ESPM-RS é a primeira a neutralizar emissões de CO2 no RS

A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RS) se converte, no dia 20 de maio (terça-feira), na primeira instituição de ensino superior do Rio Grande do Sul a realizar a neutralização das emissões de dióxido de carbono (CO2) de suas instalações. Para marcar a iniciativa, às 11h30min, ocorrerá o plantio simbólico de espécies ornamentais no jardim do prédio 3 (Rua Guilherme Schell, 268), em Porto Alegre.

A neutralização constitui em um processo pelo qual são compensadas as emissões dos gases do efeito estufa decorrentes dos processos produtivos da instituição por meio do plantio de árvores. O cálculo é feito de acordo com normas internacionais do The Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), elaborado pelo World Business Council for Sustaintable Development (WBCSD) e pelo World Resources Institute (WRI) e aplicadas a variáveis fornecidas pela Escola. Todo o processo que envolve o plantio para compensações ambientais é auditado por ONGs terceirizadas. "Estamos muito motivados em tomar essa atitude, pois a universidade precisa ser um exemplo. Afinal, forma gestores e futuros empresários. Trata-se de um procedimento que se apóia na sustentabilidade e na ética", afirma o diretor-geral da ESPM-RS, professor Sergio Checchia.

No caso da ESPM-RS, a geração de CO2 foi calculada levando em consideração o consumo de água, gás e energia elétrica somado à geração de resíduos líquidos. A quantidade de árvores a serem plantadas para neutralizar o total de emissões é de 6.254 mudas. "Isso, já considerada a taxa de perecibilidade usual de 10%", explica Antônio Gornatti, diretor da Sem Carbono, a empresa de gestão ambiental responsável pela implementação do programa.

Essas árvores de espécies nativas serão plantadas em uma Área de Preservação Permanente, definida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema). "O crescimento poderá ser acompanhado via internet por meio de fotos digitais do local, demarcado por sistema GPS", complementa Gornatti,cujo empreendimento está focado em promover o desenvolvimento sustentável fundamentado na correta utilização dos recursos naturais.

Cenário preocupante -Por cerca de 4 bilhões de anos, o balanço ecológico do planeta esteve equilibrado. Com o surgimento do homem, há 100 mil anos, o processo degradativo do meio ambiente tem sido proporcional à evolução. Com a descoberta do petróleo em 1857, nos EUA, o homem saltou para uma nova era: o mundo industrializado, que trouxe como uma das principais conseqüências a poluição. Ou seja, além de destruir as reservas naturais, ainda sobrecarregou o meio ambiente com poluentes.

As causas das agressões à natureza são de ordem política, econômica e cultural. Pesquisas atestam que, desde 1967, os ecossistemas atingiram a capacidade máxima de seqüestro de CO2. Tudo que é emanado desde então, vai para a atmosfera e contribui para a poluição e o aquecimento global.

A educação ambiental será absolutamente necessária para conscientizar a sociedade e, com isso, obter a participação mais ativa de todos. A adoção de uma política ambiental mais eficiente com leis mais rigorosas, monitoramento ambiental adequado e permanente, fiscalização, maiores investimentos em pesquisas de solução ecologicamente sustentável para os problemas ambientais e incentivos fiscais a empresas, constituem nas alternativas viáveis para conter os danos ao meio ambiente.