Projeto do CMA vai proteger a toninha no litoral Sul brasileiro

Levantamento de dados sobre a população de toninhas no litoral brasileiro, registro dos índices de mortalidade por pesca incidental e a definição de áreas próprias para a criação de unidades de conservação que ajudem a preservar esse cetáceo. Essas são algumas das ações que serão promovidas em 2008 pelo Centro Nacional de Pesquisa, Conservação e Manejo de Mamíferos Aquáticos (CMA), do Instituto Chico Mendes.

O projeto de conservação das toninhas será realizado em parceria com o Laboratório de Pesquisa de Tartarugas e Mamíferos Marinhos, Departamento de Oceanografia e Museu Oceanográfico da FURG e, ainda, o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema). Os recursos que vão viabilizar as ações foram anunciados no final de dezembro, durante encontro promovido pelo CMA no Rio Grande do Sul.

A toninha é o cetáceo mais ameçado do Atlântico Sul. É vítima, principalmente, da pesca incidental. Só no litoral do Rio Grande do Sul são estimadas mais de 700 capturas ilegais por ano.

Com os recursos, oriundos do Funbio (Fundo da Biodiversidade) e administrados pela Carteira de Fauna da Diretoria de Conservação da Biodiversidade (Dibio), do Instituto Chico Mendes, serão feitos levantamentos populacionais de toninhas por meio de sobrevôos entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo. Ao mesmo tempo, será garantida a continuidade do monitoramento de praia na costa do Rio Grande do Sul.

Além disso, será contratado um consultor para reunir dados sobre população e mortalidade das toninhas e para idealizar projeto de educação ambiental e levantamento de áreas potenciais para criação de unidades de conservação que ajudem a preservar o cetáceo.

Esse conjunto de estratégias está em sintonia com o Plano Nacional de Redução de Capturas Incidentais de Mamíferos Marinhos, que será iniciado em 2008, e alinha-se ao Planejamento Estratégico da Diretoria de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes.| Por: AGBio