Dispositivos instalados em torneiras e chuveiros ajudam a economizar água

Engenheiro civil explica o funcionamento desses aparatos e ensina a calcular o consumo de água nas residências.

A escassez de água na região Sudeste não se deve apenas à super exploração e à falta de chuva. Ela é decorrente, também, da poluição dos rios – por falta de tratamento de esgoto –, do baixo controle de efluentes industriais e do uso sem controle de defensivos agrícolas. Essa é a opinião do engenheiro civil e coordenador do curso de Engenharia Civil da Faculdade Anhanguera de Campinas – Unidade 4, professor Augusto Cesare Stancato.

Para Stancato, é urgente que as autoridades responsáveis tratem a gestão de água de forma estratégica e integrada. A priorização de investimentos em saneamento básico, na despoluição dos rios e na recuperação e conservação de matas são essenciais para que possamos garantir água em quantidade e qualidade nos próximos anos. “Mas, enquanto isso não acontece, cabe a nós cidadãos tomarmos providências no sentido de economizar e garantir um mínimo de consumo para as nossas necessidades”, afirma o engenheiro.

Não escovar os dentes com a torneira da pia aberta, fechar o chuveiro na hora de se ensaboar e reutilizar a água da máquina de lavar roupas para a limpeza de quintais e calçadas são dicas de economia dadas, rotineiramente, à população. No entanto, diariamente, presenciamos casos de desperdício de água. Para ajudar a colocar essas dicas de economia em prática, e ainda garantir uma conta de água bem menor no final do mês, Stancato recomenda a instalação de dispositivos de controle da vazão da água em torneiras e até em chuveiros. Segundo ele, esses dispositivos, que podem ser encontrados facilmente no mercado, chegam a representar uma economia de até 70% do volume total consumido. “Para sua utilização não há necessidade de troca do equipamento. Pelo contrário, esses dispositivos complementam os sistemas hidráulicos domésticos e comerciais”, explica.

Para o uso residencial, existem três tipos de dispositivos que ajudam a controlar o consumo de água: os dispositivos reguladores de vazão fixa, que fixam a vazão para um valor mínimo de 1,8 litros/minuto, graças a um filtro com microfuros que impedem que partículas prejudiquem o sistema de regulagem; dispositivos de acionamento mecânico, no qual um sistema de molas provoca o fechamento da torneira em tempo pré-determinado; e, os dispositivos de botão duplo, que devem ser usados na caixa acoplada e na válvula de descarga – o acionamento de um botão libera três litros de água, os dois botões apertados juntos provocam a liberação de seis litros de água.

Nas torneiras, a economia alcançada com a instalação de dispositivos controladores de consumo pode representar de 60% a 80%. Em descargas de vasos e mictórios a economia pode ser de 30% a 60% e nos chuveiros pode variar de 40% a 70%, de acordo com o professor da Faculdade Anhanguera.

Cálculo de consumo por pessoa -O professor Stancato explica que o consumo médio residencial de cada indivíduo não deve passar dos 200 litros de água ao dia. Para calcular quanto cada morador da residência está gastando ele ensina que basta pegar a conta de água e multiplicar o total em m³(metros cúbicos) que aparece descrito na conta por 1000, e assim a unidade passará de m³ para litros. Em seguida, divida esse novo valor pelo número de dias de consumo que aparece na conta. Depois, divida pelo número de pessoas da casa. “Se o resultado é menor do que 200 litros por pessoa, em sua casa todos praticam a economia de água. Se o resultado for maior é sinal de que existe desperdício, ou então, pode indicar a existência de vazamento que precisa ser descoberto e eliminado”, alerta.

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Com um índice de 92,2% dos cursos com conceito positivo no MEC frente à média de 87% das demais instituições privadas, a Anhanguera conta com 92 cursos estrelados pelo Guia do Estudante (edição 2013) e é a marca mais valiosa do setor de educação no país, segundo o ranking BrandZ Top 50, divulgado anualmente pela Millward Brown.