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27/02/2015 - 08:49

Pesquisadores da UVA desenvolvem processo de rastreamento de resíduos tóxicos

Tecnologia, ainda em fase de testes, é parecida com a utilizada por criadores de gado e organizações de proteção a animais.

Cada vez mais, os países têm procurado formas seguras e sustentáveis de tratar o lixo. Além da reciclagem, há a preocupação com o lixo tóxico, produzido todos os dias até mesmo nas residências. No Brasil, de acordo com dados do IBGE, mais de 50% dos resíduos ainda são irregularmente dispostos em lixões a céu aberto. E quase em sua totalidade, o lixo comum dos domicílios ainda não são separados entre perigosos e não perigosos. “Um dos principais problemas associados ao gerenciamento de resíduos está na ausência de tecnologias que permitam a sua rastreabilidade desde a saída do gerador até a disposição final”, explica o professor do Mestrado em Ciências do Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Felipe da Costa Brasil.

A partir desta constatação, Costa Brasil, o professor Anderson Amendoeira Namen, especialistas em gerenciamento de resíduos, e outros pesquisadores da UVA criaram um projeto de pesquisa, chamado de “Tecnologia de Identificação por Rádio Frequência RFID para gerenciamento e rastreabilidade de resíduos perigosos”. Há um ano e meio, o grupo trabalha numa forma de rastrear resíduos perigosos como pilhas, baterias, óleos, lâmpadas fluorescentes, resíduos hospitalares com riscos biológicos, etc. Para monitorar os materiais, são utilizadas etiquetas com chips e com um número de série. Os dados do resíduo são armazenados em sistema de informação em “nuvem”, o que permite o acompanhamento de todas as etapas de transporte, destinação e descarte final dos materiais.

“A tecnologia é parecida com a utilizada por criadores de gado e organizações de proteção a animais. A ideia é que no momento da saída dos resíduos, os dados sejam atualizados com a informação de que o material se encontra “em transporte”. Já no local de recebimento, o sistema em “nuvem” possibilita a atualização de informações como medidas de peso, data/hora e a leitura das etiquetas recebidas”, explica o professor. Um protótipo do sistema foi desenvolvido e há previsão de implantação do projeto-piloto em empresa geradora e receptora de resíduos perigosos ainda no primeiro semestre de 2015. “Após a implantação, serão realizados eventuais aprimoramentos no sistema. A expectativa é de que após a avaliação dos resultados, o processo esteja disponível para utilização em larga escala”, comenta Costa Brasil, lembrando que a ideia já foi bem recebida no Congresso Internacional de Resíduos Sólidos, em 2014, o que rendeu uma publicação na revista Waste Management & Research.

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