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18/10/2008 - 11:50

Co-processamento, uma contribuição efetiva da indústria do cimento para a sustentabilidade

Processo usa pneus e outros resíduos como matéria prima para a fabricação de cimento e ajuda a preservar o meio-ambiente.

A geração de resíduos representa um dos maiores desafios para as sociedades contemporâneas. O crescimento populacional e o constante desenvolvimento das indústrias obrigam a busca de soluções para o manejo adequado dos resíduos.

O co-processamento, técnica que visa o reaproveitamento de resíduos, encontrou nos fornos das indústrias cimenteiras condições propicias para o aproveitamento energético, servindo também como substituto de matéria-prima (argila, calcário e minério de ferro). Os pneus, por exemplo, também têm sido utilizados como alternativa ao coque de petróleo - combustível tradicionalmente usado na produção do cimento.

Por essa razão, cada vez mais cimenteiras têm adotado o uso desse material em suas unidades, já que a queima deste material contribui para a preservação do meio ambiente e ainda colabora com as práticas de saneamento básico, evitando doenças.

Apenas no Brasil, das 65 unidades cimenteiras destinadas à moagem e fabricação do cimento, 32 estão licenciadas por órgãos ambientais estaduais para realizar o co-processamento e quatro aguardam certificação. A geração anual de resíduos industriais é estimada em 2,7 milhões de toneladas. A indústria de cimento co-processa cerca de 800 mil toneladas por ano, correspondendo a aproximadamente 30% do total. A expectativa é que esse volume possa chegar a 1,5 milhão de toneladas.

A abrangência dessa atividade é tamanha, que praticamente todos os estados das regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-oeste já têm ao menos uma unidade licenciada para a técnica.

O co-processamento é conhecido mundialmente desde a década de 70. Contudo, a técnica apenas se consolidou no Brasil a partir dos anos 90, devido à necessidade de preparo da indústria, que demanda altos investimentos em tecnologias e adequações a normas ambientais. Afinal, adaptar os níveis de emissão estipulados pelas regulamentações nacionais (Resolução Conama 264/99 e 316/02) exige dos fabricantes filtros de alta tecnologia, profissionais capacitados e modernos equipamentos de monitoramento para o controle da emissão de componentes na atmosfera.

Os pneus expostos a céu aberto podem levar até 100 anos para se degradar e representam um problema ambiental e de saúde pública, pois propiciam o aparecimento de focos de dengue e estão sujeitos a riscos de incêndios. O co-processamento é a melhor alternativa de destruição definitiva de pneus inservíveis. Um único forno, com capacidade de produção diária de mil toneladas de clínquer, pode consumir até cinco mil pneus por dia.

São dispostos no mundo dois bilhões de pneus usados por ano, dos quais 20% são co-processados. A comunidade européia co-processa cerca de 110 milhões de pneus por ano, os Estados Unidos cerca de 75 milhões de um total de 280 milhões, enquanto que no Brasil, em 2005, cerca de 17 milhões de pneus foram co-processados em fornos de cimento.

Além dos pneus, o Brasil também se destaca no co-processamento de resíduos de diversos segmentos da indústria siderúrgica, petroquímica, automobilística, de alumínio, embalagens e celulose.

Vantagens do co-processamento.: O mercado dispõe de algumas alternativas de destinação de resíduos e passivos ambientais. Entre essas, o co-processamento ainda é a que reúne os melhores benefícios econômicos e ambientais.

a.. Eliminação definitiva, técnica e ambientalmente segura dos resíduos | . b.. Substituição de recursos energéticos não-renováveis por fontes alternativas de energia | . c.. Preservação de jazidas já que parte dos resíduos substitui a matéria-prima | . d.. Contribuição à saúde pública pela destruição total dos resíduos e no combate a focos de doença, como, por exemplo, aos mosquitos da dengue hospedados nos pneus velhos | . e.. Geração de novos empregos.

Perfil da ABCP - A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é uma entidade técnica sem fins lucrativos que há mais de 70 anos promove estudos sobre o cimento e suas aplicações. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em pesquisas sobre o cimento, a ABCP também atua no desenvolvimento de tecnologias sobre o concreto e mantém uma equipe de profissionais graduados à disposição do mercado, para consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira.|| www.abcp.org.br.

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