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11/04/2007 - 07:20

Cedae inicia operações do Emissário Submarino da Barra da Tijuca com capacidade para retirar até cinco mil litros de esgotos/segundo das lagoas


O presidente da Cedae, Wagner Victer anunciou que a segunda fase do Programa de Saneamento da Barra da Tijuca e Jacarepaguá (PSBJ) começa em 30 dias com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (FECAM), da Secretaria estadual de Ambiente, no valor de R$ 87 milhões. O projeto prevê a construção da elevatória de Marapendi e a implantação da rede de captação de esgotos da Região do Jardim Oceânico e dos bairros no entorno da Lagoa de Marapendi e futuramente no Joá que retirará 900 litros/segundo da região.

As lagoas da Barra e de Jacarepaguá começam a ser recuperadas a partir de hoje. A afirmação é do governador Sérgio Cabral, na manhã do dia 10 de abril, durante a solenidade de início da operação do Emissário Submarino da Barra da Tijuca, referindo-se ao fato de que, a partir de hoje, as lagoas da região deixarão de receber a cada segundo 500 litros de esgoto in natura, e, em oito meses serão 800 litros/segundo – o material será lançado agora a quase cinco mil metros mar adentro, a uma profundidade de 40 metros.

– Há muito que se fazer ainda, mas hoje ocorre uma mudança histórica: a poluição das lagoas e praias da região ia numa ascendência e hoje ela faz a curva e começa a descer – ilustrou o governador.

Para entender melhor, em termos quantitativos, o que significa este alívio do sistema lagunar, o presidente da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), Wagner Victer, disse que os 900 litros de esgoto dariam para encher 30 piscinas olímpicas. – Ou um Maracanãzinho a cada três dias – completou.

O governo do estado investiu R$ 320 milhões na primeira fase do projeto que inclui as partes terrestre e marítima do emissário e a implantação de cerca de 200 quilômetros de rede coletora de esgoto, tendo sido implantadas aproximadamente 85 mil ligações domiciliares. O emissário terrestre, numa extensão de 2,5 quilômetros e com tubos de 2,3 metros de diâmetro, atravessa a Avenida das Américas a 12 metros de profundidade e a Lagoa de Marapendi a sete metros. A parte marítima tem uma extensão de 4.934 metros.

Victer anunciou que a segunda fase do Programa de Saneamento da Barra da Tijuca e Jacarepaguá (PSBJ) começa em 30 dias com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (FECAM), da Secretaria estadual de Ambiente, no valor de R$ 87 milhões. O projeto prevê a construção da elevatória de Marapendi e a implantação da rede de captação de esgotos da Região do Jardim Oceânico e dos bairros no entorno da Lagoa de Marapendi e futuramente no Joá, que retirará 900 litros/segundo da região.

O presidente da Cedae revelou ainda que o tratamento primário do esgoto estará implantado antes que o emissário submarino esteja operando em sua capacidade máxima, que é de cinco mil litros por segundo.

– Reestruturei um novo sistema na Cedae que é de fazer uma elevatória coadunada com a rede coletora de esgoto, pois não adianta fazer uma e a outra não. Acredito que em menos de um ano terminaremos esta segunda fase e aí serão mais 800 litros por segundo de esgotos lançados ao mar, aliviando ainda mais o sistema lagunar da região – completou Victer.

O governador garantiu que não haverá mais atrasos no PSBJ, programa considerado de grande importância para os moradores da Barra, Jacarepaguá e Recreio dos Bandeirantes.

– A pressa das pessoas tem de ser respeitada. Há problemas acumulados há 30 anos e estamos trabalhando para resolvê-los – ressaltou Cabral.

Nesta primeira fase, o emissário receberá o esgoto das localidades de Rio das Pedras, Jardim Clarice, Anil, Cidade de Deus, parte da Taquara, Freguesia e Praça Seca - bairros de Jacarepaguá - e dos condomínios Santa Mônica e Novo Leblon, ambos na Barra da Tijuca. Nessas localidades moram mais de 150 mil pessoas.

– O fato de o esgoto que começa a ser lançado hoje não ter tratamento primário e só tratamento preliminar, com a retirada dos resíduos sólidos, não fere a Lei 2.661, que é de minha autoria. A lei prevê que a estação pode lançar ao mar in natura até 1,9 mil litros de esgoto por segundo sem comprometer a água e o emissário vai lançar só 800 litros por segundo – explicou o secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc.

Na verdade, o emissário vai começar lançando entre 400 e 500 litros por segundo, mas até outubro irá aumentando gradativamente este volume até chegar aos 800 litros por segundo.

– Depois de l,9 mil litros por segundo a lei obriga o tratamento primário do esgoto a ser lançado ao mar, o que irá acontecer quando a Cedae terminar a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) da Barra – completou Minc.

O emissário tem capacidade para lançar ao mar até cinco mil litros de esgoto por segundo. Até lá a ETE estará terminada, para cumprir o que determina a lei, garantiu Victer. O presidente da Cedae rebateu a informação de que os moradores da região exigiam a inauguração do emissário com o esgoto já tratado.

– Na reunião que tive na Câmara Comunitária da Barra, a exigência era que o emissário entrasse logo em operação e começasse a despoluir as lagoas. Assumi o compromisso e cumpri – frisou.

Hoje, junto com o início da operação do emissário, haverá constante monitoramento da água pela empresa Acquacom, contratada pela Cedae, e pela Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (FEEMA), tanto na ETE como no ponto de lançamento em alto mar.

Também participaram do evento o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando de Souza Pezão, os secretários estaduais da Casa Civil, Régis Fichtner, de Transportes, Júlio Lopes, da Habitação, Noel de Carvalho, da Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, de Cultura, Luiz Paulo Conde, o coordenador de Comunicação Social do estado, Ricardo Cota, além de empresários e líderes comunitários da região, ambientalistas e políticos.

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