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Especialistas ambientais recomendam apoio para a Índia e a China

Representante chinês afirma que país seguirá Procolo de Kyoto.

Davos, Suíça – 2007 - A China e a Índia reafirmaram hoje seu apoio para medidas que visam reduzir os efeitos de mudanças climáticas, enquanto um grande executivo do setor de seguros recomendou a transferência urgente de tecnologias de energia limpa para as duas maiores economias emergentes.

Durante uma sessão especial da Reunião Anual 2007 do World Economic Forum, Zhang Xiaoqiang, vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, da China, reforçou a intenção de seu país de seguir o Protocolo de Kyoto e pediu negociações mais rápidas e a criação de metas concretas para emissões. Enquanto a China pretende manter um nível baixo de emissões, disse Zhang, a produção de aço e cimento na China é muito intensa, com tecnologias que incorporam metade da eficiência das tecnologias ocidentais. Para cumprir com suas metas, disse, a China precisa de ajuda dos países industrializados.

Montek S. Ahluwalia, vice-presidente da Comissão de Planejamento, da Índia, reportou que o país está implementando cada vez mais a energia nuclear para cortar as suas emissões e que a Índia segue uma estratégia semelhante à da China. Mas a Índia também deve sofrer os efeitos de aquecimento global, ele disse. “É claro que a idéia de continuar normalmente não funcionará”, declarou Ahluwalia. A sua formula: “Devemos trabalhar dentro do sistema atual e construir em cima da base que já existe”.

Jacques Aigrain, CEO da Swiss Re, notou que os investimentos para controlar mudanças climáticas são muito menores comparados com o custo de conseqüências, considerando os riscos envolvidos. “Esperar para ver porque um ou outro elemento é incerto não é uma resposta válida”, disse Aigrain. “Nenhum acionista iria tolerar isso da sua empresa. Porque as pessoas iriam permitir essa nossa posição?”

Aigrain enfatizou a necessidade de transferir soluções de energia limpa para a Índia e a China. “Eles precisam usar carvão, então precisam de acesso a tecnologias de energia limpa baseadas em carvão”. Aigrain disse que as soluções de mercado devem ser as melhores e falou que os políticos não devem se esconder atrás de acordos globais. “Os acordos globais são a melhor maneira de ficar parado”, disse. “É uma verdade de negócios e uma verdade maior ainda na política internacional. Vamos tomar medidas concretas, como aquela da Califórnia”.

A Califórnia votou em reduzir as suas emissões para os níveis de 1990 até 2020, representando aproximadamente 174 milhões de toneladas de carbono em reduções, de acordo com Fabian Núñez, presidente da Assembléia Estadual de Califórnia.

Steve Chu, diretor da Lawrence Berkeley National Laboratory, informou que as áreas de neve nas montanhas da Sierra, na Califórnia, encolheram entre 30 e 90%. “É a fonte da nossa água”, explicou Chu. “Uma redução de apenas 20% cria grandes faltas de água na Califórnia. Uma redução de 50% sinaliza o fim a nossa agricultura, e volumes acima disso devem afetar a disponibilidade de água potável. Chu também informou que o aumento nos níveis do mar estão entre as maiores previsões feitas de cinco a dez anos atrás. “A ciência apresentou novas soluções para as mudanças climáticas, desde combustíveis renováveis até o seqüestro de carbono”, declarou.

O World Economic Forum é uma organização internacional e independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.

Incorporada como uma fundação em 1971, e baseada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. http://www.weforum.org

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