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19/02/2009 - 08:51

Relatório indica atendimento recorde de pinguins na APA da Baleia Franca

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca, no litoral Sul de Santa Catarina, acaba de lançar o Relatório de Resgate e Reabilitação de Pinguins Encontrados no Território da APA em 2008. De acordo com o documento, 466 animais foram atendidos no ano passado. Metade estava impregnada com óleo de embarcações. O número impressionou os técnicos, já que no ano passado nenhum pinguim foi afetado por óleo. De acordo com o Centro de Triagem de Animais Selvagens (Cetas), do Ibama, a média anual de todo o estado era de 50 aves por ano.

Segundo os técnicos, o aumento do número de pinguins atendidos se deve a diversos fatores, entre eles a grande colaboração da comunidade. Impressionados com o número de aves debilitadas nas praias do litoral sul, cidadãos dos oito municípios que vão de Palhoça a Içara acionavam constantemente a equipe da APA, Polícia Ambiental e ONGs. Além disso, pescadores artesanais ofereciam peixes para a alimentação dos animais.

De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação de Aves Silvestres (Cemave), o aumento da aparição de pinguins nas praias brasileiras no ano passado tem vários motivos. Entre eles estão possíveis parasitas, ingestão de lixo, contaminação por óleos e metais pesados, a alimentação reduzida nos mares (provavelmente devido à sobrepesca da sardinha), além de causas mais amplas como as mudanças climáticas.

Comunidade – A grande participação da comunidade no resgate de pinguins se deve também às oficinas de capacitação oferecidas por analistas ambientais da APA da Baleia Franca. Ao todo, foram realizadas três oficinas para 57 representantes de organizações comunitárias no primeiro semestre de 2008.

O material didático usado na capacitação trazia textos sobre as espécies prováveis de encalhe na região, tipos de doenças e quais os procedimentos corretos para auxiliar o animal e preservar a saúde humana. A capacitação é importante para evitar erros comuns como a alimentação inadequada dos animais; devolução à água, causando hipotermia; e limpeza das penas com produtos impróprios. O documento sugere que, ao se encontrar animais marinhos, sejam acionados os órgãos competentes como a APA e a Polícia Ambiental.

A partir das oficinas, passou-se para a segunda fase, que é a elaboração do Protocolo de Atendimento a Animais Marinhos no Interior da APA. O documento está em fase de finalização e tem recebido a contribuição dos participantes das palestras.

Atendimento – A APA da Baleia Franca e parceiros foram responsáveis pelo atendimento aos pinguins em oito dos nove municípios que fazem parte dos 136 km da unidade de conservação. Os animais receberam os primeiros socorros na sede da APA, em Imbituba, e depois foram levados para reabilitação no Centro de Triagem de Animais Selvagens (Cetas), em Florianópolis, capital do Estado.

Segundo a veterinária Patrícia P. Serafini, analista ambiental da APA da Baleia Franca, acredita-se que o número de pinguins encontrados nas praias tenha sido muito maior, pois foram contabilizados apenas os indivíduos apontados por contatos telefônicos feitos pela comunidade. Já as aves localizadas em Florianópolis foram calculadas separadamente pela Polícia Ambiental e pelo Cetas. | AGBio

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