Chega de sofrimento nos circos

Pela abolição do uso de animais nos circos brasileiros, é que entra o patrocínio da empresa de cosméticos Surya Brasil e apoio da Surya Solidária, campanha que visa erradicar o uso de animais nos espetáculos circenses. Um vídeo exclusivo da ADI foi apresentado durante coletiva, onde mostra cenas inaceitáveis de violência e maus tratos. A campanha é a favor da alegria do circo sem o sofrimento animal, e o Brasil pode se tornar o primeiro país da América Latina a erradicar a utilização dos animais em circo em todo o território.

São Paulo – O animal num circo tem a vida marcada por privação, violência, maus tratos e atividades que não têm relação com a realidade do seu habitat natural. Durante coletiva de imprensa realizada no dia 30 de outubro, as entidades ADI - Animal Defenders International, AILA – Aliança Internacional Animal e GAP - Great Ape Primates lançaram o vídeo inédito com estas imagens a fim de acabar com essa realidade de sofrimento no Brasil, situação que tragicamente marca a rotina dos circos pelo mundo.

A ação conta com o patrocínio da empresa brasileira de cosméticos naturais e orgânicos Surya Brasil e pelo seu programa de responsabilidade social Surya Solidária, que estão engajados na defesa dos direitos dos animais e já coletou mais de 5 mil assinaturas para o abaixo-assinado pela abolição do uso de animais em circos.

Cenas horríveis de maus tratos foram apresentadas no vídeo da ADI, com situações retratadas após trabalho de 12 anos de investigação e combate ao problema no mundo inteiro. A entidade entregou aos participantes o relatório científico “Animais em circos itinerantes: a ciência do sofrimento”.

Durante a apresentação, Helder Constantino, representante da ADI, destacou que “por mais que os proprietários de circos tenham boas intenções, é impossível ensinar um animal selvagem a andar de bicicleta ou dançar. Isso é contra a natureza”.

Juan Pablo Olmos, coordenador da ADI na América Latina explicou que no Brasil já existem cidades que proíbem o uso de animais em circos. “Mas, com a aprovação de uma lei nacional, o país se tornaria um exemplo para os demais países da região”. Ele ressaltou ainda que a imagem do circo está mudando e, hoje, o ser humano é o centro do espetáculo com seus malabares, palhaçadas e tecnologia.

A decisão de erradicar o uso de animais nos circos traz benefícios também para quem trabalha na atividade, pois são registrados centenas de acidentes com crianças e funcionários. Isso acontece porque os animais são severamente confinados, em jaulas nas quais eles mal conseguem ficar em pé, realizam longas viagens, ficam estressados e o instinto animal prevalece.

O engajamento da Surya Brasil com a defesa dos direitos dos animais faz parte do DNA da empresa, que é associada do PETA - People for the Ethical Treatment of Animals (Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais), está na lista do PEA – Projeto Esperança Animal (www.pea.org.br), que indica as empresas que não testam seus produtos em animais.

“Fabricamos produtos sem crueldade. Queremos difundir essa filosofia e estamos engajados na campanha pela aprovação dessa lei. Não queremos acabar com o circo. Existem exemplos belíssimos de companhias que já não usam animais em seus espetáculos”, finaliza Clélia Cecília Angelon, presidente da Surya Brasil.