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04/06/2008 - 12:15

Renault do Brasil: compromisso de criar e preservar


A Renault do Brasil tem como proposta de atuação contribuir continuamente para a preservação do meio ambiente. Seja por meio do desenvolvimento de veículos ambientalmente corretos e limpos, seja por meio de ações realizadas em seu Complexo Industrial, a empresa cultiva princípios e práticas benéficas ao meio ambiente desde sua implantação no País, no final dos anos 90. Como empresa-cidadã, a Renault trabalha para que suas ações se desenvolvam e mobilizem todos os colaboradores e a comunidade sobre a importância de se preservar a natureza.

As iniciativas ambientais da marca englobam todos os processos de criação de um veículo. Dos estudos iniciais para se empregar um determinado material à reciclagem de resíduos industriais, tudo é pensado para que o meio ambiente seja preservado. O objetivo da Renault é minimizar os impactos ambientais do veículo durante todas as etapas de sua vida: concepção, fabricação, utilização e fim de vida. Por isso, a marca adota uma diversa e extensa lista de iniciativas que envolvem as áreas de engenharia, desenvolvimento de materiais, design e fabricação, entre muitas outras.

“A Renault do Brasil possui um estreito compromisso com a preservação ambiental. Muitas ações que são realizadas no Complexo Ayrton Senna, parque industrial da marca no País, são referência para demais unidades do Grupo Renault. A cada dia, este trabalho de preservação se torna mais detalhado e aprofundado. Ao mesmo tempo, o conjunto de ações contribui para que as pessoas se sintam mais engajadas e preocupadas com a proteção do meio ambiente”, diz Jérôme Stoll, Presidente da Renault do Brasil.

No Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), a Renault do Brasil preserva uma região de mata nativa que responde por 60% da área total do Complexo, de 2,5 milhões de metros quadrados. Na região, é possível encontrar uma grande diversidade de espécies da flora e fauna, assim como nascentes, córregos e rios.

Ao lado das ações de preservação da floresta, a empresa realiza campanhas de redução do consumo de recursos naturais, de incentivo à reciclagem e programas de reaproveitamento de águas da chuva, entre outras iniciativas.

No campo de desenvolvimento de novas tecnologias e materiais, a Renault mais uma vez está à frente, em todo o mundo. São muitos os estudos e ações práticas para que o veículo respeite a natureza durante todo o seu ciclo de vida. A tecnologia bicombustível, adotada pela Renault no Brasil, serve de referência para a disseminação dos biocombustíveis na Europa. Outra iniciativa importante visa o aumento do uso de elementos recicláveis na fabricação, como alumínio nos motores e plástico nos revestimentos e elementos externos dos veículos. Um resultado desta iniciativa largamente empregada são os absorvedores de impacto dos pára-choques, que são confeccionados com material reciclado.

“O desenvolvimento sustentável se traduz na melhoria dos produtos, processos e serviços oferecidos pela Renault. O investimento que realizamos hoje para adotar práticas limpas e seguras é um processo contínuo e perene”, explica Stoll.

Renault do Brasil, uma empresa voltada para a preservação - A fabricação de um produto envolve o consumo de matérias-primas e recursos como energia elétrica, água e gás natural. Itens que não são aproveitados são devidamente tratados e reciclados para que o ciclo se complete de forma responsável e segura. Entre as ações que a Renault realiza neste campo estão o tratamento e a reutilização dos resíduos e o programa de economia dos recursos naturais nas três fábricas que integram o Complexo Ayrton Senna. Certificado com a ISO 14001 desde 2003, o Complexo está alinhado à política mundial de meio ambiente do Grupo Renault.

A reciclagem é uma palavra que há muito tempo faz parte da rotina industrial da Renault em todo o mundo. No Brasil, o reaproveitamento de resíduos deixou de ser apenas um processo isolado e passou a integrar todo um sistema de ações, que envolve desde a conscientização dos colaboradores sobre a importância da preservação até a própria preservação de área de mata que circunda o Complexo. Assim a Renault do Brasil completa um ciclo que vai da produção industrial ambientalmente controlada à preservação de uma reserva natural, em um projeto que poucas empresas no mundo têm o privilégio de conduzir.

Em 2007, a empresa atingiu o patamar de 25 mil toneladas de material reciclado, o que corresponde a 94% do total de resíduos gerados pelas unidades industriais do Complexo Ayrton Senna. Este volume é 67% superior ao obtido em 2006, em função tanto do aumento do percentual de resíduos reciclados como da elevação da produção. Para 2008, a meta é chegar a um índice de reciclagem de 96% do total de resíduos produzidos no complexo industrial. Do total reciclado, foram 711 toneladas de plástico, 5.856 toneladas de madeira, e 13.899 toneladas de metais, entre outros. Somente em 2007, o trabalho de reciclagem de papéis e madeira evitou o corte de 417 mil árvores. Os demais resíduos, que não são reciclados, passam por co-processamento, sendo reaproveitados energeticamente na produção de cimento.

Os materiais reciclados abrangem uma grande variedade de itens descartáveis, como plástico, madeira, papelão e tecidos, além de outros como blocos de motor e peças das mais variadas aplicações. O programa de reciclagem encaminha os resíduos para destinos onde serão transformados em material novamente útil para a sociedade, ao mesmo tempo em que poupa os recursos da natureza.

Os metais, por exemplo, são enviados a usinas siderúrgicas, enquanto os pneus são aproveitados na produção de xisto, que tem aplicações que vão da geração de energia à confecção de adubo. Os plásticos recolhidos no projeto são transformados em sacos para lixo, cadeiras e outros utensílios.

Consumo consciente - As práticas de manutenção ecológica aplicadas no Complexo Industrial Ayrton Senna vêm reduzindo também os índices de consumo de diversos tipos de matéria-prima. Este trabalho é coordenado por campanhas internas implantadas pelo Comitê de Economia e Conservação de Energias (CEE). O grupo é formado por funcionários de várias áreas, como manutenção, fabricação, controle de gestão e outros. O Comitê discute e sugere a implantação de procedimentos que visem a redução do consumo e a prevenção de gastos desnecessários. O grupo já colocou em prática variadas ações que atualmente fazem parte da rotina dos funcionários, como a adequação do funcionamento dos sistemas de ventilação e ar-condicionado e a otimização das estufas de pintura.

Em pouco tempo, a conscientização e a criatividade dos funcionários reforçou o impacto dos programas ecológicos da Renault, gerando economias no consumo de gás, água e energia elétrica. “Para 2008, a meta é atingir uma redução nos indicadores de performance (consumo/veículo) de 15% no consumo de água (m3/veículo produzido), de 10% nos gastos de energia elétrica (kWh/veículo) e de 2% de poupança de recursos no item gás natural (m3/veículo)”, explica José Gaspar, supervisor da Central de Utilidades e Fluidos da Renault do Brasil.

No mundo todo, em dez anos de esforços para reduzir o consumo de recursos naturais, os complexos industriais do Grupo Renault alcançaram resultados expressivos, como a economia de 25% no consumo de eletricidade e de 61% no consumo de água.

Água, um caso especial - Recurso cada vez mais valorizado, a água é objeto de um processo de reaproveitamento exclusivamente projetado para o Complexo Ayrton Senna. As águas das chuvas, armazenadas em uma das nove bacias de contenção que circundam o Complexo, são tratadas e usadas na lavagem de veículos. A empresa tem como objetivo até 2010 que toda a água de chuva acumulada nas bacias seja reaproveitada.

Em outra ponta, a água usada na lavagem de peças, do piso e das ruas da fábrica de motores passa por um sistema evaporador que faz sua purificação e reciclagem. Todos os resíduos sólidos são separados em contêineres para posterior recuperação e utilização. Uma central de tratamento filtra os insumos utilizados nas linhas de usinagem, como fluido de corte e óleo integral, também visando o reaproveitamento. Outros elementos, a exemplo de borra de retífica, cavaco de ferro fundido e diatomita, são extraídos do processo de filtragem.

Exemplo para o Grupo Renault - Um dos motivos de orgulho do Complexo é a fábrica de motores, considerada unidade modelo pelo Grupo Renault em todo o mundo. Na planta não existe o descarte de efluentes líquidos, pois os fluidos são filtrados e reutilizados na própria fábrica.

O próximo projeto ambiental a ser colocado em operação no Complexo Ayrton Senna visa o reaproveitamento da borra da estação de tratamento de efluentes, que será usada como matéria-prima na fabricação de tijolos. “Já completamos a primeira fase, que foi a fase de realização de estudos químicos e físicos. Agora, entramos na segunda fase, que diz respeito à implantação. Realizamos testes com as olarias e pretendemos em breve aprovar o projeto junto às autoridades ambientais. A meta é processar 20 toneladas por mês de borra da estação de tratamento de efluentes. Este material vai ser misturado à massa tradicional do tijolo, tornando-o mais resistente”, diz Enrique Depouilly, Gerente de Meio Ambiente da Renault do Brasil.

O Complexo Ayrton Senna e suas áreas de floresta - Ao recuperar e preservar uma extensa área florestal que circunda suas instalações industriais, a Renault do Brasil expõe as vantagens sociais e ambientais de se investir na proteção da natureza. Trata-se de um feito poucas vezes realizados por uma empresa em todo o mundo e considerado modelo pelo Grupo Renault.

O Complexo Ayrton Senna ocupa 2,5 milhões de metros quadrados no município paranaense de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba. Deste total, 60% correspondem a uma área de mata nativa preservada pela Renault do Brasil desde sua instalação no País, em 1996. Na região, é possível encontrar uma grande diversidade de espécies da flora e fauna, assim como nascentes, córregos e rios. Mais do que o cuidado com a sua preservação, a área de mata vem sendo objeto de um detalhado trabalho de recuperação e catalogação das espécies de fauna e flora que ali coexistem.

Tecnicamente, a área é classificada como floresta ombrófila mista – ou seja, formada por araucárias e pinheiros e mesclada por outros tipos de vegetação arbórea que integra o grupo maior que forma a Mata Atlântica. “Esta área de floresta da Renault abriga uma área de Mata Atlântica, considerada um ecossistema riquíssimo e que vem merecendo atenção por ocupar áreas cada vez menores no Brasil. Também temos a araucária, uma conífera da Região Sul que se tornou símbolo da preservação no País”, explica Enrique Depouilly, Gerente de Meio Ambiente da Renault do Brasil.

Além de estar situada no entorno de diversos sites industriais, a região de mata nativa também chama a atenção por estar inserida em uma área urbana, a poucos quilômetros do centro de São José dos Pinhais e da região central de Curitiba, uma das maiores metrópoles da América do Sul.

“A convivência do Complexo com a mata que o circunda tem sido totalmente harmônica”, destaca o gerente de meio ambiente. “Quem viu a mata há alguns anos e a observa agora, depois do nosso trabalho de recuperação e preservação, nota isso claramente”.

A população abrigada pela reserva inclui jaguatiricas, tatus, gambás, macacos, ouriços, jacus, carcarás, cervos, pacas, corujas, pica-paus, esquilos, quero-queros, veados e muitas outras espécies. Entre os habitantes mais populares está um grupo de macacos bugio ruivo. Ameaçado de extinção no País, o animal vive nas áreas de floresta que cercam o Complexo.

Informação como forma de preservação - A preservação das áreas de mata é uma das principais preocupações da empresa em termos de meio ambiente. Prova disso são os muitos estudos e convênios que foram e estão sendo firmados com instituições de pesquisa e fomento à biodiversidade. O trabalho destas instituições é mapear e propor soluções para a manutenção da fauna e flora locais.

Um destes convênios é com o Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), responsável pelo mapeamento da fauna e pelo registro de todas as espécies de animais que habitam o local. A outra parceira é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que passou a recuperar focos de área degradada no terreno. Os dois projetos foram completados no ano passado, e em 2008 tiveram o escopo ampliado. Atualmente, a UFPR realiza, com uma equipe multidisciplinar, um mapeamento das áreas de floresta da Renault.

De 2004 a 2007, a atuação da Embrapa permitiu à Renault recuperar uma área de dez hectares. Antes da instalação da empresa no local, o terreno era utilizado como pastagem e, por isso, teve sua biodiversidade bastante afetada. Estudos preliminares indicaram que predominava na região um solo compactado e pobre. Para reverter a degradação, foi realizado o plantio de 40 mil mudas de árvores nativas pioneiras, capazes de promover a melhora da qualidade do solo. Entre elas estão aroeiras, juquiris, bracatingas, maricás, esporão-de-galo, entre várias outras. “Quem visita o local vê não apenas um solo recuperado, mas também a paisagem natural se reconstituindo. Muitos animais que antes habitavam a área estão retornando”. Em seu estudo, a Universidade Federal do Paraná registrou 112 espécies de aves e 28 de mamíferos habitando a reserva da Renault em São José dos Pinhais.

Desde julho de 2004, o monitoramento ambiental dentro do Complexo começou a ser feito pela equipe do Laboratório de Materiais Mercosul. Atualmente, são realizadas pelo departamento diversas análises ambientais. Trata-se de um trabalho contínuo que envolve a avaliação de diversos parâmetros influentes na ecologia local. O sistema conta com 60 pontos de monitoramento, sendo 15 de avaliação dos níveis de ruídos, nove de águas pluviais, quatro de águas fluviais, três de efluentes líquidos tratados, 22 de emissões atmosféricas e sete de lençóis freáticos. O conjunto dos resultados possibilita ter um completo monitoramento ambiental da região.

O Departamento de Meio Ambiente da Renault do Brasil coordena um grupo de aproximadamente 12 profissionais, entre eles biólogos, arqueólogos, zoólogos, engenheiros florestais e outros. A equipe tem um elevado nível de capacitação e preparação acadêmica – inclui professores universitários e pesquisadores com títulos de PhD, doutorado ou mestrado, além de estudantes universitários em fase de pós-graduação.

“Trabalhar o meio ambiente, e manter uma reserva florestal exige uma força-tarefa multidisciplinar”, diz Enrique Depouilly. “Por isso, contamos com muitos especialistas e temos convênios com instituições que já possuem know-how sobre o assunto. As atividades são bastante variadas. Por exemplo, agora mesmo um dos trabalhos em andamento é a avaliação arqueológica do terreno. Os resultados serão conhecidos em breve. Você não lida apenas com o aspecto ambiental, mas também com questões históricas e culturais. Trata-se de um trabalho realmente rico, que tem como objetivo deixar um legado valioso para a sociedade brasileira”, finaliza o gerente de meio ambiente da Renault do Brasil.

Tecnologia e pesquisa em benefício da natureza - Os processos de fabricação utilizados no Complexo Industrial Ayrton Senna evoluem continuamente em direção a técnicas de fabricação mais avançadas e responsáveis. Essa vanguarda também orienta as pesquisas e a tecnologia aplicadas na utilização de materiais menos agressivos ao meio ambiente e na produção de veículos com índices de emissões cada vez menores.

O desenvolvimento de novos materiais e tecnologias menos agressivas ao meio ambiente é uma atividade constante da Renault do Brasil. Este processo faz parte do Programa de Gestão do Ciclo de Vida do Veículo, cuja meta é chegar em 2015 com 95% das peças passíveis de recuperação. Hoje, os veículos da marca possuem um índice de aproveitamento de cerca de 91%. O conceito determina a reciclagem e reutilização de uma determinada peça para a produção de outra, gerando um ciclo redutor de consumo dos recursos do planeta. Paralelamente, o Programa também trabalha no desenvolvimento de matérias-primas ambientalmente mais adequadas e na substituição de elementos considerados indesejados em todo o ciclo fabril e na utilização dos produtos pelo consumidor final.

Desde 2003, o Complexo Ayrton Senna possui a certificação ISO 14001. Este certificado foi desenvolvido pela International Organization for Standardization (ou Organização Internacional de Padrões), entidade que reúne institutos de normatização de todo o mundo para criar parâmetros que afiram a qualidade de, entre outros, plantas industriais. A ISO 14001 é concedida a empresas ou indústrias que atinjam ou superem índices que atestem seu nível de adequação ambiental.

A substituição de elementos indesejados na fabricação tem grande foco nos chamados metais pesados, elementos quimicamente reativos ou biologicamente acumulativos – ou seja, que o organismo não é capaz de eliminar.

Na Renault, as pesquisas específicas e a implementação deste objetivo estão a cargo do Programa de Eliminação de Metais Pesados, desenvolvido pelo DIMat-A, Laboratório de Materiais da Renault. A meta é evitar a utilização de elementos como chumbo, cádmio, cromo IV e mercúrio.

Caso a existência de algum destes metais seja detectada, o fornecedor do produto é orientado a retirá-lo da formulação do insumo fornecido à Renault do Brasil. Em 2005, o Programa deu um grande passo ao eliminar completamente o chumbo dos banhos de cataforese – aplicação de proteção química e de pintura às peças utilizando estímulos elétricos. A presença do chumbo nas ligas metálicas está sendo gradativamente substituída em determinadas aplicações por ligas de alumínio e silício, entre outros.

O cromo VI representa um desafio especial, já que é largamente utilizado em toda a indústria automobilística como item decorativo em peças plásticas que recebem uma camada metálica cromada. Ele também é empregado como revestimento anti-corrosão em parafusos e peças de fixação. Sua aplicação em elementos plásticos dificulta a reciclagem, já que, depois de assentada, é difícil separar a camada metálica do material plástico. A Renault realiza estudos para substituir peças como maçanetas internas por plásticos injetados constituídos por resinas de efeito metalizado. Este material imita visualmente o efeito da cromagem e, em uma futura reciclagem, pode ser reaproveitado. A previsão é de que até o final de 2008 os metais pesados sejam eliminados da fabricação de veículos no Complexo Industrial Ayrton Senna.

Outro aspecto do Programa de Gestão do Ciclo de Vida do Veículo visa o aumento do uso de elementos recicláveis na fabricação, como alumínio nos motores e plástico nos revestimentos e elementos externos dos veículos. Um resultado desta iniciativa já largamente empregado são os absorvedores de impacto dos pára-choques, que são confeccionados com material reciclado. Neste aspecto, a Renault do Brasil desenvolve estudos em conjunto com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) para a substituição da fibra de vidro por fibras naturais em aplicações como os revestimentos e forrações do teto dos veículos.

Em conjunto com o Laboratório de Materiais da Renault do Brasil, a UTFPR também trabalha no desenvolvimento de uma empresa capaz de reciclar os vidros do pára-brisa. Os vidros automotivos são formados por uma espécie de sanduíche cujo “recheio” é um filme plástico, conhecido por PVB. Esta composição evita o estilhaçamento no caso de ruptura mecânica gerada, por exemplo, em caso de batida. De outro lado, a reciclagem é dificultada pela separação do vidro do filme plástico.

No Brasil e no mundo - A tecnologia flex adotada pela Renault no Brasil serve de referência para a disseminação dos biocombustíveis na Europa. Atualmente, quase toda a linha nacional de veículos de passeio da marca dispõe de versões com motor a gasolina ou bicombustível. Segundo estudos, a fotossíntese ocorrida durante a transformação do CO2 em oxigênio nas plantações de cana-de-açúcar e beterraba – duas matérias-primas usadas na fabricação do álcool utilizado nos motores bicombustíveis – pode extrair até 70% do CO2 que será posteriormente liberado pela queima do combustível pelo veículo.

É por conta desta e de demais vantagens ambientais que a Renault lançou na Europa, em meados de 2007, o Mégane com motorização 1.6 16V movido a biocombustível E85 (etanol com adição de 15% de gasolina). Para o desenvolvimento e produção deste motor na Europa, a Renault se valeu da experiência brasileira no desenvolvimento de motores bicombustíveis.

Além desta iniciativa, o Grupo Renault mostra-se engajado no desenvolvimento de novas tecnologias favoráveis ao meio ambiente, principalmente no que se refere às emissões veiculares. Desde 2006, o plano estratégico de crescimento mundial do Grupo, chamado Renault Contrato 2009, determina os objetivos da marca em todas as áreas, incluindo a ambiental, estabelecendo metas de eficiência para suas fábricas e produtos. Seguindo o balizamento oferecido pelo Renault Contrato 2009 a empresa lançou, primeiramente na Europa, o selo Renault eco2, que simboliza uma nova etapa do compromisso da marca em oferecer veículos ecológicos e econômicos, que apresentem tecnologias acessíveis ao consumidor e bons resultados ao meio ambiente durante todo o seu ciclo de vida.

Para merecer o selo Renault eco2, um veículo precisa atender a três critérios: emissão de menos de 140g CO2/km (ou caso funcione com biocombustíveis – como o álcool –, etanol E85 ou biodiesel B30, estes dois últimos disponíveis na Europa), produção em uma fábrica certificada ISO 14001 e possuir índice de reciclagem/reaproveitamento de 95% no fim de sua vida útil. O próximo passo é estender o Renault eco2 às demais regiões do mundo.

O Renault Contrato 2009 prevê posicionar a Renault como um dos três grandes fabricantes de automóveis do mundo com baixa emissão de CO2. Em 2009, a marca pretende vender em todo o mundo um milhão de veículos que emitam menos de 140g de CO2/km. Um terço deles deve emitir menos de 120g de CO2/km.

Em novembro de 2007, o Logan Renault eco2 Concept mostrou que a empresa está certa em acreditar que é possível combinar desempenho ecologicamente aceitável com ótima economia e performance. Participando da competição Michelin Bibendum Challenge, que reúne veículos de várias marcas em uma demonstração de eficiência, o modelo da Renault percorreu 172,2 quilômetros com apenas 4,69 litros de diesel, combustível largamente utilizado em automóveis de passeio na Europa. O resultado corresponde ao consumo de 2,72 litros a cada 100 quilômetros. Mais do que isso, o Logan emitiu apenas 71 g/km de CO2, superando em muito as metas anteriormente estabelecidas pela fábrica para seus veículos.

Outro projeto pioneiro com grande potencial nas metrópoles é o carro elétrico que será lançado em 2011 em Israel. Com apoio do governo local, a iniciativa prevê que os usuários contarão com 500 mil terminais de recarga das baterias. Todas as funções do novo carro somente consumirão energia elétrica, caracterizando um veículo que não emite CO2, meta de toda a indústria automobilística internacional. A Renault acredita que os carros elétricos serão uma modalidade de transporte eminentemente urbano, ou destinado a deslocamentos de pequeno ou médio alcance. Israel foi o país escolhido justamente por suas maiores cidades estarem a menos de 150 quilômetros de distância entre si, e seus motoristas terem um deslocamento médio diário de 70 quilômetros.

Os estudos da Renault no mundo inteiro exploram ainda diversos aspectos do automóvel que podem resultar em menor impacto ambiental. Entre eles estão desenvolvimentos na aerodinâmica e redução do peso e tamanho do veículo. Na diminuição de peso do automóvel, por exemplo, a empresa vem substituindo peças metálicas por materiais como compostos poliméricos, cujo emprego vem crescendo em pára-choques, pára-lamas, tampas de porta-malas e em peças do interior do habitáculo.

Na Europa, a Renault é líder no uso de plástico reciclado para a fabricação de seus veículos. O objetivo é que até 2015 cerca de 20% do plástico adotado seja oriundo de material reciclado. Em 1990, o Clio europeu possuía 4 kg de plástico reciclado. Em 2007, o novo Renault Laguna já totaliza 35 kg de plásticos advindos da reciclagem, o que corresponde a mais de 100 peças eco-concebidas junto com os fornecedores.

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