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23/07/2019 - 10:32

Drones apoiam iniciativas de reflorestamento em campus da Universidade de São Paulo

Pesquisadores do departamento de Engenharia Florestal da Universidade utilizam sistema GatorEye com sensores lidar e hiperspectral acoplados ao DJI M600 para realizar a coleta dos dados na vegetação.

São Paulo — Mensurar os resultados de crescimento florestal, é um grande desafio. Porém, recentemente uma equipe de pesquisadores do departamento de Engenharia Florestal da Universidade de São Paulo, utilizaram um drone equipado com sistemas tridimensionais de varredura a laser e de imagem hiperespectral, capazes de produzir mapas biofísicos e bioquímicos da vegetação em alta resolução (centimétrica). Os sensores remotos no drone M600 da DJI, realiza a coleta dos dados na vegetação para posterior pré-processamento, processamento e análises para mensuração dos parâmetros florestais e inferência sobre as questões de ecologia e restauração florestal.

Os primeiros resultados da pesquisa, publicados recentemente, mostrou que o sistema drone-sensores oferece um enorme potencial no monitoramento da restauração da Mata Atlântica. Tradicionalmente, os dados sobre restauração florestal são coletados por pesquisadores em campo. Os drones equipados com os sensores remotos (lidar e hiperespectral), no entanto, podem fazer isso de forma mais eficiente, especialmente quando grandes paisagens florestais precisam ser monitoradas. Os aviões equipados com sensores remotos também podem ser utilizados, contudo, estes são bem mais caros e dependem da contratação de uma empresa especializada. Por outror lado o sistema de sensoriamento remoto em drones dá autonomia aos pesquisadores, possibilitando coletar dados onde e quando quiserem.

“O sistema drone não exclui a necessidade da coleta em campo. Contudo, os dados aéreos coletados pelo drone auxiliam no planejamento e delineamento amostral de campo e, após a junção dos dados aéreos com o de campo passamos a ter um mapa de toda a paisagem. Ou seja, aquela informação que era fragmentada pela amostra de campo, passa a ser modelada e extrapolada para toda a paisagem pelos dados aéreos do drone”. Explica o pesquisador Danilo Roberti Alves de Almeida, doutor em Recursos Florestais pela Universidade de São Paulo.

A pesquisa em desenvolvimento pretende vincular os atributos biofísicos e bioquímicos da cobertura florestal com a biomassa de madeira e a diversidade de espécies arbóreas. Os resultados das pesquisas têm um enorme potencial de aplicação prática e podem ajudar os legisladores e tomadores de decisão a sustentar as políticas públicas ambientais.

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