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28/11/2008 - 08:55

CESP doa uma anta fêmea para Itaipu


A espécie é considerada ameaçada de extinção no Estado de São Paulo.

Uma anta fêmea, da espécie Tapirus terrestris, com um ano de idade e pesando 67 quilos, foi doada pela Companhia Energética de São Paulo (CESP) para a Usina Hidrelétrica Itaipu. A anta estava há um ano no Centro de Conservação de Fauna Silvestre que a CESP mantém no município de Ilha Solteira (SP). O animal foi deixado sob guarda da CESP pela Polícia Ambiental, que o achou recém-nascido, solitário, com 10 quilos, em uma fazenda no município de Mirandópolis (SP). Depois de passar meses em cativeiro, essa anta fêmea não pôde mais voltar à natureza. No cativeiro, o animal fica dependente de alimentação oferecida pelo tratador e tem dificuldades de sobreviver na natureza. O animal de vida livre apresenta um comportamento diferente porque sabe se defender, procura refúgio e não se aproxima do homem.

O objetivo da doação da CESP para Itaipu é colaborar com a conservação da fauna, já que a espécie é considerada ameaçada de extinção no estado de São Paulo. A anta doada irá se juntar a outros dois machos e uma fêmea da mesma espécie que vivem no refúgio biológico daquela empresa, em Foz do Iguaçu.

Transportadora de energia - O Tapirus terrestris é um animal herbívoro que pode pesar mais de 300 quilos na idade adulta. A gestação é de apenas um filhote. Na natureza, em circunstâncias favoráveis, pode viver até 13 anos. Em cativeiro, o tempo de vida pode se prolongar, porque há mais proteção e amparo. A espécie é considerada um importante transportador de energia. Suas fezes depositadas carregam energias que são aproveitadas por outros animais, como os peixes, colaborando com a manutenção do ecossistema.

A anta integra a lista de espécies ameaçadas de extinção no Estado. De acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, há 435 espécies de vertebrados ameaçadas de extinção no território paulista. A lista tem três categorias de ameaça: criticamente em perigo (CR), em Perigo e vulnerável. A categoria das antas é vulnerável. As ameaças à anta ocorrem em parte pelos impactos ambientais, pelo desequilíbrio ecológico e pelo fator predatório, ocasionado quase sempre pelo homem.

30.000 visitantes por ano - O Centro de Conservação de Fauna Silvestre de Ilha Solteira, implantado em 1979, ocupa uma área de 18 hectares, naquele município. Abriga, em média, 50 espécies da fauna regional, características da Floresta Estacional Semidecídua (mata de planalto), da Savana Arbórea Densa (cerradão) e do Cerrado, tipos de vegetação nativa predominantes na Bacia Hidrográfica do Alto Paraná.

O centro desenvolve pesquisas, manejo e reprodução de diversas espécies ameaçadas como onça-pintada, jaguatirica, gato-do-mato, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tamanduá-bandeira, mutum e jacaré-do-papo-amarelo, entre outros.

A CESP mantém ainda em cativeiro um casal de antas que ainda não reproduziu. A fêmea é oriunda do resgate de fauna da área de enchimento da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta (Porto Primavera), no rio Paraná. Ela foi capturada em março de 2000, com um mês de vida e 40 quilos. Hoje, com oito anos, pesa 200 Kg. O macho foi capturado no resgate de fauna da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, no rio Tietê, em setembro de 1999. Chegou ferido, com dois meses de vida e 70 quilos de peso. Hoje, pesa cerca de 150 Kg.

O trabalho realizado pela CESP no centro de fauna, além de colaborar para a conservação de várias espécies, é extremamente importante para a manutenção e o equilíbrio do ecossistema. O centro recebe cerca de 30.000 visitantes por ano. O endereço é avenida Brasil, s/n, Ilha Solteira, telefone (18) 3742-2916. A visitação pública pode ser feita nos fins de semana. Há agendamento para escolas e pesquisadores nos dias úteis.

Compromisso com a biodiversidade - Além do centro em Ilha Solteira, a CESP mantém dois outros centros de fauna: o Centro de Conservação de Aves Silvestres de Paraibuna (SP) e o Centro de Conservação do Cervo-do-Pantanal, em Promissão (SP). Esse trabalho da CESP demonstra o compromisso da Empresa com a conservação da biodiversidade nas regiões onde atua. A CESP desenvolve planos de conservação e manejo in situ (ambiente natural) e ex situ (cativeiro ou laboratório) das espécies mais afetadas por seus empreendimentos. Entre esses planos, há o monitoramento de aves e primatas na Usina Porto Primavera e os programas de conservação para o cervo-do-pantanal e de duas espécies de onça, pintada e parda.

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