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31/03/2022 - 08:43

Monitor de Secas registra abrandamento do fenômeno em Minas Gerais e São Paulo

Estabilidade no Rio de Janeiro e Espírito Santo livre de seca em fevereiro. Entre janeiro e fevereiro, as áreas com seca recuaram em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Em São Paulo o fenômeno segue presente em 100% do estado desde abril de 2021, enquanto não é registrado no Espírito Santo desde janeiro.

Em fevereiro, devido às chuvas acima da média, Minas Gerais e São Paulo registraram o abrandamento do fenômeno em comparação a janeiro, enquanto a seca segue sem ser registrada no Espírito Santo. Já no Rio de Janeiro o fenômeno se manteve estável em termos de intensidade. A seguir saiba mais sobre a situação atualizada da seca nos quatro estados do Sudeste.

Na última atualização do Monitor de Secas, a situação de São Paulo seguiu como a mais severa do Brasil em fevereiro. Em comparação a janeiro, as áreas com seca excepcional — a mais severa da escala do Monitor – recuaram de 16% para 10% do estado. Com isso, São Paulo registrou a condição menos severa desde abril de 2021, quando 5% de São Paulo passou por seca excepcional. Apesar da melhora das condições, São Paulo permanece com a seca mais severa entre as 21 unidades da Federação acompanhadas, sendo que o fenômeno está presente em 100% de seu território desde abril de 2021. Com seus 248 mil km² passando por seca, São Paulo tem a quarta maior área total com o fenômeno, atrás de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Entre janeiro e fevereiro, o Espírito Santo seguiu livre de seca. Por isso, não houve nenhuma severidade do fenômeno no território capixaba. Somente o estado e o Distrito Federal ficaram livres de seca no último mês dentre as 21 unidades da Federação monitoradas.

Em Minas Gerais, entre janeiro e fevereiro, houve um leve recuo da área com seca extrema de 8% para 5% do estado. A seca grave também teve uma diminuição de 13% para 10% de Minas. Esta é a melhor condição do fenômeno no estado desde julho de 2021, quando não houve registro de seca excepcional e 3% de seca extrema. A área total com o fenômeno caiu de 40% para 33% do território mineiro – menor percentual desde o mês da entrada de Minas Gerais no Mapa do Monitor, novembro de 2018, quando a seca foi observada em 27% do território mineiro.

No Rio de Janeiro, entre janeiro e fevereiro, a severidade da seca se manteve estável no estado com a estabilidade da seca moderada no patamar de 3% do território fluminense. Além disso, a área de seca fraca recuou de 20% para 17% do estado – o que não altera a severidade do fenômeno por ser a categoria mais branda de seca. No total a área com seca no Rio de Janeiro caiu de 23% para 21% do estado entre janeiro e fevereiro. Esta é a menor área total com seca no Rio de Janeiro desde maio de 2020, mês de sua entrada no Mapa do Monitor, quando o estado esteve livre do fenômeno.

Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca, mantendo os 98% entre janeiro e fevereiro. No Centro-Oeste e no Sudeste houve respectivamente um recuo do fenômeno de 60% para 56% e de 54% para 49%, sendo a primeira vez que mais da metade do Sudeste ficou livre do fenômeno desde que os quatro estados da região passaram a ser monitorados em novembro de 2020. No Nordeste a área com seca avançou de 34% para 36%, mas segue sendo a menor em termos percentuais entre as quatro regiões.

Entre janeiro e fevereiro, em termos de severidade da seca, seis estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e São Paulo. Tanto no Distrito Federal quanto no Espírito Santo, o fenômeno não foi registrado, assim como em janeiro. No sentido oposto, os três estados da região Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina — tiveram uma intensificação da seca. Em outros nove estados, a severidade do fenômeno se manteve estável: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins.

Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em fevereiro aconteceu no Sudeste, que registrou 5% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor, apesar da melhora das condições em comparação a janeiro. O Sul teve a segunda maior severidade de janeiro com 18% de seca extrema e 54% de seca grave. No Centro-Oeste houve um abrandamento do quadro com a redução da seca grave de 25% para 23% de seu território. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou excepcional no período.

Entre janeiro e fevereiro, três estados registraram o aumento da área com seca: Maranhão (onde a seca fraca voltou a ser registrada), Pernambuco e Tocantins. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em cinco estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Nas outras 13 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Ceará, Distrito Federal (livre do fenômeno), Espírito Santo (também sem seca), Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Assim como em janeiro, cinco estados registraram seca em 100% do território no último mês: Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Somente duas unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em fevereiro: Distrito Federal e Espírito Santo. Os demais 14 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 10,6% e 97,9% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso do Sul lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo e Goiás. No total a área com o fenômeno foi de 2,5 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 10º maior do mundo, superando os 2,3 milhões de km² da Argélia.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site: monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes: Espírito Santo: Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH); o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper); a Defesa Civil do Espírito Santo; e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN); Minas Gerais: Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM); Rio de Janeiro: Instituto Estadual do Ambiente (INEA); São Paulo: Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

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