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06/03/2009 - 08:35

Brasil se destaca em pesquisa do fluxo térmico da terra


Comissão Internacional de Fluxo Térmico da terra propõe criação de um grupo de trabalho baseado em estudo do Observatório Nacional.

Numa época de valorização da pesquisa científica sobre fontes alternativas de energias e não poluentes, o Brasil se destacou recentemente no cenário internacional com a publicação de trabalho de pesquisa na área de geotermia. O calor produzido pela Terra.

O destaque da pesquisa - Christoph Clauser, presidente da Comissão Internacional de Fluxo Térmico da Terra - IHFC, da Universidade Aachen, Alemanha, está propondo criação de um grupo internacional de trabalho para avaliar as implicações de um trabalho recentemente realizado pelo Grupo de Geotermia do Observatório Nacional, um dos institutos do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT. Trata-se da elaboração do Mapa de Fluxo Térmico Global, publicado no ano passado na revista International Journal of Earth Science, pelos pesquisadores Valiya Hamza, Roberto Cardoso e Cosme Ferreira Ponte Neto. Na revista internacional foram 19 páginas de exposição e análise, das potencialidades desta energia alternativa, passando pelos continentes e oceanos. Os resultados demonstram a necessidade de rever os conhecimentos atuais sobre o campo térmico da Terra, aceitos mundialmente nas últimas quatro décadas. A questão apresentada foi considerado tão importante que ganhou a capa da revista, com destaque para o mapa mundi mostrando as áreas de concentração do fluxo de calor na Terra (mostrado na ilustração acima). Os resultados demonstram que o estudo anterior realizado em 1993 na Universidade de Michigan, Estados Unidos sobreestima a perda de calor pela planeta Terra.

Origem da confusão - Segundo o pesquisador Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica, que está a frente deste projeto de análise global de dados geotérmicos: “- A origem da confusão atual em geotermia global está enraizada em modelos térmicos da Litosfera (camada sólida mais externa do planeta Terra, constituída por rochas e solo, a crosta terreste) e das bacias sedimentares propostas em estudos realizados no Instituto de Tecnologia da California em 1967 e na Universidade de Cambridge, Inglaterra em 1978. Estes modelos são aceitos atualmente, sem a devida avaliação critica dos fundamentos, pela comunidade geocientífica mundial e utilizada amplamente pelas Companhias de Exploração de Petróleo”.

Os dois mapas do fluxo térmico da Terra chegaram a mostrar 30% de diferenças na estimativa da energia térmica dissipado pelo planeta. Isso intrigou os cientistas, gerando debates nas reuniões internacionais realizados em Bykov (República Checa), Fort Lauderdale (EUA) e Cape Town (África do Sul).

Objetivo - De acordo com o Presidente do IHFC, Christoff Clauser, “o objetivo deste trabalho é chegar á um consenso internacional permitindo que as demais setores das Geociências falem a mesma linguagem quanto trata do campo térmico da Terra”. O Grupo está aberto a proposta dos pesquisadores, para resolver a questão das diferenças de potencia termal da Terra e as suas implicações tanto para estimativas desta fonte alternativa da energia como para a exploração de petróleo. | Por: Marcomede Rangel, sócio colaborador da Associação Brasileira de Imprensa, e físico.

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