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13/12/2008 - 10:04

Madeira 2008 avalia custo da logística florestal

Uma logística acertada gera cerca de 30% de ganhos para o setor florestal. O assunto foi tratado em um dos painéis do 4º Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico Sustentável na Indústria de Base Florestal e de Geração de Energia, em Porto Alegre, que encerrou no dia 11 de dezembro (quinta-feira). Os participantes discutiram os altos custos da logística florestal frente aos gargalos na infra-estrutura, nas metodologias para uma intralogística eficiente e na carga tributária. O diretor florestal da Masisa, empresa especializada em painéis, Germano Aguiar, mostrou a dimensão do setor, como, por exemplo, a área de madeira no Brasil representa 165 milhões de m3 de um total de 5,7 milhões ha de área plantada. As mudas ficam em 855 milhões de mudas e 990 mil t são a fatia dos fertilizantes.

"Há uma série de custos que precisam ser reduzidos, entre eles cerca de 21 mil caminhões para o transporte de madeira e a quantidade de água na madeira transportada", alertou. A maior parte da produção vai para celulose e papel que fica em uma faixa de 30%. "Outro fator decisivo é a adoção de biocombustíveis", afirmou.

Além da logística, a idéia da vantagem competitiva das florestas industriais foi abordada no encontro, defendida pelo pesquisador da Embrapa Florestas, Moacir Medrado. De acordo com ele, a geração de receita em exportação do setor, que chega a US$ 8,6 bilhões e é equivalente a da pecuária, se dá com o uso de apenas 5% da área direcionada para esta atividade. O setor florestal, segundo Medrado, também representa vantagens no tocante à geração de empregos (4,6 milhões entre diretos e indiretos), receita (R$ 56 bilhões) e tributos (R$ 9,2 bilhões).

Já o professor Sebastião Valverde, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, legitimou a idéia, ressaltando as vantagens competitivas do Brasil na indústria florestal. Para ele, além das vantagens climáticas comuns aos países do hemisfério sul, a extensão territorial e disponibilidade de terras existentes no Brasil a colocam em posição mais favorável à atividade, com o desafio, no entanto, de manter a busca contínua pela inovação e por menores custos e eficiência gerencial.

Interação - O papel da comunicação social na consolidação da indústria de base florestal também foi analisado em outro painel do Madeira 2008 que concluiu, em discussão moderada pela jornalista Maria Isabel Hammes, editora-executiva do jornal Zero Hora, que planejamento, postura estratégica e transparência são pontos fundamentais na inserção do empreendimento madeireiro na sociedade. Nesse ínterim, a divulgação imparcial de informações por parte da imprensa serve como um norteador para a opinião pública.

A segunda parte, voltada à gestão ambiental para os grandes consumidores de produtos florestais, mediada pela secretária-executiva do Inmetro, Maria Teresa Rezende, levou em conta a importância da certificação de procedência da madeira, como um fator de padronização do mercado e gerador de confiabilidade para a sustentabilidade do processo de produção.

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