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10/03/2009 - 09:29

BNDES aprova R$ 14,2 milhões ao IPT de São Paulo para a despoluir águas no subsolo de Santo André

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES aprovou uma linha de apoio tecnológico, no valor de R$ 14,2 milhões, com recursos não reembolsáveis, ao Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo AS-IPT. O objetivo é desenvolver alternativas tecnológicas para mitigar a poluição do solo e de águas subterrâneas contaminadas com produtos organoclorados - componentes químicos altamente tóxicos, muito comuns em pesticidas e defensivos agrícolas.

O projeto prevê a contratação de bolsistas de mestrado em tecnologia ambiental; biorremediação; e oxidação química; e também bolsistas de iniciação científica nas áreas de engenharia ambiental e de geologia.

O projeto propõe a busca de alternativas para despoluir áreas contaminadas por diferentes compostos, identificar técnicas que apresentem eficiência na redução de substâncias contaminadoras do solo, simplicidade na execução, menor tempo demandado pelo processo e menor custo. Na última década, tomou impulso o uso de técnicas que usam a microbiologia e a oxidação química como alternativas de melhoria do solo. Nesse contexto, cresce o interesse pela utilização dos organismos vivos, como microorganismos e plantas, no combate à poluição do solo e das águas. O método vem sendo objeto de intensos estudos científicos.

As várias tecnologias despoluentes de solos contaminados enfrentam dificuldades tais como a emissão de gases venenosos de alto risco, além de concentrações residuais elevadíssimas e a produção de grandes quantidades de resíduos contaminados.

O projeto é de importância para o município de Santo André (SP) que, em 1996, foi autuado e notificado pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Santo André, quanto às providências a serem tomadas em relação ao problema do local. Nesta ocasião, representantes do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE; da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB; e do Instituto de Pesquisas Técnicas do Estado de São Paulo – IPT se reuniram com a Promotoria e propuseram que houvesse uma atuação conjunta da CETESB com o DAEE, para a contratação do IPT, a fim de resolver a questão.

O HCB, objeto da pesquisa, é um composto químico cuja principal característica é permanecer por longo tempo ativo no solo. Sua origem é industrial e seu uso é difundido na agricultura como inseticida no cultivo de frutas e vegetais. Tem também uso médico no combate à praga de piolhos, sarna e carrapato.

As consequências para a saúde costumam ser irritações pulmonares, problemas cardíacos e sanguíneos, encefalias, convulsões e alteração do nível de hormônios sexuais.

Outro ponto positivo desse projeto reside na seleção de rota tecnológica mais adequada para solucionar os problemas ambientais e de saúde, de forma econômica, em áreas contaminadas por HCH.

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