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06/09/2008 - 08:33

Ministro Carlos Minc visita projetos de biodiversidade marinha na Bahia


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse no dia 5 de setembro (sexta-feira),que a Petrobras é um exemplo a ser seguido no apoio a projetos de preservação ambiental. "O sucesso desses projetos depende do compromisso das empresas e deve incluir envolvimento das comunidades, educação ambiental, geração de renda e conexão com o turismo e o meio acadêmico", afirmou o ministro. Minc realizou uma visita técnica aos projetos Tamar e Jubarte, ambos patrocinados pela Petrobras, na Praia do Forte, na Bahia, em companhia do governador do estado, Jaques Wagner. "É preciso equilíbrio entre as ações de preservação e as atividades econômicas, para que se possa garantir o desenvolvimento e a sustentabilidade", acrescentou Wagner. Também estiveram presentes o presidente do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello; o gerente de Responsabilidade Social da Petrobras, Luis Fernando Maia Nery; e o gerente de Relações Institucionais da Área de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Companhia, Flavio Torres.

A programação fez parte da abertura da 29ª temporada reprodutiva de tartarugas marinhas. O ministro e o governador participaram da soltura de uma tartaruga de pente de cerca de 14 anos de idade e assistiram a apresentações sobre os cinco projetos que fazem parte do Planejamento Estratégico Integrado de Biodiversidade Marinha: Tamar, Baleia Jubarte, Baleia Franca, Peixe-Boi Marinho e Golfinho Rotador. O Planejamento, lançado em 2007, tem parceria com o Ministério do Meio Ambiente, por intermédio do Instituto Chico Mendes, e com as instituições executoras dos projetos. O objetivo é contribuir para oferecer aos projetos uma dimensão estratégica e maior estabilidade, de forma a obter excelência na gestão de cada um. O Planejamento está sendo desenvolvido em cinco anos, a partir de cenários construídos para dez anos.

Os projetos de biodiversidade marinha estão incluídos no Programa Petrobras Ambiental, que teve uma nova etapa lançada em agosto, abrangendo o período 2008-2012, com a destinação de R$ 500 milhões a ações estratégicas, que incluem patrocínios, fortalecimento das organizações ambientais e suas redes e disseminação de informações sobre o desenvolvimento sustentável. O Programa tem como tema "Água e clima: Contribuições para o desenvolvimento sustentável". A seleção pública 2008, que contemplará os projetos a serem patrocinados até 2010, está com inscrições abertas pela internet (www.petrobras.com.br) e destinará R$ 60 milhões às iniciativas, para serem desenvolvidas no prazo de dois anos.

Proteção às fêmeas e aos filhotes - A estimativa dos técnicos do Tamar para a temporada que se inicia (2008/2009) é que sejam protegidas mais de 12 mil desovas de tartarugas e liberados ao mar cerca de um milhão de filhotes das cinco espécies que ocorrem na costa brasileira: tartaruga cabeçuda (Caretta caretta), de pente (Eretmochelys imbricata), oliva (Lepidochelys olivacea), de couro (Dermochelys coriacea) e verde (Chelonia mydas). Para isso, o Tamar atua em 14 bases de proteção das áreas de desova, monitorando mais de 900 km de praias, nos estados de Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe e Rio Grande do Norte.

Segundo o coordenador nacional do Tamar, Guy Marcovaldi, o monitoramento envolve o trabalho direto de técnicos, pescadores, estagiários e agentes locais nas atividades de proteção às fêmeas de tartarugas marinhas e suas desovas. Segundo estudos e pesquisas realizados nos últimos 15 anos, as populações de quatro espécies (cabeçuda, oliva, verde e de pente) das cinco que ocorrem no Brasil começam a se recuperar. Mesmo assim, essas espécies continuam na lista de animais em risco de extinção, principalmente em função da captura incidental pela pesca artesanal ou industrial, e do desenvolvimento urbano desordenado ao longo do litoral brasileiro.

Observação de baleias - A bordo de um barco, o ministro Carlos Minc pôde observar a movimentação de três exemplares de baleia jubarte, sendo um filhote. A espécie está em temporada de reprodução no Banco dos Abrolhos e no Litoral Norte baiano, onde o turismo de observação de baleias (whalewatching) tem sido uma ferramenta para a conservação da espécie, agregando valor ecônomico à proteção e gerando renda para a comunidade. De acordo com informações fornecidas pela diretora-presidente do Instituto Baleia Jubarte, Marcia Engel, aproximadamente 885 mil pessoas participaram dessa modalidade de turismo no mundo em 2006, sendo que 229 mil eram do Brasil, país que ocupa o segundo lugar no ranking, atrás da Argentina.

A baleia jubarte (Megaptera novaengliae) ou baleia cantora é uma espécie migratória, que se reproduz no Brasil durante o inverno austral (de julho a novembro) e passa o verão nas proximidades da Antártida (dezembro a junho). Chega a medir 16 metros de comprimento e a pesar até 40 toneladas. De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, a população de baleias que migra todo ano para reprodução e cria entre os estados do Rio Grande do Norte e São Paulo é estimada em 6.250 animais, com crescimento anual em torno de 7,4%. Em 1986, uma moratória internacional pôs fim à caça comercial e, este ano, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) reclassificou a espécie da categoria "vulnerável" para "baixo risco" devido à recuperação de várias populações.

Tamar - Criado em 1980, o Projeto Tamar se dedica à preservação das tartarugas marinhas ao longo da costa brasileira e vem sendo patrocinado pela Petrobras desde 1982. Coordenado pelo Instituto Chico Mendes em cooperação com a Fundação Pró Tamar, está presente em nove estados, com área de proteção superior a mil quilômetros da costa. Marco na esfera ambiental e um dos projetos do gênero mais bem-sucedidos no País, o Tamar desenvolve ações que beneficiam as comunidades locais, seja com a integração ao mercado de trabalho, seja com trabalhos de educação ambiental. |www.tamar.org.br

Peixe-Boi - O Projeto Peixe-Boi promove o estudo e a preservação do peixe-boi marinho, resgatando, reabilitando e reintroduzindo esses animais em seu habitat. Considerado o mamífero mais ameaçado de extinção, estima-se que o peixe-boi tenha apenas 500 exemplares no litoral das regiões Norte e Nordeste. Sua reprodução em cativeiro tem sido importante para a preservação da espécie. Outras ações do projeto são a conservação de ecossistemas em que vive a espécie, a valorização das comunidades litorâneas, a geração de atividades rentáveis tendo como base a exploração não-letal desses animais e a educação ambiental. www.projetopeixe-boi.com.br

Baleia Jubarte - A Petrobras patrocina o projeto desde 1996 e em 2005 assinou contrato específico com o Instituto Baleia Jubarte para a construção de um Centro de Pesquisa e Educação Ambiental na Praia do Forte, de forma a fortalecer as atividades de conscientização ambiental junto a turistas e moradores. O local é privilegiado para a observação das jubartes, sendo que cerca de três mil exemplares deixam a Antártica entre julho e novembro para se reproduzirem e amamentarem nas águas quentes da Bahia. Com sede também em Caravelas, extremo Sul da Bahia e principal ponto de partida para o banco dos Abrolhos, o projeto realiza monitoramento e coleta de informações científicas sobre a espécie. www.baleiajubarte.com.br

Baleia Franca - O Projeto Baleia Franca, baseado em Santa Catarina, visa à preservação e à pesquisa da segunda espécie de baleia mais ameaçada do planeta. Com patrocínio da Petrobras desde 2002, a ONG Coalizão Internacional da Vida Silvestre atua no monitoramento dos animais, educação do público e valorização das baleias como atrativo turístico. Além disso, estimula o desenvolvimento de atividades de geração de renda para as comunidades tradicionais, como o turismo de observação de baleias (whalewatching), buscando a integração de pesquisadores, ambientalistas, autoridades e população na defesa das baleias. | www.baleiafranca.org.br

Golfinho Rotador - Desde 2001, a Petrobras patrocina o Projeto Golfinho Rotador, executado em Fernando de Noronha (PE) pelo Centro Golfinho Rotador, com os objetivos de preservação do comportamento natural dos golfinhos, promoção do desenvolvimento sustentável na região e a conscientização ambiental dos ilhéus e visitantes. São desenvolvidos dois programas: envolvimento comunitário (educação ambiental, capacitação profissional e gestão participativa do Parque Nacional e da Área de Proteção Ambiental) e pesquisa (observação, análise de imagens e sons, coleta de material genético e análise da interação dos golfinhos com o turismo e a pesca). | www.golfinhorotador.org.br

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