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27/05/2008 - 09:51

Anglo American investe em pesquisa e controle da biodiversidade

Espécie de morcego inédita em Goiás é encontrada na reserva da empresa em Niquelândia; Acordo de parceria com ONG internacional também é anunciado.

Evitar ou minimizar os impactos ambientais nos ecossistemas onde está presente é uma das prioridades do Grupo Anglo American. A empresa tem diretrizes e estratégias definidas com relação à sua responsabilidade no uso da terra e no cuidado com a biodiversidade, e mantém parceria com ONGs e entidades de pesquisa para monitorar suas práticas e suas áreas de influência. Entre as mais recentes novidades que envolvem o tema está a descoberta científica de morcegos inéditos na região de Niquelândia (GO) e o anúncio de parceria com a ONG Fauna & Flora International (FFI).

O estudo de morcegos, que faz parte de um dos capítulos do livro Ecologia de Morcegos que foi lançado no XXVII Congresso Brasileiro de Zoologia - Curitiba-PR, é fruto da parceria com a UFG (Universidade Federal de Goiás), que vigora desde 2005, e é um dos pontos de maior destaque do trabalho da empresa com a biodiversidade. Em valor total de R$ 260 mil no último ano, este convênio prevê que a empresa ofereça incentivos, como recursos e acesso às suas áreas, para que pesquisadores da universidade possam realizar trabalhos de campo e inclui bolsas de pesquisa, recursos para aquisição de equipamentos (gravadores para captar os sons dos animais, microscópios, lupas etc.) e materiais de consumo. Durante este período, mais de 15 pesquisadores participaram de estudos que identificaram 113 espécies de plantas, 250 espécies de invertebrados, 29 de anfíbios, 12 de lagartos, 18 de serpentes, 156 de aves, 19 espécies de morcegos e 18 de mamíferos não-voadores. Foram encontradas algumas espécies ameaçadas de extinção, como os pássaros Mutum-de-penacho, Udu-de-coroa-azul e Pica-pau-da-copa, o morcego Lonchophylla dekeyseri, a jaguatirica, o tamanduá-bandeira e a onça-parda.

Para o Prof. Dr. Rogério Pereira Bastos, zoólogo e coordenador do Programa em Ecologia e Evolução da UFG, esta parceria é extremamente benéfica para os alunos da universidade. “Alguns dos nossos estudantes têm bolsa de pesquisa da própria instituição de ensino, mas nós não conseguimos oferecer este subsídio a todos. O convênio com a Anglo American permite que os graduandos e pós-graduandos que não foram contemplados pela UFG possam desenvolver suas pesquisas de graduação, mestrado e doutorado”, explica Bastos. “É importante salientar que a Anglo American não encara esta parceria como uma prestação de serviço. A empresa entende que os resultados da pesquisa surgem apenas em médio e longo prazo”, salienta.

Os resultados de uma destas pesquisas surpreenderam o pesquisador Leonardo Aparecido Guimarães Tomaz, que defendeu tese de doutorado estudando a população de morcegos do Cerrado de Niquelândia. Foram encontradas 19 espécies diferentes de quirópteros dentro da reserva da Anglo American – Codemin, sendo uma delas a Lonchophylla dekeyseri, classificada como Vulnerável na lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. Além disso, foi a primeira vez que se registrou a presença da espécie Artibeus concolor na região Centro-Oeste.

De acordo com a companhia, o interesse neste tipo de estudo é alto, pois a fauna é uma espécie de termômetro da natureza. Os animais são os primeiros a sentir os efeitos de mudanças no habitat, portanto alterações no seu comportamento são indicadores relevantes de alterações no ambiente.

Segundo Marcelo Vilela Galo, gerente de Desenvolvimento Sustentável para Niquelândia e Barro Alto da Anglo American Brasil, “as informações que conseguimos por meio da parceria com a UFG são extremamente importantes para nos auxiliar no monitoramento do impacto das nossas atividades na região, sem danificar os sítios sensíveis. Consideramos essencial ainda que este trabalho seja compartilhado com a comunidade.” Por isso, além da geração de conhecimento, no trabalho também se destaca a disseminação deste conhecimento, por meio de materiais enviados a professores das escolas da região.

Outras iniciativas da empresa: Barro Alto (GO) - Na cidade goiana de Barro Alto, onde a Anglo American está implementando seu novo empreendimento de níquel, o estudo da biodiversidade começou com o Estudo de Impacto Ambiental, elaborado em 2000, durante o estudo de viabilidade do projeto. O monitoramento biológico foi proposto buscando a adoção de medidas viáveis de mitigação de impactos. Quatro campanhas foram desenvolvidas entre 2004 e 2006, que serviram como apoio para a elaboração do Plano de Controle Ambiental da atividade de mineração. Este monitoramento inclui mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes. Como resultado destes trabalhos, as principais ações para os próximos anos serão a educação dos motoristas a respeito de animais silvestres nas estradas, maior atenção aos rios e nascentes com monitoramento da pesca, cuidados para evitar acidentes com serpentes peçonhentas, estudos de flora para verificar se há diferenças na composição das espécies de áreas que apresentam viabilidade econômica para extração de minério, proibição de entrada de caçadores e cães nas áreas de preservação, e conscientização da comunidade vizinha sobre a importância da preservação da biodiversidade. Em 2007, este trabalho foi retomado em parceria com a Universidade Federal de Goiás).

Catalão (GO) - No sudeste goiano, área em que a empresa também possui planta, foi realizado um estudo semelhante ao de Niquelândia, pela empresa especializada Neotropica Tecnologia Ambienttal Ltda. O levantamento florístico, realizado entre outubro de 2004 e setembro de 2005, inventariou 529 espécies da flora em uma área de raio de 50 km do complexo da empresa. Já a pesquisa de fauna, realizada entre fevereiro de 2005 e dezembro de 2006, identificou invertebrados de oito classes diferentes, 27 espécies de anfíbios, 29 de répteis, 206 aves de 53 famílias e 39 espécies de mamíferos. Foram localizados diversos animais ameaçados de extinção, como o lagarto iguana, o teiú, o perdiz, o gavião amarelo, o veado-mateiro e a paca.

Cubatão (SP) - Na região do pólo petroquímico, a companhia desenvolve um trabalho de capacitação de pessoas da comunidade para trabalharem no viveiro de mudas por intermédio da realização de treinamentos teóricos e práticos. Este projeto é resultado do Estudo da Biodiversidade da Mata Atlântica na Região da Serra do Mar, que em 2007 foi condecorado com o Prêmio Von Martius de Sustentabilidade e com o Prêmio Benchmarking Ambiental Brasileiro. Este ano a companhia foca seus esforços no licenciamento e instalação do Criadouro Conservacionista e Área de Soltura para animais silvestres para o enriquecimento da fauna local, a próxima fase do projeto.

Entre outras atividades, há novos estudos em Área Controle, elaboração de materiais educativos como relatório, livretos, filme institucional sobre os trabalhos desenvolvidos na Região da Serra do Mar e do Estudo da Biodiversidade, planejamento e implantação das ações voltadas para a conscientização ambiental com foco na comunidade local, reavaliação das condições da flora e da fauna local por intermédio do monitoramento da região e preparação e lançamento de livro com portfolio dos animais e da flora presente na região.

Amazônia - A Anglo American ainda apóia o projeto Conviver Gente & Onças, planejado para abordar os conflitos entre onças e seres humanos na Amazônia, no pantanal e na região da Mata Atlântica. O projeto desenvolve, em cooperação com o Projeto Escola da Amazônia, campanhas de educação e comunicação para melhorar a relação entre gente e onças.

Acordo internacional é nova etapa da política de biodiversidade - Para fortalecer sua política de biodiversidade, a companhia acaba de assinar um acordo para parceria mundial com a Fauna & Flora International (FFI), a mais antiga entidade internacional de conservação da natureza (fundada em 1903). Com duração de três anos, a parceria ajudará a desenvolver e aplicar a abordagem da Anglo American para a administração da biodiversidade.

A FFI já esteve na planta de Niquelândia (GO) em 2007 para realizar, junto com especialistas da companhia, uma avaliação das áreas impactadas pelas atividades da operação e do Plano de Ação em Biodiversidade da Anglo American Codemin. A lista de verificação é baseada no trabalho de ONGs (incluindo a FFI), nos princípios do ICMM (Conselho Internacional de Mineração e Metais), nas diretrizes da Anglo American e na Convenção da Diversidade Ecológica definida na Eco ’92. Na ocasião, a equipe concluiu que havia áreas com bom desempenho e considerou positiva a atuação local por criar parcerias com ONGs locais e universidades para ajudar a desenvolver e implementar o Plano de Ação. A recomendação da entidade agora é partir para uma análise mais detalhada com o objetivo de identificar áreas sensíveis e determinar um processo de gerenciamento de riscos que relacione as atividades da empresa aos potenciais impactos na biodiversidade.

Além de definir processos, o plano de ação determina que seja feito um trabalho de conscientização com todos os empregados que possam ter alguma relação com a biodiversidade. Por este motivo, os encarregados dos departamentos de Meio Ambiente das unidades passaram por um treinamento em Goiânia sobre biodiversidade com o Prof. Bastos. “A auditoria ambiental realizada por uma das ONGs mais reconhecidas do mundo foi inédita no setor. Esse fato também demonstra nossa proatividade e comprometimento com o tema”, finaliza Marcelo.

Grupo Anglo American - A Anglo American plc é um dos maiores grupos em mineração e recursos naturais do mundo. Com suas subsidiárias, joint ventures e associadas, é líder global em platina e diamantes, e tem participação significativa em metais básicos, minério de ferro e carvão. Estas cinco unidades de negócios, que produzem itens que estão presentes no cotidiano e que são essenciais para a vida moderna, trabalham de acordo com a visão “One Anglo”, ou seja, são regidas mundialmente por uma mesma missão, valores e diretrizes. O grupo tem operações nos cinco continentes (45 países), fala 20 idiomas e gera mais de 90 mil empregos diretos. Atualmente tem projetos aprovados que somam US$ 12 bilhões e também estuda o investimento de US$ 29 bilhões em futuros projetos, o que garante a continuidade do negócio.

No Brasil, o Grupo Anglo American é responsável pelas operações das empresas Mineração Catalão, Codemin e Copebrás, com atuação nos estados de Goiás (Catalão, Ouvidor, Niquelândia e Barro Alto) e São Paulo (Cubatão). A empresa atua no mercado brasileiro desde 1973 e emprega mais de 4.200 pessoas entre empregados e contratados.

Em 2007, a empresa iniciou a construção de uma Planta de Produção de Ferroníquel em Barro Alto (GO). Este projeto conta com um investimento de US$ 1,5 bilhão, irá criar mais de 3.800 empregos durante as obras e cerca de 780 novos postos de trabalho na fase da operação. A expectativa é produzir, em média, 36 mil t/ano de níquel contido em ferroníquel.

Em 2008, após um período de negociações com a MMX, a Anglo American assinou o Contrato de Compra e Venda de Ações que permitirá a aquisição do controle dos projetos de minério de ferro Minas-Rio e Amapá. No ano passado, a aquisição de 49% dos direitos sobre o Projeto MMX Minas-Rio marcou a entrada do Grupo no setor de minério de ferro no Brasil, setor que ocupa uma posição central na estratégia de crescimento futuro da Anglo American.

A Anglo American é uma empresa determinada a crescer no Brasil, trabalhando em conjunto com as comunidades locais e aplicando as melhores práticas de negócio adquiridas ao redor do mundo por quase um século.

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