Sinalização verde

Uma parceria entre ONG, empresa de sinalização e cliente dá exemplo de socialmente responsável.

Na onda de empresas socialmente responsáveis a F9- Identidade Visual, uma das maiores empresas de Curitiba no setor de impressão de sinalização resolveu fazer a sua parte na luta em prol do meio-ambiente. Esta iniciativa é figurada pelo Projeto Bumerangue, uma idéia simples de como o conceito de reciclagem pode beneficiar não só a empresa que o faz, mas uma comunidade inteira.

O Projeto Bumerangue propõe que o material utilizado em banners e sinalização em geral seja recolhido e tenha o fim devido ou a reutilização em outras áreas. No trabalho que a F9 fez para a Abyara Incorporadora Imobiliária, a idéia era reutilizar lonas já usadas em seus empreendimentos e transformar em um produto que pudesse mostrar ao comprador do apartamento que as empresas envolvidas no projeto eram socialmente responsáveis. É aí que entra a designer de moda, Simone Bueno Moraes da Luz. A designer, que leva a frente do projeto Clube das Mães da Vila das Torres há sete anos: “Comecei este projeto na faculdade, como monografia. Procurei a F9 para me fornecer os banners. Depois de formada, encontrei o Clube de Mães e levei este projeto para mulheres. Assim, fechou perfeitamente esta "sinergia" entre todos os integrantes do projeto”, lembra a Simone.

As ecobags já são produtos desenvolvidos dentro do Clube de Mães, que fazem parte do projeto que Simone começou com as mulheres da Vila das Torres, há 7 meses. “A Abyara, tendo conhecido o projeto Bumerangue, nos enviou o material para que fosse utilizado de forma consciente e ecológica”, explica.

A F9 entra nos requisitos da sustentabilidade. Neste processo, deve-se, além de responsabilizar-se pelo material que se produz, também conter a responsabilidade social, por isso o link entre as instituições está mais do que adequado. Simone, uma das responsáveis pelo projeto vê a iniciativa como necessária: “A inclusão social e responsabilidade ambiental são questões que não podem ser esquecidas, independente do tipo de negócio que a empresa executa”, afirma.

Segundo a entrevistada, tal iniciativa, apesar de não trazer o retorno financeiro a curto prazo, difere-se na conscientização: “A nova experiência de tratar com pessoas que não possuíam perspectivas de trabalharem gerando renda é muito importante. E, além de tudo isso, ainda estamos fazendo algo de construtivo pela ecologia”, conclui.