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12/11/2022 - 08:49

Brasil na COP27: descarbonização do setor de energia é destaque no 4º dia de painéis


Representantes de diversos setores produtivos se reuniram no dia 11 de novembro (sexta-feira), para trocar experiências nas áreas de meio ambiente e sustentabilidade. Em reuniões que duraram o dia todo, especialistas revelaram planos e estratégias para tornar o Brasil um país cada vez mais verde. O papel dos Estados no avanço da descarbonização do setor de energia.

No primeiro painel do dia, Telom Borges, superintendente de mudanças climáticas do Governo do Rio de Janeiro, disse que o estado possui 13 termelétricas e que o desenvolvimento energético depende de parcerias entre o Estado e a iniciativa privada. — O Estado tem todas as condições legais para implementar mais energias renováveis — disse.

O subsecretário de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Trani, veio à COP27 para anunciar o Plano de Ação Climática de São Paulo. —Um plano para ser implementado até 2050 é essencial para que possamos escolher entre os melhores programas— disse. —É importante trabalhar a integração federativa daqui para frente. Os estados já têm projetos e a iniciativa privada vai participar, mas cabe ao Estado regular essa forma mais amigável—.

Em Pernambuco, segundo Inamara Melo, secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado, há um projeto piloto de monitoramento de emissões por imagem de satélite e um plano de descarbonização. —Pernambuco tem hoje 73% de sua energia de fontes renováveis, com destaque para a questão das usinas solares. Alcançaremos a meta de zero líquido até 2050—. Ela também destacou a importância da troca de experiências entre os governos regionais: —Percebemos que todos estão caminhando na direção certa para substituir a matriz atual por uma energia cada vez mais limpa—.

Energia solar — Rodrigo Pedroso, representante da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), disse que o crescimento do uso da energia solar no Brasil está relacionado à queda de preço das peças utilizadas na construção dos equipamentos. —Além disso, somos abençoados em termos de sol. Temos em abundância e sabemos como usar esse excesso—.

Mas Pedroso ressaltou que ainda há espaço para crescimento e que a energia solar no Brasil fica atrás apenas das fontes hidrelétricas e eólicas.

Flávia de Oliveira, gerente de Responsabilidade Social Corporativa e Transição Energética da multinacional de energia Engie Brasil, disse que o Brasil está entre as quatro regiões prioritárias da empresa, devido ao marco regulatório do setor e às qualidades naturais do país em relação à eficiência energética. —Acreditamos muito em iniciativas ligadas à educação e ao debate qualificado sobre a questão da eficiência energética. Acho que temos aqui um dos países com o cenário mais positivo quando a pauta é a descarbonização do meio ambiente—.

Luiz Augusto Figueira, diretor de Gestão Corporativa e Sustentabilidade da Eletrobras, disse que a segurança energética proporcionada pela exploração das hidrelétricas abre caminho para a implantação de outras fontes no país. “A Eletrobras instalou painéis solares em diversos reservatórios de água, o que facilita e barateia o escoamento da energia. Vemos a possibilidade de expandir esse modelo para outros reservatórios”.

Figueira detalhou um programa da Eletrobras para passar do diesel para a energia solar como fonte de energia em regiões isoladas da Amazônia. “Isso está sendo muito bem aceito pelas comunidades locais. É um bom exemplo de como a energia pode ser um vetor para o desenvolvimento dessas populações”

Miguel Viana, Diretor de Sustentabilidade da EDP - Energias de Portugal - lembrou que a empresa atua no Brasil há mais de 25 anos e que o país abriga o maior parque solar instalado da empresa. Ele afirmou que a EDA tem vários projetos em desenvolvimento no Brasil. —Esperamos poder concluir muito em breve nossa primeira usina de hidrogênio verde, que está sendo construída no Ceará, e será acoplada à usina solar que vai gerar energia para nossa usina de hidrogênio verde.

Parceria entre Brasil e países árabes para a sustentabilidade — Para Khaled Hanafi, secretário-geral das Câmaras Árabes, o foco das relações comerciais entre o Brasil e o setor privado dos países árabes está mudando para uma economia verde, em harmonia com o meio ambiente. —O Brasil teve um superávit de carbono nos últimos anos e está interessado em negociar isso. E o mundo árabe quer comprar. Então, o rumo da colaboração é excelente para os dois lados—.

Maha Algattan, representante de sustentabilidade da Saudi Aramco, disse que “não é mais possível construir uma aliança com nenhum país sem pensar em sustentabilidade”.

Ela contou sobre o projeto "Economia do Amor", de uma empresa privada do Egito, que incentiva agricultores a obter créditos de carbono por meio da redução de emissões. — Isso está funcionando e pode se estender ao mercado internacional — conclui Tamer Mansour, da Câmara Árabe Brasileira.

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