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25/11/2008 - 09:21

“Cultivando Água Boa é um programa de vanguarda nacional”, diz Carlos Minc


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o Programa Cultivando Água Boa, da Itaipu Binacional, está na “vanguarda nacional” e pode servir de exemplo para outras hidrelétricas. O ministro participou, no dia 23 de novembro (domingo) à noite, da abertura do 5º Encontro Cultivando Água Boa e do Fórum de Águas das Américas, em Foz do Iguaçu. Ele prometeu que vai pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o programa desenvolvido por Itaipu na Bacia do Paraná 3 seja replicado em outras usinas. “Itaipu está de parabéns: gera energia e defende o meio ambiente”, elogiou o ministro.

Os dois encontros, que têm como tema a preservação ambiental e o futuro dos recursos hídricos, ocorrem simultaneamente, até terça-feira, no Hotel Rafain Palace. Além de Minc, participaram da solenidade de abertura o presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, o ministro do Meio Ambiente da Turquia, Veysel Eroglu, o governador do Paraná, Roberto Requião, a senadora Marina Silva, o diretor-presidente da Agência Nacional de Águas, José Machado, os diretores-gerais brasileiro e paraguaio de Itaipu, Jorge Samek e Carlos Quinto Mateo Balmeli, prefeitos de municípios da Bacia do Paraná 3 e outras autoridades.

Mais de três mil pessoas participam do 5º Encontro Cultivando Água Boa, que é aberto ao público em geral, com oficinas sobre gestão de bacias hidrográficas, agricultura sustentável, cultivo de plantas medicinais, gestão de resíduos, energias renováveis e edificações sustentáveis, entre outras.

Já o Fórum de Águas das Américas, que é um evento fechado, reúne representantes de 37 países. Eles vão discutir o que será levado para o Fórum Mundial das Águas, que será realizado em março de 2009, na Turquia. O objetivo é promover uma plataforma de discussão e, com base nisso, fazer um diagnóstico da situação da política e gestão de recursos hídricos no continente americanoe traçar propostas de políticas adequadas para enfrentar o desafio das mudanças climáticas, principalmente.

Para o ministro Carlos Minc, o 5º Encontro Cultivando Água Boa e o Fórum de Águas das Américas são eventos que vão “deixar raízes de uma nova consciência, a da reconstrução ambiental”. O governador Roberto Requião afirmou aos participantes do encontro que, no Paraná, todos compartilham da mesma meta: “transformar o Estado em um dique de contenção do lucro acima das questões ambientais”.

A senadora Marina Silva, que faz parte da Subcomissão das Águas do Senado, foi muito aplaudida quando teve seu nome anunciado entre as autoridades presentes. Em sua fala, Marina disse que o fórum preparatório para o encontro na Turquia tem um significado especial, não só pelo assunto em si, mas por acontecer no Brasil, um país que tem 11% de toda a água potável do planeta. “Isso nos dá uma responsabilidade muito grande”.

Tanto o diretor-geral brasileiro quanto o diretor-geral paraguaio de Itaipu, Jorge Samek e Carlos Mateo Balmelli, ressaltaram que o trabalho de preservação ambiental é feito em parceria com a comunidade. Samek disse que não haveria nenhum avanço na questão ambiental se não fosse o envolvimento das prefeituras e da população da Bacia do Paraná 3. Ele ressaltou ainda o apoio dos órgãos do governo do Paraná que atuam nessa área.

O presidente do Conselho Mundial da Água, Loïc Fauchon, aproveitou o mote do nome do Programa Cultivando Água Boa para afirmar que “cultivar boas águas expressa a necessidade de se preservar os recursos hídricos”. A água, segundo ele, é uma prioridade que o mundo inteiro deve defender.

O Conselho Mundial da Água, com sede na França, reúne 360 organizações de 60 países, com uma preocupação básica: tornar os cuidados com água uma prioridade para os governos.

Programação - O 5º Encontro Cultivando Água Boa prossegue nesta segunda-feira, a partir das 8h. Na abertura, o diretor de Coordenação de Itaipu, Nelton Friedrich, fará uma rápida explanação do programa e do que será desenvolvido no evento. Às 10h, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, fará uma palestra magna. À tarde, têm início as oficinas de trabalho.

Também na segunda pela manhã, os representantes das Américas do Sul, do Norte e Central discutiram a situação da água na região. E na terça-feira, será apresentado o Documento Regional das Américas, que será levado à Turquia.

Minc formaliza adesão do Brasil ao Centro de Saberes - O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, formalizou neste domingo a adesão do Brasil ao Centro de Saberes e Cuidados da Bacia do Prata. Com isso, o ministério poderá ajudar financeiramente e fazer acordos técnico-científicos com o Centro. A assinatura ocorreu durante a solenidade de abertura do Fórum de Águas das Américas e do 5º Encontro Cultivando Água Boa, que acontecem em Foz do Iguaçu, de 23 a 25 de novembro.

Dos cinco países que formam o Bacia do Prata, somente os governos do Paraguai e da Bolívia haviam formalizado a adesão ao Centro. Segundo o secretário executivo brasileiro do Centro de Saberes, Marcelo Alves de Sousa, a adesão do Brasil abre as portas para que o Uruguai e a Argentina façam o mesmo. “Esses países estavam esperando o Brasil, como país anfitrião do Centro, assinar o acordo para se manifestarem”, afirmou. A assinatura do governo argentino pode acontecer na primeira semana de dezembro, em um encontro em Brasília

O Centro de Saberes é um espaço criado em 2007 pela Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico Itaipu, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Comitê Intergovernamental Coordenador dos Países da Bacia do Prata (CIC). O objetivo é a difusão dos conhecimentos científico e tradicional, para promover a sustentabilidade socioambiental na Bacia do Prata.

Povos indígenas - A solenidade de domingo também foi marcada pela posse dos representantes de povos indígenas no conselho diretor do Centro de Saberes. Pelo Brasil, foi empossado Kaka Werã Jecupé, da etnia tapuia; pela Argentina, Rosalía Gutierrez, da etnia kolla.

Para Kaka, esse ato representa a possibilidade de levar todo o conhecimento milenar indígena para as discussões de sustentabilidade, trabalhando em conjunto com o conhecimento científico. “Seremos um veículo de transmissão da sabedoria dos velhos em contribuição com o desenvolvimento dos novos”, afirmou.

Ele disse ainda que, apesar das inúmeras etnias nos cinco países da Bacia do Prata (só no Brasil são 216), esses povos têm algumas características em comum, como a relação com a natureza. “Sempre antes de fazer uso dos elementos da terra, nós pensamos em sete gerações para a frente”, disse. Pensar no desenvolvimento presente sem prejudicar as gerações futuras é um passo importante para a sustentabilidade. | www.itaipu.gov.br

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