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20/02/2009 - 09:18

Relatório do World Economic Forum destaca importância da água na “Equação Energética”

A relação entre água e energia toma nova importância com as fontes limitadas de água doce, de acordo com o novo relatório do World Economic Forum.

A água está se transformando de questão operacional em assunto estratégico para o setor energético com o crescimento dos riscos. As empresas energéticas devem cada vez mais ser convocadas a estabelecer parcerias na gestão dos recursos hídricos no mundo, juntamente com a agricultura e outros usuários de grande porte.

Genebra, Suíça – A Comunidade de Energia do World Economic Forum divulga hoje o relatório Energia da Sede – Água e Energia no Século 21. O relatório analisa os riscos e as oportunidades inerentes à antiga relação entre energia e água, que é cada vez mais urgente com a crescente concorrência para acessar os recursos limitados de água doce. Produzido em parceria com a Cambridge Energy Research Associates (CERA), o relatório traz as perspectivas de vários especialistas e tomadores de decisão sobre o tema.

A água é fundamental para a produção de energia, mas o vínculo água-energia é freqüentemente ignorado. “A importância da água na equação energética deve ser destacada em um futuro de maior escassez do recurso hídrico”, afirmou Christoph Frei, Diretor Sênior e chefe da Indústria Energética do World Economic Forum. “Otimizar as escolhas energéticas está se tornando um grande dilema porque implicações relacionadas à água devem ser consideradas juntamente com a segurança energética e o impacto das mudanças climáticas”, acrescentou.

“A água está passando de uma questão operacional para um assunto estratégico”, disse Daniel Yergin, Presidente da CERA e Vice Presidente Executivo da IHS. “É muito importante para líderes empresariais e legisladores saberem como fazer o melhor uso da água e da energia num ambiente com limitações de carbono. A indústria deve fazer o melhor uso dos recursos hídricos por conta das mudanças climáticas e por causa das questões de segurança energética. As empresas de energia devem enfrentar o desafio de otimizar esses parâmetros nas próximas décadas”.

Embora a água cubra quase dois terços da superfície da Terra, apenas 3% está disponível para o utilização humana. A agricultura é o principal consumidor de água doce, representando 70% da retirada do elemento hídrico no mundo. Em segundo lugar a indústria tem papel fundamental no uso da água, incluindo a produção de energia para o desenvolvimento econômico. Hoje, o setor energético consome cerca de 8% de toda água doce do planeta e até 40% do recurso em países em desenvolvimento. A energia também é um insumo chave na cadeia de valor da água, sendo utilizada para movimentar e tratar a água.

A distinção entre o volume de água retirado e o volume consumido é muito importante no debate que trata a maneira que vários setores da economia utilizam a água. “Água retirada” é o volume total extraído de uma fonte de água; a maior parte desse volume é devolvida para a fonte, especialmente água para refrigeração em estações de energia elétrica. “Água consumida” é o volume que não volta para a fonte. Os volumes de água retirada são importantes em termos de riscos porque a produção de energia depende da disponibilidade de água para a continuidade das operações.

O relatório conclui que a crescente demanda de água doce deve se transformar na necessidade de utilizá-la de uma maneira muito mais eficiente na cadeia de valor energético. Embora as preocupações com o recurso sejam globais – especialmente por causa das mudanças climáticas – as soluções são locais, até porque o transporte de água por longas distâncias não é viável. Verter as preocupações globais com a água para soluções locais requer maior conhecimento da relação complexa entre água e energia. Apesar do fato de que diferentes tecnologias energéticas consumirem diferentes quantidades de água, nenhuma tecnologia energética é inerentemente boa ou má para a água; tudo depende do contexto local. Mesmo assim, a questão da água deve ter um impacto nas escolhas energéticas do futuro. As empresas do setor de energia devem ser convocadas cada vez mais a estabelecer parcerias na gestão dos recursos hídricos do mundo.

O World Economic Forum é uma organização internacional e independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.

Incorporada como uma fundação em 1971, e sediada em Genebra, na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. | Site: http://www.weforum.org)

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