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06/06/2018 - 07:33

Conferência Global de Padrões de Sustentabilidade 2018


Como fazer para que padrões de sustentabilidade funcionem para as pessoas, lugares e questões mais importantes. O Brasil foi escolhido para ser o primeiro país fora da Europa e da América do Norte a sediar a Conferência Global de Padrões de Sustentabilidade, realizada pela ISEAL Alliance.

A ISEAL é uma associação global cuja missão é fortalecer os sistemas de padrões de sustentabilidade para o benefício das pessoas e do meio ambiente. A Conferência trouxe para o Brasil padrões de sustentabilidade influentes e líderes empresariais de todo o mundo para explorar alguns dos maiores desafios de sustentabilidade que as organizações enfrentam atualmente.

Em seu 9º ano, com o tema 'Impulsionando mudanças para maior impacto', mais de 200 participantes se reuniram em São Paulo/SP, nos dias 22 e 23 de maio, para explorar temas como desmatamento, renda mínima para subsistência, sustentabilidade em escala, inovações em sistema e tecnologia e colaboração.

Discutindo como é importante que os padrões de sustentabilidade garantam que estão apoiando o início da cadeia de fornecimento, Karin Kreider, Diretora Executiva da ISEAL, disse no início do evento que os padrões de sustentabilidade cresceram muito desde que os primeiros padrões foram definidos. “Precisamos entender o que temos que fazer para melhorar e como as metas de desenvolvimento sustentável podem garantir que nenhum problema, pessoa ou lugar seja deixado para trás”.

Manejo de água — A gestão responsável da água foi um dos tópicos abordados na Conferência. Carlo Galli, Diretor Técnico de Recursos Hídricos da Nestlé, apresentou a estratégia de Manejo de Água que está em vigor no nível da empresa e como ela agrega valor e resultados positivos para aumentar a resiliência do negócio.

Com a ampla questão da sobre-exploração dos recursos hídricos em todo o mundo e com dois bilhões de pessoas ainda sem acesso a água potável, a Nestlé reconhece que a gestão desse recurso é um enorme problema de sustentabilidade, para a companhia e para as comunidades em torno de suas operações. “A empresa se concentrou por muito tempo em promover a eficiência do uso da água em todas as nossas operações, mas reconhecendo que a água é um recurso compartilhado com outros usuários. Aprendemos que a colaboração com nossos vizinhos para enfrentar os desafios compartilhados é fundamental para alcançar o uso sustentável da água”, explicou.

O engajamento da empresa com a Aliança para o Manejo da Água (Alliance for Water Stewardship) e o uso de seu novo padrão nas operações é um fator crítico para garantir, por meio de avaliações feitas por uma terceira parte confiável, que “fazemos a coisa certa localmente e somos reconhecidos por sermos bons administradores de água”, afirmou Galli.

Pequenos produtores — Com cerca de 500 milhões de famílias de pequenos produtores em todo o mundo, totalizando mais de dois bilhões de pessoas, a agricultura familiar tem uma das maiores taxas de pobreza de todas as áreas.

Durante o evento, pequenos produtores e pequenas empresas estiverem no centro do debate. Muitas questões foram consideradas durante o dia, concentrando-se em como melhorar os padrões de sustentabilidade para atender às necessidades dos pequenos produtores e como fornecer o suporte necessário para implementar aprimoramentos ao longo do tempo.

Especialistas compartilharam seus pontos de vista e apresentaram abordagens para melhorar o envolvimento com os pequenos agricultores. “É necessário trabalhar com organizações próximas a esses produtores para entender suas reais necessidades. Não podemos alcançar os resultados que pretendemos sem trabalhar com eles. Além disso, temos que ser mais relevantes em todos os lugares, incluindo países como o Brasil, por exemplo ”, destacou Kim Carstensen, diretor geral do FSC (Forest Stewardship Council)

Durante a sessão "Desempacotando colaboração: promovendo melhorias para pequenos agricultores", representantes da Rainforest Alliance, Bonsucro e Socicana também compartilharam suas experiências em projetos cooperativos que visam criar resultados positivos e sustentáveis.

Sustentabilidade em escala — Abordagens de paisagens e jurisdicionais foram discutidas durante as sessões e foi levantado como o trabalho colaborativo e em escala pode gerar um progresso significativo em questões essenciais de sustentabilidade. As duas sessões sobre este tópico abordaram o papel dos padrões dentro dessas abordagens e as condições e estratégias em mudança necessárias para fazê-los funcionar.

Organizações como Imaflora, RTRS (Associação Internacional de Soja Responsável), RSPO (Mesa Redonda sobre Óleo de Palma Sustentável) e o Ministério da Agricultura da Colômbia discutiram como os padrões de sustentabilidade estão sendo usados ??nos níveis da paisagem e como garantir que eles sejam viáveis ??e eficientes em escala.

Comunicação e sustentabilidade — A compreensão de como a comunicação pode ajudar com os impactos que os padrões de sustentabilidade buscam alcançar foi discutida durante o coquetel de recepção do evento. Maria Zulmira de Souza, presidente do Conselho de Administração do Imaflora, e jornalista especializada no assunto, destacou a importância da comunicação de histórias transformadoras.

“Na comunicação, o que importa é a causa, e não uma organização, uma pessoa ou um selo. Todos compartilham o mesmo objetivo, e é isso que deve ser comunicado”, disse ela.

O evento reuniu representantes das seguintes instituições: Imaflora, GlobeScan, FSC, Nestlé Waters, Fairtrade International, Daterra Coffee, Fundación Chinquihue, CONTAR, SAN, GoodWeave, Repórter Brasil, Bonsucro, Rainforest Alliance, Socicana, RTRS, Ministério da Agricultura da Colômbia, RSPO, ASI, ITT, ASC, T4SD, ChainPoint, eco.business Fund, BSR, Fair Labor Association, ARM, Fairtrade Foundation, Oro Puno AS, LiSeed Consulting, TFA, WWF-Brasil, IDH (Iniciativa para o Comércio Sustentável), Proforest, Equitable Origin, Roundtable on Sustainable Biomaterials, Ministério da Cultura do Peru, Universidade de Manchester, ÚNICA, Instituto Akatu de Consumo Consciente e Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

A ISEAL representa o movimento global de padrões de sustentabilidade confiáveis. Membros da associação são líderes no fornecimento de cadeias de valor sustentáveis ??e foram os pioneiros no desenho e na aplicação de padrões para vincular produção e consumo sustentáveis ??em todo o comércio internacional.

Os membros da ISEAL cobrem questões de sustentabilidade social e ambiental - desde direitos trabalhistas e meios de subsistência sustentáveis ??à conservação da biodiversidade - e são ativos em diversos setores. | www.isealalliance.org. | www.standardsimpacts.org.

A ISEAL Alliance é uma associação global para modelos de sustentabilidade.

A ISEAL é uma organização não governamental cuja missão é fortalecer os sistemas de modelos de sustentabilidade para o benefício das pessoas e do meio ambiente. Sua associação está aberta a todos os modelos de sustentabilidade e órgãos de credenciamento de partes interessadas que demonstram sua capacidade de atender aos Códigos de Boas Práticas da ISEAL e aos requisitos que os acompanham, e se comprometem a aprender e a melhorar. Por meio da associação à ISEAL, os sistemas modelos demonstram o compromisso de apoiar um movimento unificado de modelos de sustentabilidade. A ISEAL também possui uma categoria de assinante não associado para se envolver com governos, pesquisadores, consultores, organizações do setor privado, organizações sem fins lucrativos e outras partes interessadas que possuem um compromisso evidente com os objetivos da ISEAL.

É líder global na definição e comunicação de boas práticas para os modelos de sustentabilidade. Por meio de seu trabalho, a ISEAL ajuda a impulsionar os modelos para gerar um impacto mais positivo. No coração disso está o conjunto de princípios fundamentais da ISEAL que define credibilidade nos modelos. Os Princípios de Credibilidade da ISEAL são o resultado de uma consulta global com várias partes interessadas e definem o que a associação acredita ser essencial para que um sistema de modelos produza um impacto social ou ambiental positivo.

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