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28/06/2008 - 08:12

Prefeito de Rio Verde conta na Fietec a história do primeiro município brasileiro sem passivo socioambiental

Para falar sobre a história do primeiro município brasileiro sem passivo socieambiental, Vitória recebe, no dia 02 de julho, o prefeito de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, Marino José Franz. Ele ministrará a palestra “Crescimento com sustentabilidade”, às 14 horas, no Centro de Convenções de Vitória, durante a Feira Internacional de Econegócios e Tecnologias Limpas (Fietec);

Lucas do Rio Verde, cidade de 35 mil habitantes situada 350 quilômetros ao norte de Cuiabá, foi escolhida pelo Grupo Sadia para abrigar sua maior fábrica de alimentos do país e receber um investimento de R$ 800 milhões. Isso porque a cidade é hoje um dos melhores exemplos da eficácia do agronegócio brasileiro;

Em 2006, por meio de parcerias com a iniciativa privada e com a ONG americana The Nature Conservancy (TNC), Lucas do Rio Verde lançou um projeto socioambiental que hoje a projeta como referência no Brasil e no exterior;

Batizado de Lucas do Rio Verde Legal, o programa tem dois objetivos: recuperar as áreas de nascentes desmatadas irregularmente, cumprindo a lei federal que determina que cada fazendeiro mantenha mata nativa em 35% da área de sua propriedade; e assegurar que a mão-de-obra empregada no município trabalhe de forma regular, em regime de carteira assinada;

Para realizar o projeto, o prefeito Marino José Franz buscou patrocínio da Sadia, da multinacional suíça de defensivos agrícolas Syngenta e da empresa Fiagril. Com o apoio da ONG The Nature Conservancy, o investimento no projeto chegou a R$ 450 mil, utilizados na compra de imagens de satélite de toda a área do município e no custeio do projeto;

Responsável pela produção de 1% de soja do Brasil, Lucas do Rio Verde há quatro anos tem taxa de crescimento médio anual de cerca de 10%. O município é modelo em desenvolvimento sustentável, com ruas limpas e arborizadas, ausência de favelas, mendigos e crianças de rua;

Em 2007, o município cadastrou 670 propriedades rurais e notificou os proprietários que devem replantar áreas desmatadas perto das nascentes. Também está construindo mais de duas mil moradias para atender a população;

Entre as próximas metas está o reflorestamento de dois mil hectares de áreas de preservação permanente e equacionamento das áreas de reserva florestal a serem protegidas;

As empresas que patrocinam o projeto integram um conselho que avalia o desempenho do programa e aprova metas, o que mostra o sucesso da parceria entre sociedade, governo e iniciativa privada.

Em 2009, grupos como Sadia e Amaggi vão erguer em Lucas do Rio Verde o maior complexo agroindustrial brasileiro. Até lá, o PIB da cidade deverá dobrar de tamanho, chegando a dois bilhões de reais.

O projeto do município está estimulando outras cidades. O município de Catalão, em Goiás, já estuda adotar o modelo. No norte do Mato Grosso, 13 municípios acertam detalhes para fechar um plano ambiental, que pretende criar incentivos financeiros para a preservação de florestas – o que seria um projeto inédito em todo o mundo;

As políticas socialmente responsáveis adotadas em Lucas do Rio Verde tentam garantir a própria sustentação da economia. O diretor do Centro Nacional de Pesquisa da Soja da Universidade de Ilionois, nos Estados Unidos, alerta que quem não adotar práticas sustentáveis corre o risco de ser punido pelos consumidores asiáticos e europeus.

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