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16/05/2008 - 14:43

A equação da sustentabilidade

Em palestra realizada no dia 14 de maio, no I Simpósio Internacional de Combustíveis, Biocombustíveis e Emissões, organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o diretor da Cummins Luís Pasquotto falou que o acirrado debate e as ações em torno da equação da sustentabilidade passam pela discussão dos combustíveis e das emissões e que o assunto não é só de uma empresa ou de um governo.

Na questão da redução das emissões dos motores, Pasquotto afirmou que há uma grande evolução no setor, com a produção de veículos mais eficientes, que usam a integração de tecnologias de combustão, turbos e lubrificantes) A outra fonte apontada são os combustíveis menos poluentes. “Os biocombustíveis parecem ser uma das saídas, mas vivem um momento de polêmica crescente, por serem relacionados à alta da inflação dos alimentos”, explicou.

Ele destacou também que os veículos não são os únicos vilões, considerando que as aplicações das legislações ambientais têm sido cada vez mais rigorosas e exigentes no mundo. “Um exemplo é a queda nos últimos 20 anos em 98% do nível permitido de emissões de gás nox e material particulado nos EUA”.

Pasquotto chamou atenção para o perfil dos consumidores, que estão cada vez mais exigentes quanto à alta performance, ao baixo consumo de combustível, ao baixo custo inicial e à baixa manutenção na hora da compra de um veículo. “Provavelmente as pessoas já têm consciência dos problemas ambientais, mas alguns hábitos ainda não foram contidos. Não podemos criar muitas regras e ficar inoperantes, é preciso um senso de urgência”, finalizou.

A visão governamental da produção de grãos e o programa de biocombustíveis - Já o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Gusmão Dornelles, informou que a produção brasileira de grãos (arroz, feijão, milho, soja, trigo, amendoim, caroço de algodão, aveia, centeio, cevada, girassol, mamona, sorgo e triticale) e de cana para açúcar cresceu 217% entre 1976 e 2007. A área plantada correspondente, no entanto, só aumentou 28% (11 milhões de hectares), graças ao ganho de produtividade de 150%. Nesse mesmo período, a área de cana destinada à produção de álcool aumentou apenas 3 milhões de hectares. A produtividade da cana para o álcool cresceu 116%.

“O ganho de produtividade permite aumentar a produção agrícola, mantendo-se ou até mesmo reduzindo-se a área plantada”, afirmou Dornelles. Entre 1976 e 2007, a expansão da cana para produção de álcool (3,2 milhões de hectares) foi muito menor do que a expansão das culturas alimentares (11 milhões de hectares).

Outro importante destaque foi para os 210 milhões de hectares de pastagens. “Um aumento de produtividade na criação de gado de 10% liberará 21 milhões de hectares. Não obstante, há 90 milhões de hectares livres para a expansão agrícola no Brasil”, explicou Dornelles.

Sobre as motivações para a produção do biodiesel, Dornelles apontou a alta de preço do petróleo e a necessidade de geração de empregos, de fixar as famílias no campo e de introduzir na matriz outro combustível renovável e sustentável, como fatores essenciais.

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