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24/11/2020 - 07:30

Suape e Hippocampus em defesa dos cavalos-marinhos


Instituto fará estudo e monitoramento da espécie e do ambiente marinho e estuarino, a partir de convênio com Complexo de Suape.

O Complexo de Suape firmou convênio, no dia 18 de novembro (quarta-feira),com o Instituto Hippocampus, entidade sem fins lucrativos, que atua há mais de 25 anos na preservação do cavalo-marinho. O instituto vai realizar o monitoramento da qualidade do ambiente estuarino da região de Suape, tendo como indicador a espécie ameaçada de extinção. O estudo é fundamental para embasar políticas públicas ambientais que garantam à espécie condições de sobrevivência adequada, bem como para a implementação de ações concretas de conservação desses peixes. O convênio, que tem duração de 12 meses, terá aporte de R$ 299.957,19, pago com recursos próprios de Suape.

Os locais a serem estudados são os estuários dos rios Tatuoca, Massangana, Ipojuca, Merepe e na área do Porto Externo de Suape. Além de mergulhos para pesquisa nesses pontos, também ocorrerá o acompanhamento da atividade pesqueira no ambiente estuarino, para observar se existe captura acidental dos animais, uma das principais causas da ameaça de extinção do cavalo-marinho. O contrato também prevê atividade de educação ambiental, a partir de encontros mensais com pescadores de Suape, a fim de sensibilizá-los sobre a importância do animal para o bioma marinho.

— Esta ação é uma das atividades voltadas para os ambientes marinho e estuarino do Porto de Suape que estamos desenvolvendo. Muitas outras estão em curso. Com esse estudo, além de contribuir com a preservação do cavalo-marinho e proteger essa espécie, que está praticamente extinta, estamos viabilizando a continuidade do Instituto Hippocampus, que por pouco não fecha as portas em definitivo, por falta de recursos — afirma o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos André Cavalcanti.

Desde julho deste ano, o Instituto passou a funcionar no Centro de Treinamento (Cetreino) de Suape. A coordenadora da entidade, Rosana Beatriz Silveira, explica que, por enquanto, mantém as pesquisas com grupos de reprodutores (plantel) de Maracaípe, cujos filhotes são soltos em Maracaípe. — Em Suape, vamos estudar se há presença da espécie, em que quantidade e se a população está estável ou não. Vamos traçar o perfil do animal e verificar a salinidade e temperatura da água. E coletar os plantéis locais, devolvendo os filhotes para seu habitat. Temos boas perspectivas para esse monitoramento que poderá servir de base para outros locais — afirma.

Após a realização do estudo e monitoramento das águas, será feito um workshop de sensibilização para a necessidade de políticas públicas voltadas para a preservação da espécie, com apresentação dos resultados do projeto juntamente com estratégias para garantir a conservação do animal. Deverão participar do encontro entidades da administração pública como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e prefeituras locais.

Instituto Hippocampus - Desde janeiro de 2016, o Instituto, que atualmente sobrevive por meio de doações e parcerias, está sem patrocínio fixo para manter as suas atividades de preservação do cavalo-marinho. Por isso, precisou sair da sede que mantinha em Porto de Galinhas, há mais de 20 anos, e o Porto de Suape cedeu, pelo período de um ano, um espaço no Centro de Treinamento (Cetreino) para que o instituto mantenha suas atividades de pesquisa e a espécie se reproduza.

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