Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

01/11/2008 - 10:56

Instituto terá peso decisivo na elaboração do plano de ação para a Caatinga

Os analistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já identificaram pelo menos 1,8 milhão de hectares de área na Caatinga que merecem, por suas características ecológicas e socioculturais, serem protegidos. O estudo vai reforçar o plano de ação para o bioma, lançado no dia 29 de outubro (quarta-feira), pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em evento no Conjunto Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Na ocasião, foram apresentados ainda o Mapa das Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Caatinga, dois volumes dos Guias Técnicos do Projeto e Uso Sustentável da Caatinga e o folder e CD-ROM “Caatinga: conhecimentos, descobertas e sugestões para um bioma brasileiro”. Todo esse material é fruto de parceria entre a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério, a ONG The Nature Conservancy (TNC) e o Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD). Parte dos recursos são do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

De acordo com o termo de compromisso assinado nesta quarta, o plano de ação para a Caatinga será executado pelo ICMBio e a TNC. O objetivo é promover até 2010 um amplo estudo sobre o bioma. Inicialmente, serão localizadas as áreas prioritárias para a preservação. Em seguida, será indicada a melhor forma de gestão dessas áreas, que pode ser a implantação de novas unidades de conservação. Antes, os responsáveis pelo trabalho deverão apontar medidas para consolidar as UCs já existentes.

“A Caatinga é o bioma mais ameaçado e, ao mesmo tempo, o menos preservado. Só 7% da região são protegidos, sendo que 6% estão em unidades de conservação de uso sustentável, onde se pode usar os recursos naturais. Apenas 1% ficam dentro de unidades de conservação de proteção integral. Isso é pouquíssimo, mas vamos mudar essa situação”, disse o ministro Carlos Minc.

O presidente do ICMBio, Rômulo Mello, destacou a parceria com a TNC e garantiu que o Instituto dará atenção especial à execução do plano de ação para a Caatinga. “Essa parceria, assim como tantas outras, é muito bem-vinda”, disse Rômulo. Já a coordenadora do Bioma Caatinga, Inês de Oliveira Dias, da Diretoria de Proteção Integral do ICMBio, disse, após a solenidade, que reforçará a sua equipe para dar conta dos trabalhos de levantamento de dados, pesquisa de campo e definição das propostas que devem constar no relatório final do plano.

Exclusivamente brasileira e principal bioma da região Nordeste, a Caatinga ocupa mais de 10% do território nacional e é considerada o bioma semi-árido mais rico do mundo em biodiversidade. Apesar disso, padece de um crônico esquecimento por parte dos governos. Com a instituição do plano, o Ministério do Meio Ambiente quer mudar essa situação. Além de proteger áreas de grande riqueza ecológica, o plano vai apontar soluções para o uso racional dos recursos naturais em benefício dos moradores da região. | AGBio.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira