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02/08/2016 - 08:18

Três mil catadores devem ser beneficiados com coleta seletiva nas Olimpíadas e Paralimpíadas

Estimativa dos organizadores é que durante os Jogos sejam geradas 3,5 mil toneladas de materiais recicláveis.

Cerca de três mil catadores de materiais recicláveis em todo o estado do Rio de Janeiro serão beneficiados pelo Projeto “Reciclagem Inclusiva: Catadores nos Jogos Rio 2016”, lançado na última sexta-feira (29 de julho). São eles que irão receber todo o material reaproveitável que for descartado nos locais de competição e eventos das Olimpíadas e Paralimpíadas. A estimativa dos organizadores é que durante os jogos sejam geradas cerca de 3,5 mil toneladas de materiais recicláveis e a orientação é que 100% seja reciclado.

A coleta e separação desse material serão feitas por 240 catadores e mais 60 de reserva, das redes Movimento, Recicla Rio e Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis (Febracom) e suas cooperativas filiadas. Além da triagem, eles farão um trabalho de educação ambiental, orientando turistas brasileiros e estrangeiros sobre a importância de separar os resíduos recicláveis. A atuação acontecerá em três áreas da competição: Deodoro, Barra da Tijuca e Maracanã.

O secretário Nacional da Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Natalino Oldakolski, explica que o projeto conta com recursos do Ministério do Trabalho, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a Rio 2016 e o governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Estadual do Ambiente, e empresas da iniciativa privada. “Fizemos isso por entendermos que a participação dos catadores nas Olimpíadas gerará trabalho e renda a esses trabalhadores, além de um importante trabalho ambiental para a sociedade”, afirma.

Além da parceria que viabilizou a iniciativa no Rio de Janeiro, estão previstas novos acordos com atores locais para a implementação da coleta seletiva nas demais cidades que sediarão as competições de futebol masculino e feminino: São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus.

Inclusão –—Claudete Costa é catadora de material reciclado desde os 11 anos. A sobrevivente da Chacina da Candelária (Rio, 1993) tem na Economia Solidária o seu sustento. Hoje, com 36 anos e três filhos, é presidente da cooperativa Ecoponto Brasil e representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis do estado do Rio de Janeiro.

“Essa iniciativa nos jogos representa uma força e uma valorização do nosso trabalho. A reciclagem já faz parte do nosso dia a dia. Mas, no contato com o público durante as competições poderemos mostrar a importância da participação de cada um, num processo que ajuda o meio ambiente, os catadores e ainda gera economia de recursos”, explica.

Claudete conta, com orgulho, que construiu toda a sua vida e criou seus filhos como catadora. “Devo muito a esse trabalho. A reciclagem inclusiva abre muito mais portas do que as pessoas imaginam. Estou animada com esse contato com os atletas e com um público tão diverso”, afirma.

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