Vazamentos de Óleo no Mar. A simulação de um acidente causado por um choque entre embarcações, com vazamento de combustível e explosão, verificou a eficiência dos procedimentos de controle dos riscos e possíveis impactos ambientais.

Mais de 50 pessoas em 17 embarcações participaram do exercício em mar, sob a coordenação do Comitê do PABG, que reúne a Capitania dos Portos, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Defesa Civil, Inea e 33 empresas que operam na área de influência da Baía de Guanabara.

O 1º Exercício Completo de Resposta a Vazamentos de Óleo no Mar testou o Plano de Emergência Individual do Pier Mauá e o PABG, que reúne todos os planos de emergência individuais das empresas localizadas na área. Trata-se do primeiro plano de área oficializado e de grande porte no Brasil.

Durante a simulação, que teve a duração de duas horas, ocorreu um choque entre duas embarcações, ocasionando um derramamento fictício de óleo combustível, agravado por um incêndio em uma das embarcações. A área foi cercada por equipes de emergência, dando início ao recolhimento do óleo, através de barreiras de contenção e recolhedores químicos. Foram utilizadas mantas de absorção e bombas de sucção para remoção do óleo na superfície da água.

Uma embarcação rebocadora de combate a incêndios controlou as chamas, mas o turbilhonamento da água espalhou a mancha fictícia de óleo combustível, o que levou ao acionamento do Plano de Área da Baía de Guanabara, mediante o contato com as empresas mais próximas ao Píer Mauá, que deram suporte na resposta à emergência enviando equipamentos e pessoal treinado. Com o reforço, a mancha foi controlada e a área limpa.

Durante a exposição sobre o simulado, o presidente do Comitê do Plano de Área da Baía de Guanabara, Paulo Cesar da Silva, explicou que o teste mostrou, pela primeira vez na prática, a integração dos planos de emergência individual das 33 empresas que atuam na Baía de Guanabara.

“O objetivo do exercício foi mostrar a eficiência dos procedimentos de controle dos riscos e possíveis impactos ambientais e a cooperação das empresas e órgãos públicos que atuam no planejamento e execução de combate à poluição ambiental por derramamento de óleo”, disse Paulo Cesar.

O diretor de Informação, Monitoramento e Fiscalização do Inea, Ciro Mendonça, classificou o simulado operacional como parte do processo de validação do PABG.

“Em função do que foi visto aqui hoje, nós vamos recolher as informações e avaliar o que fluiu bem e o que podemos aprimorar”, explicou Ciro.