Travessia Rio-Niterói sem lixo flutuante

O secretário de Transportes, Julio Lopes, e a secretária de Ambiente, Marilene Ramos, decidiram unir forças para deixar as águas da Baía de Guanabara mais limpas e facilitar a circulação das embarcações que fazem o transporte entre o Rio de Janeiro e Niterói. Uma operação para retirar o lixo flutuante do entorno das estações da Barcas S/A e da área de travessia começará no início de agosto. A decisão foi tomada no dia 2 de julho (quarta-feira), após reunião entre os secretários.

- O lixo flutuante é um dos principais causadores das panes nas embarcações que fazem a travessia. É impressionante a quantidade de madeira, sacos plásticos, objetos e até pedaços de móveis boiando na baía. Esse lixo entra no motor e trava o funcionamento na hora. Basta uma embarcação atrasar a viagem para atrapalhar todo o serviço. Por dia, 70 mil pessoas utilizam esse sistema. E reduzir esse risco de pane técnica vai ser um bom passo para reduzir os problemas na travessia entre Rio e Niterói - explicou o secretário de Transportes.

Na reunião, Julio Lopes apresentou um plano de trabalho para a retirada desses resíduos sólidos da rota das embarcações e solicitou à Secretaria do Ambiente ajuda para o manejo do lixo enquanto a secretaria de Transportes providencia a compra de um barco para fazer a limpeza permanente. Marilene Ramos colocou à disposição duas traineiras equipadas com uma rede de arrasto e um barco, que foram usados para a limpeza da Baía de Guanabara durante os jogos Pan-americanos.

- Podemos ver juntos a possibilidade de comprar um barco ou abrir uma concorrência pública para a prestação desse tipo de serviço. Tenho certeza de que muitas empresas vão querer associar sua marca a uma iniciativa como esta, que além de facilitar o transporte de milhares de pessoas ainda colabora com o meio ambiente. Além do que, o custo de operação de um barco deste não é tão oneroso assim - disse a secretária.

O próximo passo para a limpeza dos canais de navegação da baía será uma reunião entre técnicos das duas secretarias com a direção da Barcas S/A e a Capitania dos Portos para definir como será feita a movimentação desses barcos sem que isso afete a circulação das embarcações de passageiros entre Rio e Niterói.