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01/02/2008 - 10:03

Oficina discute monitoramento socioambiental das UCs da Amazônia

Conhecer os bichos e as plantas existentes numa determinada unidade de conservação é importante para a conservação dessas espécies. Mas, quando se pensa nas pessoas que residem nesses locais, surgem outras variáveis igualmente complexas de se mensurar, como a socioambiental. Como saber se determinado recurso está em equilíbrio? E qual o papel da população local e tradicional nesse processo? E, ainda, como aproveitar o conhecimento que essas populações têm do ambiente?

As respostas para essas perguntas vão ser debatidas na Oficina Técnica de Construção de Indicadores para o Monitoramento Socioambiental de Uunidades de Conservação Federais da Amazônia, que será promovida pelo Instituto Chico Mendes e pelo Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), do Ministério do Meio Ambiente, nos dias 11 e 12 de fevereiro, no Centro de Treinamento do Ibama (Centre), em Brasília. O objetivo é elaborar um documento contendo os indicadores e protocolos que deverão ser implementados nas unidades de conservação federais da Amazônia.

O Arpa já desenvolve o monitoramento de biodiversidade há quatro anos na região amazônica, extremamente rica e cujo potencial de recursos naturais deve ser monitorado. O que se pretende agora é ampliar as ações, iniciando o monitoramento socioambiental, ou seja, de aspectos selecionados do sistema natural e social ao longo do tempo, bem como do uso dos recursos naturais pelas comunidades, para subsidiar o processo de gestão das unidades.

Além disso, as informações geradas por este monitoramento podem ser utilizadas para melhorar a qualidade de vida das comunidades, que participarão mais do processo, tendo seus conhecimentos valorizados. Participando ativamente do monitoramento, elas adquirirão novos conhecimentos sobre o meio onde vivem, e isso aumenta a responsabilidade e o cuidado com o ambiente.

Com o monitoramento socioambiental, serão verificados não apenas os tipos e quantidades de flora e fauna existentes, mas a pressão que existe sobre eles e a forma de uso por parte da comunidade local.

O evento envolve a participação de técnicos do Instituto Chico Mendes, do Ibama, de órgãos estaduais de Meio Ambiente de estados da Amazônia, além de pesquisadores especializados em monitoramento ambiental de instituições como INPA, Museu Emílio Goeldi, UFAM, UFRJ, UNESP, Unicamp, UnB e organizações não-governamentais com atuação na Amazônia.

Após a definição desses indicadores, será escolhida uma unidade de conservação de uso sustentável para a execução do projeto piloto. Feita a monitoração da unidade em seus aspectos ambientais, de biodiversidade e socioambientais, o trabalho entra na terceira etapa, que consiste na implantação desse modelo de monitoramento em outras unidades de conservação. | Por: AGBio

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