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23/02/2008 - 12:40

Micro e pequenas já têm acesso ao mercado de carbono

Sistema Firjan, Sebrae e ITeB lançam selo Seringueira Ambiental.

As micro e pequenas empresas já têm à sua disposição mecanismos de compensação para a emissão de gases de efeito estufa, o que era acessível apenas às grandes companhias. É o projeto ‘Seringueira Ambiental’, desenvolvido em parceira entre o Sistema Firjan, Sebrae-RJ e o Instituto Tecnológico da Borracha (IteB). No dia 22 de fevereiro (sexta-feira), foi feito o lançamento do selo de certificação de programas voltados para a neutralização do dióxido de carbono por meio da implantação e monitoramento do plantio de seringais.

As micro e pequenas empresas poderão, por meio do ‘Selo Ambiental’ investir no cultivo de seringueiras o valor resultante do número de árvores necessárias para neutralizar a emissão de gases poluentes pela qual são responsáveis.

O Sistema Firjan estimula a revitalização do cultivo da seringueira nas regiões noroeste, sul e médio Paraíba, desde 1992, num projeto desenvolvido em conjunto com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A experiência piloto se desenvolve em Silva Jardim, onde as primeiras árvores plantadas numa área de 260 hectares já se encontram em fase de corte para produção de látex.

“O estado do Rio de Janeiro tem condições de iniciar um novo ciclo da borracha. Em Barra do Piraí, acaba de ser firmada parceria com a Fazenda Taquara para a adesão ao ‘Selo Ambiental’”, adiantou Mário Ramos, vice-presidente e coordenador do Fórum de Mudanças Climáticas do Sistema Firjan. Ele acrescentou que o projeto de revitalização da cultura da seringueira inclui a construção de uma usina de beneficiamento do látex, em parceria com o Sebrae-RJ.

Além do objetivo econômico de investimento na produção de látex para a indústria de borracha, o plantio de seringueiras permite que o estado participe do mercado de crédito de carbono, previsto no Protocolo de Kyoto.

O estado do Rio de Janeiro possui 2,1 milhões de hectares com atividades agropecuárias. Deste total, 1,74 milhão de hectares são pastagens para criação extensiva de gado de leite e de corte, embora apenas 440 mil hectares sejam de terras aptas à atividade pecuária, de acordo com a Pesagro. Os restantes 1,3 milhão de hectares poderiam ser redirecionados para reflorestamento e sistemas de maior sustentabilidade, como o plantio de seringueiras, denominado heveicultura.

A substituição de pastagens degradadas pelo reflorestamento representa alto índice de seqüestro de carbono, representando ganhos para o estado por meio da comercialização de créditos de carbono no mercado internacional. | www.firjan.org.br

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