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WSPA e Whalewatch condenam retomada da caça comercial de baleias na Islândia

Rio de Janeiro - Com a participação da Sociedade Mundial de Proteção Animal-WSPA, a coalizão Whalewatch (Baleias Na Mira) enviou uma carta ao jornal londrino Sunday Times, condenado a decisão do governo da Islândia em autorizar a retomada da pesca comercial de baleias das espécies Minke e Fin.

A Islândia retomou as atividades baleeiras, defendendo que a quantidade de baleias em seus mares é grande o suficiente para permitir a caça comercial - apesar de a espécie Fin estar ameaçada. A expectativa é de que os navios do país matem por ano nove baleias Fin, e 30 Minke.

A carta, que também é assinada por membros das principais organizações de proteção animal do Reino Unido e dos EUA, cita uma série de estudos científicos que comprovam a inexistência de métodos humanitários para o abate de baleias. Peter Davies, diretor geral da WSPA e um dos signatários, diz que o caso da Islândia é ainda mais grave porque o país não possui instrumentos para o abate das espécies Fin, que são em média 12 vezes mais pesadas que as da espécie Minke.

Segue a íntegra da carta: "A coalizão Whalewatch condena veementemente a decisão da Islândia em retomar a caça comercial de baleias das espécies Minke e Fin. De acordo com os planos de abate daquele país, 30 baleias Minke e nove Fin serão mortas na próxima temporada de caça. Reunimos um extenso material científico de pesquisas que confirmam a inexistência de métodos humanitários para o abate desses animais no mar.

Alguns dos novos métodos de abate consistem no uso de harpões explosivos que são lançados na altura da cabeça e do tórax causando a morte instantânea do animal. Entretanto, fatores como a pouca visibilidade das águas, o balanço do navio e o fato de o animal se mover, tornam quase impossíveis as chances de o harpão acertar o alvo eficazmente.

Pesquisas feitas pelo Japão e apresentadas à Comissão Baleeira Internacional (International Whaling Commission- IWC) indicam que apenas 40% das baleias caçadas morrem instantaneamente nas detonações explosivas; as restantes levam em média uma hora para morrer e grande parte delas morre de asfixia ou afogada. Não há como saber o que acontece na Islândia. Os métodos de abate naquele país são desconhecidos já que o governo se recusou a fornecer qualquer informação sobre métodos de abate à IWC.

Aparentemente, a Islândia não fez nenhuma adaptação nos seus equipamentos para a caça das baleias Fin, que são 12 vezes mais pesadas que as da espécie Minke. Diferenças anatômicas e orgânicas entre as espécies influem profundamente na eficácia de um determinado método de abate. A ausência dessas considerações contribui para que os métodos de abate sejam ainda mais dolorosos e cruéis.

A coalizão Whalewatch reivindica a suspensão imediata das atividades baleeiras na Islândia."

Assinam: Peter Davies - Diretor-General, Whalewatch e World Society for the Protection of Animals (WSPA) | RObert Atkinson - Chefe da Divisão de Natureza, Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) | Patricia A. Forkan - Presidente, Humane Society International (HSI) | Clare Perry - Chefe de Campanhas, Environmental Investigation Agency (EIA) | Andy Ottaway - Diretor, Campaign Whale | Sue Fisher - Diretora de Políticas dos Estados Unidos, Whale and Dolphin Conservation Society (WDCS)

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