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Em carta ao WWF-Brasil, governo britânico nega que queira privatizar Amazônia

Documento destaca que o Reino Unido só apoiará ações na região amazônica que sejam aprovadas pelo governo brasileiro.

O Departamento para o Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra), órgão do governo britânico com status de ministério e responsável por questões ambientais, enviou esta semana ao WWF-Brasil uma carta negando que o país europeu queira privatizar a Amazônia. A correspondência é uma resposta ao e-mail enviado pela ONG brasileira ao ministro britânico de meio ambiente, David Miliban, no dia 3 de outubro.

Na mensagem, o WWF-Brasil solicitava esclarecimentos sobre uma notícia veiculada pela imprensa britânica. De acordo com alguns jornais, dentre eles o conhecido "The Daily Telegraph", Miliban teria proposto, durante encontro realizado no México no final de setembro, a criação de um truste internacional para comercializar terrenos na Amazônia, como forma de preservar a região.

A resposta, assinada por Joss Wallace, um assessor de Miliban, afirma que "o Reino Unido apenas apoiará propostas para combater o desflorestamento que sejam aceitáveis para os governos dos países aos quais as ações serão dirigidas - neste caso, o Brasil". O documento faz menção às boas relações entre o Reino Unido e o Brasil no campo ambiental e reforça a necessidade de ações de peso para combater o desflorestamento da Amazônia.

Na seqüência, a íntegra da carta, traduzida para o português: "Obrigado por seu e-mail de 3 de outubro para David Miliband sobre informações de que o governo do Reino Unido apóia planos de privatizar a Amazônia. Eu fui solicitado a responder.

O Reino Unido reconhece a necessidade de enfrentar o desflorestamento, não apenas para reduzir o impacto nas mudanças climáticas, mas também porque as florestas sustentam a sobrevivência de comunidades e mantêm altos níveis de biodiversidade e funções essenciais para o ecossistema, incluindo fertilidade e estabilidade de solos, recursos hídricos e padrões climáticos regionais.

Estamos assim participando ativamente das negociações internacionais buscando maneiras efetivas de reduzir o desflorestamento sob a Convenção de Mudanças Climáticas da ONU. O Reino Unido e o Brasil chegaram a um acordo em torno do Diálogo de Ato Nível sobre Desenvolvimento Sustentável que, entre outros aspectos, oferece a oportunidade de compartilhar experiências sobre melhores práticas e trocar visões a respeito da aplicação de leis sobre florestas e governança. Esperamos poder explorar por intermédio do Diálogo formas para trabalharmos juntos na promoção do manejo sustentável de florestas.

Informações divulgadas recentemente na imprensa, sugerindo que o Reino Unido apóia a privatização da Floresta Amazônica, são inverídicas e equivocadas. Defendemos todo esforço para encontrar soluções para o problema, mas o Reino Unido apenas apoiará propostas para combater o desflorestamento que sejam aceitáveis para os governos dos países aos quais as ações serão dirigidas - neste caso, o Brasil. Não apoiamos nenhuma proposta e continuamos a trabalhar com o Brasil e outros países por intermédio dos diálogos sobre o desenvolvimento sustentável e negociações climáticas para desenvolver soluções aceitáveis para as partes. Nosso secretário de Estado para o Meio Ambiente, David Miliband, confirmou o compromisso do governo britânico para a continuada cooperação com o Brasil nos campos das mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável em um pronunciamento publicado pelo site do Defra, no seguinte link: www.defra.gov.uk/corporate/ministers/statements/dm061004.htm

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