Onça-parda é registrada na Ilha Grande, Rio de Janeiro

Através de armadilhas fotográficas, pesquisadores conseguem capturar pela primeira vez imagens do felino( Puma concolor) na ilha do litoral do Rio de Janeiro. Os envolvidos na pesquisa são a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS).

Pesquisadores conseguiram realizar o primeiro registro de uma onça-parda em Ilha Grande, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. As imagens foram capturadas no dia 27 de novembro (domingo), través de armadilhas fotográficas instaladas em trilhas do Parque Estadual de Ilha Grande. No vídeo, é possível ver a onça transitando perto do rio e logo depois entrando no mato.

A onça-parda (Puma concolor) é o segundo maior felino das Américas. O avistamento inédito foi realizado pela bióloga Lena Geise, professora de Zoologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). E as armadilhas foram instaladas durante aulas práticas da disciplina Biologia e Conservação de Mamíferos no Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS).

Relatos sobre a presença da espécie na ilha já haviam sido feitos por moradores, mas nunca houve confirmação em imagens. Em mais de 25 anos de pesquisas realizadas pela universidade, esse foi o primeiro registro em vídeo da espécie realizado pelas armadilhas fotográficas.

Em postagem nas redes sociais, o CEADS reforça que as onças-pardas não são ameaça para humanos. —A presença desse animal na Ilha Grande não deve ser vista como uma ameaça, já que a onça-parda é parte da fauna natural da região e o convívio não precisa ser temido. Trata-se de uma provável população tão antiga como todos os outros mamíferos como por exemplo o bugio, as capivaras, cutias e pacas, não tendo causado prejuízos à população humana—.

A espécie atualmente é classificada como Vulnerável à extinção pela avaliação nacional conduzida pelo ICMBio. Sua comemorada aparição pode ser um bom sinal também da qualidade ambiental de Ilha Grande, já que a onça-parda, predador no topo da cadeia alimentar, é um bom indicador de que as espécies abaixo dela na cadeia também estão presentes no território.