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22/12/2007 - 08:31

Governo reprime venda de produtos agrícolas ilegais da Amazônia

Brasília (DF) - O governo federal anunciou nesta sexta-feira a proibição da venda de produtos agrícolas originários de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia, numa tentativa de conter o aumento da devastação registrado nos últimos meses.

Um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva impõe multa pela compra e venda de carne, soja e outros produtos produzidos em propriedades desmatadas ilegalmente.

"Isso vale tanto para (traders) internacionais quanto para os frigoríficos na Amazônia", disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista coletiva em Brasília.

Cerca de 700 agentes da Polícia Federal foram enviados à Amazônia nesta sexta para ajudar a combater a destruição ambiental. Eles se juntam a cerca de 1.650 fiscais do Ibama, agentes de inteligência, militares e outros representantes do governo que já estavam na floresta.

Segundo dados citados por Marina, o ritmo de desamamento da Amazônia cresceu 10 por cento entre agosto e novembro. A estação de secas neste ano foi prolongada na região, o que favoreceu a extração de madeira.

O preço internacional das commodities também estimulou os agricultores e pecuaristas a ampliarem sua penetração na floresta.

A medida do governo acontece em meio a intensa pressão internacional para que o Brasil reforce a preservação da floresta, cuja queima ou corte libera carbono na atmosfera, aumentando o aquecimento global.

Em agosto, o Brasil comemorou uma redução de 50 por cento no desmatamento num período de dois anos, atingindo a menor taxa desde 2000. Entre agosto de 2006 e julho deste ano, cerca de 9.600 quilômetros quadrados de mata foram derrubados.

O governo pretende identificar nos próximos meses 35 municípios considerados pontos críticos da destruição. Proprietários rurais que não recadastrarem suas terras não poderão receber créditos do governo e entrarão em uma lista-negra. Quem adquirir produtos dessas propriedades receberá multas.

Mas Marina disse que o desenvolvimento da Amazônia pode continuar em milhões de hectares de terras já devastadas e improdutivas. "Ninguém está dizendo que nada mais vai ser produzido na Amazônia," afirmou ela. | Por: Raymond Colitt/Reuters.

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