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11/11/2022 - 08:16

Brasil traz cases de descarbonização da indústria na COP27


A gerente de Mudanças Climáticas da Vale, Vivian Mac Knight, e o gerente de Assuntos Governamentais da Toyota em Brasília, Bruno Ambrósio, contaram sobre os programas de descarbonização das empresas no pavilhão Brasil.

Sharm El Sheikh – O pavilhão do Brasil na COP27 promoveu no dia 09 de novembro (quarta-feira) um painel sobre descarbonização da indústria. A gerente de Mudanças Climáticas da mineradora Vale, Vivian Mac Knight, falou de Sharm El Sheikh ao lado da mediadora, a assessora Especial do Ministério do Meio Ambiente, Roberta Cox (na foto acima, Mac Night à esquerda e Cox à direita). De Brasília, do espaço na Confederação Nacional da Indústria (CNI), falou o gerente de Assuntos Governamentais da Toyota do Brasil, Bruno Ambrósio.

Mac Knight disse que quando se fala em descarbonização da indústria, há um mundo de possibilidades. Ela falou sobre os principais compromissos da Vale nesse sentido, sendo o principal zerar as emissões de carbono até 2050, e metas intermediárias. — A primeira é reduzir as emissões [de carbono] escopo um e dois em 33% até 2030, alinhada ao Acordo de Paris; também nos comprometemos a usar eletricidade de fontes renováveis — 100% da nossa eletricidade vai vir de fontes renováveis até 2030 globalmente, e até 2025 no Brasil — disse a gerente. Ela informou que a Vale, hoje, já tem 90% do consumo de energia elétrica vindo de fontes renováveis.

O escopo 1 engloba as emissões que vêm diretamente do processo produtivo da empresa, como gases produzidos a partir da queima de combustíveis e fontes de calor. O escopo 2 se refere a emissões associadas à geração de eletricidade que a empresa consome; e o escopo 3 abrange todas as emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor da empresa.

No caso de uma indústria de mineração como a Vale, que produz minério de ferro além de metais básicos, o escopo 3 passa a ser muito relevante, disse Mac Knight. — Quando olhamos para o total de emissões da Vale, 98% acontecem no escopo 3, principalmente no uso do produto da Vale na indústria siderúrgica, uma das indústrias mais emissoras do mundo, portanto, não poderíamos ter um compromisso de mudança climática sem endereçar o escopo 3” — declarou.

Então a Vale definiu uma meta de redução das emissões absolutas do escopo 3 em 15%. “Como essa meta tem muitos desafios, porque depende muito de uma parceria com o cliente para que ele regule as suas emissões, a gente permitiu uma flexibilização e possibilidade de usar até 20% de crédito de carbono como forma de compensação para atingir a meta”, contou.

Mac Knight trouxe ainda a informação de que a mineradora protege sozinha ou em parceria mais de um milhão de hectares de floresta, sendo 800 mil hectares na Amazônia. —Dentro dos compromissos florestais da Vale, além de proteger um milhão de hectares, nos comprometemos em aumentar em mais 500 mil hectares de áreas de proteção e ou recuperação — disse.

Bruno Ambrósio, da Toyota, contou que a empresa automotiva olha para toda sua cadeia de produção, não apenas o seu produto, desde a coleta de materiais na natureza até a utilização pelo consumidor. —Nossa preocupação é pela descarbonização. Já há muitos anos a Toyota vem perseguindo esses objetivos e acredita que não existe uma única tecnologia para chegar lá —declarou no painel.

Segundo ele, existem diferenças regionais no globo, diferenças de estrutura estabelecida, necessidades sociais a serem atendidas, e a partir disso a empresa vem adotando uma série de produções diferentes e de tecnologias distintas. —E para o Brasil acreditamos muito em um programa que começou na década de 1970, que é a utilização de biocombustíveis. Está mais que comprovado que o etanol brasileiro tem um balanço energético sensacional —afirmou o executivo.

O etanol, associado com criações como o carro elétrico, gera uma grande descarbonização na indústria automotiva, informou Ambrósio. Pensando nisso, a Toyota lançou em 2019 o primeiro carro híbrido flex do mundo, no Brasil, com tecnologia desenvolvida por engenheiros brasileiros. Ele afirmou que o mundo tem se interessado muito por essa tecnologia, já que a eletrificação pura só funciona em países mais desenvolvidos, com infraestrutura para implantar as novas tecnologias. | ANBA

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