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13/09/2016 - 08:56

UNICA comemora ratificação do Acordo de Paris

São Paulo— Com a homologação do Acordo de Paris pelo presidente Michel Temer no dia 12 de setembro (segunda-feira), o Brasil dá um passo crucial rumo à chamada economia de baixo carbono. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), presente na cerimônia de assinatura do documento, realizada na manhã do dia 12 de setembro (segunda-feira), no Palácio do Planalto, trata-se de um fato histórico para o País, que finalmente transformou intenções em compromissos legais.

O diretor-executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa, lembra que a proposta brasileira de combate às mudanças climáticas foi uma das mais arrojadas justamente pelo enorme potencial que o País apresenta em relação às fontes energéticas não poluentes. “Com a aprovação final do Acordo, estamos mostrando à sociedade brasileira e ao mundo que podemos ser protagonistas neste processo de transição para um desenvolvimento sustentável. De agora em diante, temos que fazer a lição de casa e desenvolver um plano ambicioso para a efetiva implantação das metas previstas para 2030. Para que isto ocorra, os investimentos precisam ser iniciados o quanto antes”, avalia Leão.

O Acordo de Paris, celebrado na capital francesa em 12 de dezembro de 2015 e posteriormente assinado em Nova York, no dia 22 de abril deste ano, tem o objetivo de limitar o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais. Para isso, determina metas individuais de cada país para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O Acordo só entrará em vigor depois que 55 países, que juntos representem o total de 55% das emissões globais de gases de efeito estufa, apresentarem seus instrumentos de ratificação.

No caso do Brasil, a proposta é reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e de 43% até 2030 (com base nos níveis de 2005). Tais metas incluem a maior participação de fontes renováveis na matriz energética, tais como a energia elétrica gerada a partir da biomassa, com previsão de crescimento de mais de 300% em relação a 2014, e do etanol, cujo consumo estimado no País passará dos atuais 28 bilhões de litros por ano para mais de 50 bilhões em 2030.

Aspas para o etanol — Durante evento de hoje no Palácio do Planalto, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, ressaltou “o papel fundamental dos biocombustíveis, especialmente do etanol de cana, para garantir o cumprimento das metas do plano brasileiro de combate às mudanças climáticas.”

Na mesma linha, o atual ministro das Relações Exteriores, José Serra, também alertou sobre os benefícios econômicos e socioambientais do biocombustível sucroenergético, defendendo que “o etanol deve tornar-se uma commodity global, sendo produzido no mundo todo.”

Também presente no evento, o ex-deputado e atual diretor executivo do Centro Brasil no Clima (CBC), Alfredo Sirkis, criticou o subsídio à gasolina em detrimento de medidas de apoio ao etanol no Brasil. De acordo com o especialista, o País deixou de investir em programas para estimular e tornar mais competitivo o etanol, como o Proálcool, por exemplo.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) é a entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade da região Centro-Sul do Brasil, principalmente do Estado de São Paulo. As usinas associadas à UNICA são responsáveis por mais de 50% da produção nacional de cana e 60% da produção de etanol. Na safra 2015/16, o Brasil produziu aproximadamente 617 milhões de toneladas de cana, matéria-prima utilizada para a produção de 31 milhões de toneladas de açúcar e 28 bilhões de litros de etanol. | www.unica.com.br.

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