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05/06/2008 - 09:47

Reflorestamento do Rio Macacu traz oportunidades de geração de renda

O projeto de reflorestamento das margens do Rio Macacu, que tem acompanhamento técnico do Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ), vai preservar uma importante fonte de recursos hídricos e, ao mesmo, proporcionar condições para o desenvolvimento sustentável da região, com novas oportunidades de geração de renda. Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, será realizado no dia 5 de junho, (quinta-feira), o plantio de 1,7 mil mudas em Cachoeiras de Macacu, na futura sede da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio Macacu.

As mudas plantadas nesta quinta-feira formarão uma Unidade Demonstrativa (UD) para exemplificar para produtores rurais e comunidade como será feito o reflorestamento, parte do qual realizado em terras particulares. A atividade terá a participação de alunos de escolas públicas, idosos e detentos. A solenidade contará também com a presença de autoridades municipais e de representantes da Cedae e UFRRJ.

O reflorestamento faz parte do projeto de recuperação ambiental da Bacia do Rio Macacu, lançado em fevereiro deste ano pelo governo estadual. O investimento, que totaliza R$ 10 milhões, inclui a criação de um parque fluvial. As águas do Rio Macacu abastecem milhares de habitantes e indústrias nos municípios de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, e Cachoeiras de Macacu, além da Ilha de Paquetá.

Estima-se que a área total abrangida pelo projeto, de cerca de 800 hectares, numa extensão de 65 quilômetros ao longo do rio, tenha perdido nos últimos anos 85% da sua cobertura vegetal. Para a recuperação serão utilizadas 40 espécies de árvores nativas da Mata Atlântica, entre as quais a embaúba, paineira, ipê, pau-ferro, buriti e pata de vaca. O projeto prevê também a construção de dois viveiros: um deles, em Cachoeiras de Macacu, tem capacidade para 300 mil mudas anuais; o outro, no Presídio de Magé, vai produzir 200 mil mudas. Ambos devem entrar em funcionamento daqui a três meses.

Segundo o vice-presidente do IEF/RJ, Paulo Schiavo Jr, que coordena o projeto, o Replanta Macacu também vai contribuir para a geração de renda da comunidade local, através do trabalho de coleta e manejo de sementes de espécies nativas. Cerca de 20 moradores participaram de um curso de capacitação, nos dias 29 e 30 de Maio, no Parque Estadual dos Três Picos, ministrado pelo engenheiro florestal e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Tiago Bröer Breier.

- Além dos benefícios ambientais do projeto, que, ao longo do tempo, vai evitar a redução da oferta de água do Rio Macacu devido ao desmatamento e desassoreamento, estamos criando condições favoráveis para uma economia de base florestal, gerando renda com desenvolvimento sustentável – afirmou Paulo Schiavo Jr.

Os participantes foram treinados para coletar as sementes sem danificar as árvores e serão remunerados pelo trabalho. Outro benefício social trazido pelo Replanta Macacu será a utilização da mão-de-obra de 35 detentos através de um convênio entre a Cedae e a Fundação Santa Cabrini. O cronograma do projeto prevê o início do trabalho de reflorestamento em outubro, quando começa a estação chuvosa.

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