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19/11/2014 - 09:02

Luiz Fernando Furlan: do empresário ao defensor dos oceanos

No intuito de adquirir mais conhecimento, Dr. Luiz Fernando Furlan se entregou a um projeto em prol dos oceanos.

Dr. Furlan, ex-ministro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sempre esteve associado ao setor empresarial, já que passou anos no comando da Sadia e ocupou cargos em entidades empresariais, como a Fiesp, mas o empresário não se restringiu apenas essa área quando o assunto foi conhecimento.

Após se aposentar, o ex-ministro deu inicio a cursos de sustentabilidade no exterior, onde se apaixonou pelo tema e percebeu que muito mais poderia e deveria ser feito pelo assunto. O primeiro projeto na área nasceu quando ele retornou ao Brasil e foi convidado pelo governador do Amazonas na época, Eduardo Braga, a estudar a Amazônia, dando origem a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), da qual o ex-ministro ainda é presidente.

A primeira empreitada foi apenas o começo dentro do mundo sustentável. Hoje, ele é o Comissário Brasileiro da Global Ocean Comission, um projeto de nível mundial que tem como objetivo colocar a questão da degradação dos oceanos no topo da agenda mundial. A Global foi criada em fevereiro de 2013 e é composta por uma equipe multinacional de renomados representantes políticos e empresários.

“Muitos acreditam que a luta para resolver problemas desta envergadura não passa de utopia. Mas se trata de um problema sério e que precisa ser atacado com urgência”, explica o empresário. Com o apoio da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), da ONU, a comissão busca restaurar a produtividade dos oceanos a partir de uma gestão de recursos, já que não existe uma governança adequada, o que implica no abuso da liberdade e no excesso de retirada das riquezas marítimas desprotegidas.

Pensando nisso, a comissão pretende aumentar a regulamentação na utilização deste recurso já que cerca de 64% da área ocupada pelos oceanos é alto mar, ou seja, não tem jurisdição de qualquer país. O projeto tem oito propostas que pedem por mais proteção a todo esse espaço, independente a qual país pertença.

Proposta 1: por meio de uma meta de desenvolvimento sustentável a Global Ocean Commission quer reduzir a perda da biodiversidade marinha eliminando a pesca ilegal e reduzindo em 50% a quantidade de resíduos plásticos no ambiente marinho.

Proposta 2: para cuidar dos mares a comissão propõe a criação de organizações regionais para gestão do oceano e o fortalecimento da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM).

Proposta 3: para acabar com a sobrepesca e a pesca ilegal a GOC pede que sejam adotados três passos: transparência integral dos subsídios à pesca, classificação para identificar e distinguir aqueles que são prejudiciais e limitação dos subsídios para combustíveis utilizados na pesca em alto mar nos próximos cinco anos. Atualmente a frota pesqueira mundial é 2,5 vezes maior do que o necessário para que as capturas sejam sustentáveis.

Proposta 4: Além dos impactos ambientais, a pesca ilegal tem impactos econômicos e sociais que afetam, em especial, os países em desenvolvimento. Para acabar com a prática, é preciso, por meio de compromisso e cooperação, punir os praticantes.

Proposta 5: ações coordenadas dos governos, do setor privado e da sociedade para incentivar a reciclagem e conscientizar o consumidor, já que 80% dos resíduos encontrados no mar vem do continente, essa medida é essencial.

Proposta 6: os impactos da exploração de petróleo e gás são também responsáveis pela perturbação da vida marinha, por isso a comissão pretende estabelecer padrões internacionais de segurança e responsabilidade para essa atividade.

Proposta 7: para conseguir monitorar todo o progresso das propostas feitas em direção a um oceano mais saudável a comissão recomenda a criação de um comitê independente de responsabilidade pelos oceanos.

Proposta 8: a fim de conseguir alcançar os objetivos propostos, é necessária a criação de uma Zona de Regeneração em Alto Mar, uma região onde não seria liberada a pesca. Tal medida não afetaria a economia, pois apenas 1% das espécies de peixes é capturado exclusivamente em alto mar, e ainda traria um alto impacto ambiental positivo com pequeno custo.

A divulgação no Brasil está sendo feita através da distribuição de folhetos em eventos empresariais que o Dr. Furlan participa, para que a ONU acelere as ações de proteção aos oceanos. Além disso, a campanha conta com um vídeo que tem o intuito de conscientização e com uma petição para aqueles que também desejam ajudar de alguma forma.

. Para assinar a petição:http://missionocean.me.

. Para assistir ao vídeo da campanha, em português: [https://www.youtube.com/watch?v=WrwfU2XESRE&feature=youtu.be].

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