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Transgênicos reduzem 15% de uso de agrotóxicos em 10 anos

De acordo com a conclusão do novo estudo inglês sobre as lavouras transgênicas e seus impactos sócio-econômicos e ambientais.

O estudo “Impactos Globais das Lavouras GM: Efeitos Sócio-Economicos e Ambientais nos Primeiros Dez Anos de Uso Comercial”, do economista inglês Graham Brookes em parceria com Peter Barfoot, acaba de ser publicado no volume 9 do AgBioForum, publicação especializada em assuntos de agrobiotecnologia (http://www.agbioforum.org). Um estudo anterior, relativo aos impactos nos primeiros nove anos (período de 1996-2004), havia sido apresentado em setembro de 2004, em Porto Alegre-RS, durante a realização do IV Congresso Brasileiro de Biossegurança, pela ANBio - Associação Nacional de Biossegurança.

Pela avaliação baseada em metodologia inédita e que compreende a última década, os resultados são altamente positivos, do ponto de vista sócio-econômico e também do ponto de vista ambiental. “Para nós, que acompanhamos a evolução da biotecnologia aplicada à agricultura, desde o início de sua implantação, os resultados vêm apenas corroborar o que temos observado no dia-a-dia”, observa a pesquisadora Leila Oda, presidente da ANBio. A cientista ainda acrescenta que “o estudo tem grande importância científica, porque descreve os benefícios efetivos que o plantio acumulado de 400 milhões de hectares, durante os últimos 10 anos, de culturas geneticamente modificadas em diversos países do mundo trouxe globalmente”.

Benefícios ambientais - Com relação aos impactos globais ambientais, o cultivo de transgênicos, desde 1996, proporcionou uma redução global na ordem de 15,3% no volume de utilização de agroquímicos, totalizando 224 mil toneladas a menos na emissão direta de agrotóxicos no meio ambiente.

Somam-se a este resultado a diminuição do uso de combustível nas lavouras, devido à redução da aplicação do pesticida e, também, a redução na emissão de gás carbônico pelas lavouras transgênicas, em conseqüência da sua compatibilidade com o uso da técnica do plantio direto, que propicia a conservação do solo. Assim, a redução do uso de agroquímicos, de 1996 a 2005, mais os fatores resultantes combinados proporcionaram, juntos, a diminuição de mais de 9 milhões de toneladas de emissões de CO2 na atmosfera, o que representa retirar de circulação todos os carros da cidade de São Paulo durante um ano.

Benefícios sócio-econômicos - Economicamente, de 1996 a 2005, os agricultores que cultivaram variedades transgênicas obtiveram um aumento cumulativo na renda no total de US$ 27 bilhões. Só em 2005, esses chegaram a US$ 5 bilhões, o que demonstra uma tendência de alta. A maior parte desses rendimentos tem sido acumulada por agricultores de países em desenvolvimento que cultivaram algodão resistente a praga e soja tolerante a herbicida. No Brasil, em função da adoção da soja tolerante a herbicidas, esta economia chega a quase US$ 1,4 bilhões.

O estudo completo - Graham Brookes e Peter Barfoot são economistas da PG Economics Limited, empresa inglesa especializada em aconselhamento e consultoria em agricultura e atividades baseadas em recursos naturais. A versão deste estudo foi publicada no periódico sobre gerenciamento de agrobiotecnologia e economia AgBioForum (Journal of Agrobiotechnology Management and Economics). Mais informações no website www.agbioforum.org.

ANBio - A Associação Nacional de Biossegurança (ANBio) foi criada em 1999, com o objetivo de difundir informações a respeito dos avanços da biotecnologia moderna e seus mecanismos de controle. No seu escopo de trabalho estão a promoção do conhecimento relativo à biossegurança e de suas práticas, como disciplina científica, além da capacitação e orientação de profissionais que implementam a biossegurança em instituições de pesquisa e ensino da área biomédica.

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