Ambiente amplia plantio de 300 mil mudas na Bacia do Rio Guandu

Numa parceria com a mineradora Vale – que doou as mudas – IEF (Instituto Estadual de Florestas) e UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, amplia, nesta sexta-feira (28/11), às 13h, em Seropédica, na Baixada Fluminense, o plantio, só este ano, de 300 mil mudas ao longo da margem do Rio Guandu. A iniciativa constitui um dos mais importantes projetos ambientais do Governo do Estado: a implantação do Parque Fluvial do Rio Guandu, que inclui o reflorestamento, com o plantio de um milhão de mudas até 2010.

O projeto tem o apoio técnico do IEF e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Inicialmente, o plantio das mudas começou com detentos da Fundação Santa Cabrini e hoje é feita por cooperativa de moradores da região, com grande sucesso na produtividade. A implantação do parque fluvial do Guandu tem apoio financeiro da Petrobras, com recursos de R$ 3 milhões, e também da CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), por medida compensatória.

Doadas pela mineradora Vale o plantio abrange cinco municípios da Bacia do Rio Guandu: Queimados, Japeri, Paracambi, Seropédica e Rio Claro. O projeto foi lançado no Rio Guandu para garantir mais quantidade e qualidade da água consumida por 10 milhões de pessoas da Região Metropolitana do Rio.

Marilene fará o plantio da muda de número 300 mil. Em dezembro, a Secretaria estadual do Ambiente concluirá a 1ª etapa do projeto de reflorestamento com o plantio de mais 100 mil espécies da Mata Atlântica, totalizando 400 mil mudas.

A secretária também participará, na ocasião, da formatura dos multiplicadores ambientais e de produtores rurais, no auditório da UFRRJ, na mesma cidade.

A Secretaria do Ambiente lançou o Programa de Parques Fluviais visando à preservação dos rios e ao incentivo ao lazer e ao ecoturismo, a partir da instalação de diversos equipamentos urbanos e do plantio de milhões de árvores nas margens de importantes rios do estado, como o Guandu, o Macacu, o Piabanha e o Paraíba do Sul.

Os parques fluviais vão incentivar o ecoturismo e garantir mais quantidade e qualidade de água para consumo da população, fortalecer os corredores verdes de Mata Atlântica, restaurar a biodiversidade e defender o clima, evitando o assoreamento dos rios. Com esse novo conceito de parque, moradores e turistas serão atraídos para o lazer, com cinema ao ar livre, coretos e ciclovias, entre outros atrativos. Com isso, ajudarão na manutenção das matas ciliares dos nossos rios.

Em agosto deste ano, a Secretaria iniciou a implantação de projetos complementares da APA (Área de Proteção Ambiental) do Rio Guandu, com recursos de R$ 2,7 milhões, oriundos de medidas compensatórias da CSA. Entre as ações em desenvolvimento estão a implantação do Sistema de Informação Guandu e o plano de manejo, este último criado em março de 2007 por decreto do governador Sérgio Cabral.

Para Marilene Ramos, o projeto é fundamental para a população porque vai garantir a melhoria da qualidade da água que abastece a Região Metropolitana.

Quando reflorestamos as margens de um rio, asseguramos melhor qualidade e quantidade de água. Quantidade porque evita o desmoronamento, o assoreamento. Para garantir a sobrevivência das árvores, estamos fazendo a manutenção em parcerias com as prefeituras locais - acrescentou a secretária.

O evento acontece nas margens do Rio Ribeirão das Lajes, junto à Rodovia RJ 127, próximo à Ponte de Ribeirão das Lajes, em Seropédica, Baixada Fluminense.