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07/11/2008 - 10:12

Alterações climáticas prejudicam combate à pobreza, diz IPEA

Seminário promovido pelo Fórum Ipea de Mudanças Climáticas, em Brasília, afirma que, se as medidas corretas fossem tomadas agora, o custo seria de apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Ignorar as mudanças climáticas pode sair mais caro que as duas guerras mundiais, mas se as atitudes corretas forem tomadas agora, o custo seria de apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo. Essa conclusão é do economista Nicholas Stern, conselheiro do governo britânico para assuntos de mudanças climáticas, que apresentou no dia 5 de novembro (quarta-feira), no auditório do Ipea, em Brasília, uma análise dos danos que as mudanças climáticas podem provocar no combate à pobreza. Para Stern, o combate às alterações climáticas não pode esperar.

No seminário “Mudanças climáticas, Pobreza e Desenvolvimento”, promovido pelo Fórum Ipea de Mudanças Climáticas, Stern falou também sobre políticas públicas relacionadas à pobreza, vulnerabilidade das populações e repercussões sobre o desenvolvimento. O economista alertou que, se o processo de mudanças climáticas não for interrompido, o sofrimento relacionado à pobreza vai aumentar: em 2080 o mundo arcará com mais 600 milhões de pessoas malnutridas, mais 400 milhões de pessoas expostas à malária e mais 1,8 bilhões de pessoas vivendo sem água suficiente.

Segundo Stern, os países em desenvolvimento são particularmente vulneráveis aos impactos da instabilidade climática, que ameaçam todos os aspectos da agenda de desenvolvimento, como a pobreza, a fome, a saúde, os conflitos e as migrações.

Nicholas Stern é professor sênior de Economia e Governo na London School of Economics. Foi consultor do governo do Reino Unido em Economia das Mudanças Climáticas e Desenvolvimento entre 2003 e 2007. Neste período, desenvolveu um de seus mais importantes trabalhos, o relatório “The Stern review on the Economics of Climate Change”. De 2000 a 2003 atuou como Economista-Chefe e Vice-Presidente Sênior do Banco Mundial.

Atualmente, também dirige o Instituto de Pesquisa Grantham de Mudanças Climáticas (LSE), o Centro Asiático de Pesquisa e o Observatório da Índia. Foi nomeado para a Câmara dos Lordes, em 2007. Entre seus livros já publicados, estão trabalhos sobre desenvolvimento econômico, finanças públicas, reforma tributária, teoria do crescimento econômico e o papel do Estado.

Em abril de 2008, publicou o documento Elementos-Chave para um Acordo Global sobre Mudanças Climáticas, com propostas para um acordo real sobre o tema em 2009, durante a Conferência das Partes em Copenhague, na Dinamarca.

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