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Aquecimento global vai tornar o Semi-Árido uma região mais inóspita, estima conselheiro da WWF

Brasília - O conselheiro da organização não-governamental WWF Sérgio Besserman prevê que o Semi-Árido nordestino vai ficar ainda mais quente e seco por causa do aquecimento global, cujas conseqüências foram apontadas no dia 2 de fevereiro, em relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês).

“O Brasil enfrentará algumas dificuldades, porque segundo estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Semi-Árido nordestino tende a ficar muito mais quente e seco. Portanto, dificilmente continuará podendo acolher parte da população que hoje reside na região”, disse Besserman em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com o IPCC, o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera está entre as principais causas para o aquecimento global. O documento aponta que no ano de 2005, a quantidade de gás carbônico excedeu a média dos últimos 650 mil anos.

Além disso, o documento aponta que a temperatura da superfície da Terra atingiu níveis recordes em 11 dos últimos 12 anos. De acordo com o conselheiro, o aquecimento no planeta acontece de forma diferenciada nos oceanos e na superfície do planeta.

“Os oceanos, por sua profundidade e extensão, aquecem mais lentamente. O relatório mostrou que a três quilômetros de profundidade já é possível medir o aquecimento. A observação principal desse fenômeno é que mesmo que o aquecimento global seja interrompido por milagre, o nível do mar continuará a subir por muitos séculos”, prevê Besserman.

Ele explica que a temperatura do mar não sobe apenas por causa do derretimento de geleiras, mas principalmente porque a água, quando aquecida, aumenta de volume. “Como o aquecimento é lento, isso se dará ainda por pelo menos cinco séculos”.

Para Besserman, o aquecimento é irreversível. Ele defende a necessidade de mudanças amplas em todo o padrão de consumo e de produção no planeta. “Todos os países terão que se comprometer com metas muito mais rigorosas de redução de emissão dos gases de efeito estufa do que aquelas previstas pelo Protocolo de Quioto que é de 1997”.

Além disso, a produção de energia é outro ponto de mudança. Segundo ele, é preciso substituir os combustíveis fósseis como petróleo, carvão, gás natural, por fontes renováveis de energia. “Isso é apenas uma das coisas que todos os países do mundo terão que fazer. No caso do Brasil, é uma oportunidade, já que é extremamente competitivo na produção de etanol, de biodiesel e outras fontes de biomassa”, avalia o conselheiro da WWF. | Por: Monique Mai/ABr

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