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26/06/2008 - 10:13

Um Desafio à Sustentabilidade – Água versus Energia’ foi tema do 3º Seminário do Instituto de Tecnologia Promon

Evento realizado no último dia 18 de junho reuniu especialistas nacionais e internacionais, que apresentaram novas pesquisas e tecnologias sobre o assunto.

O Instituto de Tecnologia Promon (ITP) promoveu, no último dia 18 de junho, seu terceiro seminário, que teve como tema “Um desafio à sustentabilidade – Água versus Energia”. Lançado em abril de 2007, o ITP tem por objetivo contribuir para ampliar a análise imparcial e o debate das tecnologias que ‘farão a diferença’ no futuro, e desenvolver talentos nas áreas em que atua: Energia, Desenvolvimento Sustentável e Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

O evento contou com a presença de aproximadamente 120 convidados, entre dirigentes de empresas, investidores e pesquisadores de todo o país. Especialistas brasileiros e estrangeiros ministraram palestras e apresentaram novas pesquisas e tecnologias desenvolvidas nessa área.

“O objetivo desse seminário foi apresentar a interdependência que existe entre a água e a energia, dois elementos que estão sobre risco. É importante que se discuta quais medidas podem ser realizadas hoje e quais são as perspectivas para o futuro. Esse é o papel do ITP, que continuará o incentivo do debate de importantes questões da sociedade”, destacou Ricardo Corrêa, diretor do Instituto de Tecnologia Promon.

O seminário teve início com a palestra “Desafios e Perspectivas no Gerenciamento de Conservação de Recursos Hídricos”, proferida pelo Diretor do Centre for Water Research (Austrália), Dr. Jorg Imberg. O palestrante apresentou os impactos nos ciclos hidrográficos e no ambiente causados pela crescente demanda de água para produção de energia, competindo com a necessidade de outros setores da economia. Imberg destacou a importância das novas tecnologias e métodos quantitativos desenvolvidos para a gestão de recursos hídricos que objetivam fazer um balanceamento entre os usos desses recursos e seus impactos ambientais e ecológicos.

“Os homens erram, mas relutam em aprender com os próprios erros. As máquinas, ao contrário, aprendem constantemente com os erros e evoluem”, ressaltou Imberg. “Quando é anunciada, por exemplo, a inauguração de uma fábrica de papel e celulose em um determinado local, a primeira impressão é sempre negativa. Há uma pré-conceituação por parte da sociedade. É preciso, portanto, que exista um canal de comunicação com a comunidade para que ela possa entender aquilo que está sendo desenvolvido. E, nesse sentido, a internet é uma tecnologia fundamental”, reiterou.

A segunda palestra do evento foi apresentada pelo Prof. Dr. José Goldemberg, pesquisador do Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa da Universidade de São Paulo). Goldemberg falou sobre as perspectivas tecnológicas de minimização do uso da água na produção de energia e de biomassa, a fim de reduzir seus impactos ecológicos e ambientais. O professor expôs um panorama da situação do país em relação ao mundo no que diz respeito à disponibilidade e retirada de água. “O mau uso dos recursos hídricos pode causar conseqüências dramáticas à população”, alertou.

O professor também demonstrou um balanço da produção hídrica do território do Estado de São Paulo e da evolução da demanda de água nesta região. “A situação dessa região não é tão confortável quanto à situação do Brasil em relação ao resto mundo. Em 2000, 47% da água disponível neste estado era utilizada. Uma fração considerável do consumo é destinada para suprir áreas urbanas. Cada vez mais, para abastecer uma cidade como São Paulo, por exemplo, é necessário trazer água lugares distantes, o que implica sérios problemas”, ressaltou.

Goldemberg também discutiu sobre a situação brasileira na produção de etanol e co-geração de energia elétrica a partir de cana-de-açúcar. Foi esboçado um quadro sobre a evolução dos volumes de captação, consumo e lançamento de água na indústria sucroalcooleira. “Para cada litro de etanol produzido, por exemplo, são utilizados em média 10 litros de água. A produção de cana, por sua vez, consome 1m³ de água por cada tonelada produzida. É preciso um trabalho sério para reduzir o uso da água na produção de cana-de-açúcar”, enfatizou.

O terceiro palestrante foi Cláudio Barbosa, Diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que explicou sobre sensoriamento remoto do uso de recursos hídricos e seus impactos ambientais. Barbosa destacou a evolução do sensoriamento remoto utilizando satélites e redes terrestres para o gerenciamento efetivo de recursos hídricos em nível local, regional e global. “Ambientes aquáticos são muito dinâmicos, sofrendo mudanças significativas em escalas curtas de tempo, como dias e até horas. Os satélites disponíveis atualmente possibilitam fazer um monitoramento multitemporal de grandes áreas à distância, o que permite que esses dados sejam coletados com mais agilidade e precisão”, afirmou.

A última palestra do evento centrou-se nos desafios e perspectivas do gerenciamento integrado de água e geração de energia, e foi ministrada por Dr. Hermes Chipp, Diretor-Geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e por Vinícius Forain Rocha, representante do ONS.

Rocha iniciou o seminário com a apresentação do Sistema Interligado Nacional (SIN). “O objetivo do planejamento do SIN é minimizar o custo total da geração de energia, do presente ao futuro, por meio de decisões de geração térmica e hidráulica e, dessa forma, preservar a segurança do atendimento eletro energético”, explicou.

Também foram apresentados casos de gestão de usos múltiplos do SIN, o processo de gestão de restrições hidráulicas e sua articulação institucional. Dr. Hermes Chipp deu continuidade à palestra e discutiu sobre a possibilidade de uma gestão integrada água-energia nos âmbitos regional, estadual e federal no país, a fim de reduzir os impactos ambientais. “É necessário agir com prevenção. Os procedimentos da ONS representam uma estratégia de operação que modificam o paradigma brasileiro”, concluiu.

Perfil do Instituto de Tecnologia Promon – ITP – www.itpromon.com.br - O Instituto de Tecnologia Promon – ITP – é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo contribuir para a análise e o debate sobre as tecnologias que, no futuro, serão determinantes, além de desenvolver talentos nas áreas em que atua: Energia, Desenvolvimento Sustentável e Tecnologias de Informação e Comunicações (TIC).

Tem como princípio uma postura de neutralidade e imparcialidade em todas as suas atividades, sem vinculação com atividades comerciais. Dessa forma, seu trabalho se desenvolve alicerçado com um forte relacionamento com centros de excelência em pesquisa e desenvolvimento tecnológico no Brasil e no exterior.

Perfil da Promon - Fundada em 1960, a Promon é uma empresa brasileira reconhecida por sua competência em engenharia, gerenciamento de empreendimentos e forte capacidade empreendedora. Sua atuação abrange prioritariamente projeto, integração e implementação de soluções complexas de infra-estrutura para setores-chave da economia. Entre eles, destacam-se energia elétrica, óleo & gás, indústrias de processo, química, petroquímica, mineração, metalurgia, tecnologia da informação e comunicação.

As atividades operacionais da organização são conduzidas por três empresas: subsidiária integral Promon Engenharia, PromonLogicalis Latin America (resultado da fusão entre a Promon Tecnologia e a Logicalis Group) e Trópico (joint venture com a Fundação CPqD e Cisco Systems). Compõem ainda o grupo a Fundação Promon de Previdência Social, o Instituto de Tecnologia Promon e o Instituto Razão Social, entidade mantida em associação com o Instituto Camargo Corrêa e Gerdau.

A presença da Promon em todas as dez edições do Guia Exame-Você S/A - As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar, sua escolha como a Empresa da Década, em 2006, e o recebimento do Prêmio Nacional da Qualidade da Fundação Nacional da Qualidade em 2007 demonstram a solidez de suas práticas de gestão e o sucesso de seu modelo empresarial.

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