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18/08/2018 - 07:54

Santander Brasil reduz em 36% emissões de gases do efeito estufa em três anos


Karine Bueno, superintendente executiva de sustentabilidade recebendo homenagem do GHG pelos 10 anos de participação no programa

Banco foi homenageado pelo Programa GHG Protocol pelos dez anos de participação na iniciativa. Até 2021, a meta ampliar o uso de energia renovável de 9% para 52%.

São Paulo — O Santander Brasil reduziu em 36% suas emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) nos últimos três anos, segundo levantamento recém-concluído pela instituição. O resultado está diretamente relacionado à adoção de ações como a substituição de toda a iluminação fluorescente por LED na rede de agências; a ampliação de serviços digitais e impressão centralizada, que resultou na queda de 33% no consumo de papel; e o maior uso de recursos como áudio e videoconferência, que tornou possível reduzir em 24% as viagens de negócios.

Esses avanços foram reconhecidos em uma homenagem prestada ao Banco pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, que ontem destacou os dez anos de adesão do Santander à iniciativa. Ao longo desse período, o Banco tem elaborado e publicado seu inventário anual de emissões de gases do efeito estufa, documento que apresenta os cálculos do impacto das atividades da Instituição na difusão de carbono e as ações que implementará como compensação. A apuração leva em conta o consumo de combustíveis e de energia elétrica, bem como impactos indiretos, como viagens aéreas, serviços terceirizados (como transporte de valores), entre outros.

De acordo com a superintendente executiva de sustentabilidade do Santander, Karine Bueno, esse compromisso “demonstra o pioneirismo em apoiar esta iniciativa, entendendo a importância de ser transparente em relação à gestão de emissões”. O inventário da Instituição é verificado pela empresa Green Domus, que atua como terceira parte, assegurando sua confiabilidade. “Além disso, buscamos engajar nossa cadeia de fornecedores para que também adotem essa prática, participando do programa CDP Supply Chain”, acrescentou a executiva durante o evento, realizado na Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas. A entidade também divulgou os inventários das demais empresas integrantes do programa.

Mais da metade das emissões contabilizadas pelo banco vêm dos fornecedores, o que, segundo Karine Bueno, torna seu inventário o mais abrangente do setor financeiro. “É comum ver empresas contabilizarem apenas as emissões de transporte e viagens dentro dessa rede de fornecedores. No caso do Santander, contabilizamos ainda aquela oriunda da utilização de papel, da perda de energia nas linhas de transmissão e dos resíduos que enviamos para o aterro sanitário”, explicou.

De acordo com George Magalhães, gestor do Programa Brasileiro GHG Protocol, o “inventário é uma ferramenta importante por ser o primeiro passo para que as organizações gerenciem suas emissões de carbono. Num mundo com pressão crescente para que as empresas diminuam seus impactos sobre o clima, é crucial que os gestores conheçam as formas mais eficazes de fazê-lo”.

Para os próximos anos, o Santander ampliará o desafio de reduzir suas emissões por meio da ampliação do uso de energia limpa, ou seja, proveniente de fontes renováveis. Atualmente, 9% da energia consumida vem de fontes renováveis, como eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas. Até 2021 a meta será alcançar 52% de consumo de fontes renováveis.

Compensação — . Além de controlar e diminuir suas emissões, o Santander também assumiu o compromisso de neutralizar suas emissões de combustíveis e energia integralmente. Desde 2010, mais de 350 mil toneladas de carbono foram compensadas. Para isso, o Banco tem uma metodologia própria, que escolhe e financia projetos de créditos de carbono que avaliam inclusive os benefícios sociais e ambientais destes projetos nas comunidades onde estão inseridos. Entre eles estão:

. Projeto REDD+: Atua na preservação da Reserva Rio Preto-Jacundá, inserida na Floresta Amazônica, em Rondônia. Atualmente a área conta com um Plano de Conservação e o projeto, além de monitorar a vulnerável biodiversidade local, investe em infraestrutura (casas, centro comunitário, torre de telefonia) a fim de melhor a qualidade de vida da população. Os moradores também são envolvidos em serviços ambientais que geram créditos de carbono florestal e os auxiliam a complementar a renda.

. Projeto Ecomapuá: é responsável pela conservação de cerca de 90.000 hectares do bioma amazônico na Ilha de Marajó, na jusante do Rio Amazonas. Com o projeto, a extração de recursos madeireiros foi proibida, sendo ela uma das principais causas de desmatamento da região. Além de conservar a rica biodiversidade da Amazônia, o projeto tem como objetivo encontrar alternativas de geração de renda para as comunidades locais e também contribuir para o desenvolvimento sustentável da região.

. Projeto Buenos Aires: consiste na troca de combustível em uma fábrica produtora de tijolos no interior de Pernambuco. A fábrica utilizava lenha nativa da Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, como combustível para produzir peças cerâmicas. Para reduzir seu impacto ambiental, em 2010, a fábrica optou por tornar sua produção mais sustentável. Assim, interrompeu o uso de lenha nativa e investiu em equipamentos que possibilitam a alimentação dos fornos com biomassa renovável, tais como glicerina, algaroba e lenha de plano de manejo. Essa mudança proporcionou a redução de emissão de GEEs para a atmosfera e a geração de créditos de carbono. Além disso, desde a implantação do projeto, a fábrica investe na modernização, e gera benefícios para a comunidade do entorno.

. Projeto Barbosa: também atua na troca de combustível em fábrica produtora de tijolos localizada na região Norte do Brasil, no município de São Miguel do Guamá (PA). A fábrica utilizava lenha nativa da Amazônia como combustível para produzir as peças cerâmicas. Com o objetivo de mudar essa realidade, em 2007, a fábrica passou a abastecer os fornos apenas com combustíveis renováveis, como caroço de açaí, casca da castanha do Pará e serragem. A troca de combustível proporcionou redução de emissão de Gases de Efeito Estufa para a atmosfera, e possibilitou participação no mercado internacional de carbono. Hoje, a Barbosa gera créditos de carbono, e com a receita proveniente da venda dos créditos reinveste na modernização da fábrica e em benefícios para os trabalhadores e comunidade local.

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