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19/11/2022 - 10:11

Papel da indústria na conservação das florestas


Debate em painel do estande do Brasil na COP 27. Programação dos painéis, realizados para discutir os principais caminhos e potencialidade do país no combate às mudanças climáticas, que encerrou no dia 17 de novembro (quinta-feira) em Sharm El-Sheik, no Egito.

O papel da indústria brasileira e os trabalhos que ela desenvolve no campo da sustentabilidade, de modo a conectar o país à nova economia verde global, foram temas dos painéis realizados no estande do Brasil, no dia 16 de novembro (quarta-feira) , na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 27), realizada em Sharm El-Sheik, no Egito.

A programação do dia reuniu especialistas de várias áreas, tanto do setor público quanto privado, que debateram assuntos como as ações para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no Brasil, as iniciativas da indústria para uma economia de baixo carbono, a neutralidade climática e a transição energética.

A pauta também tratou de um dos temas centrais das discussões da COP 27: a conservação das florestas e, neste sentido, o foco girou em torno das contribuições da indústria neste processo.

Representante da maior produtora mundial de celulose e presente em um dos painéis como palestrante, a executiva Mariana Lisboa, líder global de relações corporativas da empresa, elogiou a iniciativa do Governo brasileiro em promover os exemplos de sucesso na COP 27.

— O estande do Brasil mostra um lado muito positivo do nosso país, que é a indústria que vem trabalhando na transição para uma economia verde e descarbonizada. São discussões extremamente relevantes com setores diversos e com o poder público. Estamos tendo aqui na COP 27 uma oportunidade muito grande de mostrar para o mundo o Brasil que funciona de forma sustentável e que se posiciona como parte da solução para a crise climática do planeta —prossegue Mariana Lisboa.

Ela citou o exemplo de sua empresa, que há décadas atua conectada com conceitos de sustentabilidade. —É importante esclarecer que nossa empresa não corta árvores. Ela planta árvores. A matéria prima do papel e da celulose é o eucalipto, que é a floresta plantada. Existe um compromisso de desmatamento zero por parte da empresa. Só plantamos em áreas degradadas e recuperamos áreas de preservação e áreas de reserva legal também. Nossa atividade é 100% sustentável, o que nos dá muito orgulho —destaca a executiva.

O diretor de Inovação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Jefferson Gomes, também foi um dos palestrantes. Ele lembra que o país já é um dos protagonistas no cenário internacional quando o tema é sustentabilidade e credita isso ao trabalho desenvolvido no campo da ciência.

— O Brasil vem avançando há anos neste tema e é um dos principais atores globais. E isso se deve aos cérebros brasileiros. Nós conseguimos desenvolver uma agricultura forte e uma biotecnologia extremamente competente— afirma.

Outro palestrante que ressaltou o papel dos pesquisadores brasileiros no processo de fortalecimento da economia verde no Brasil é José Luís Gordon, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

—A Embrapii vem apoiando fortemente o desenvolvimento de tecnologia na parte da biodiversidade brasileira. Temos feito produtos, por exemplo, a partir do jambu, do açaí, além de muitos projetos para biofertilizantes — revela.

Gordon ressaltou que a empresa trabalha para ter uma indústria e um país cada vez mais sustentável, potencializando a competitividade do Brasil. —Quando eu falo de indústria estou usando um sentido amplo, já que a agroindústria também faz parte disso, investindo muito em sustentabilidade —ressaltou Gordon.

Durante o painel, José Luís Gordon anunciou a abertura de novos centros de pesquisa no Brasil que atuam no campo da sustentabilidade. —Anunciamos aqui que foram credenciados mais quatro centros ligados à bioeconomia na Região Norte. Isso é muito importante para agregar valor e colocar a Região Norte como referência para a bioeconomia —explica.

Desenvolvido em parceria entre a Embrapii e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MTCI), a rede é um ecossistema integrado e que tem como objetivo alavancar a capacidade produtiva e a competitividade das empresas brasileiras, por meio do incentivo ao uso e ao desenvolvimento de tecnologias de fronteira no processo produtivo industrial.

Últimos painéis — Penúltimo dia da COP 27, serão realizados os últimos painéis da programação do estande do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Serão debatidos temas como: hidrogênio verde, sustentabilidade dos biomas brasileiros, inovações tecnológicas e descarbonização no setor de óleo, cooperativas e sustentabilidade (Recicla+), eólicas offshore, e políticas públicas e financiamento para recuperação da vegetação nativa, com destaque para o projeto Floresta Viva.

O Floresta Viva é uma iniciativa conjunta entre órgãos como BNDES, Petrobras e o setor privado, destinada a implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.

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