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26/04/2007 - 08:32

Petrobras investe no relacionamento com a comunidade para aumentar a sustentabilidade do Comperj

A sustentabilidade de um grande empreendimento requer o desenvolvimento equilibrado das comunidades que recebem o impacto desse investimento. Esse foi o tema da palestra Capital Social e Desenvolvimento Sustentável , apresentada dia 25 de abril, pelo gerente de Relacionamento da Petrobras, Gilberto Puig Maldonado, no segundo dia do Congresso Ibero-americano de Desenvolvimento Sustentável – Sustentável 2007.

Puig explicou o modelo de relacionamento com as comunidades que está sendo aplicado aos 15 municípios da área de abrangência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), sediado em Itaboraí e que tem previsão de iniciar as operações em cinco anos. De acordo com ele, o objetivo é preparar essas comunidades para tirarem proveito do investimento, aumentando seu capital social.

A Petrobras está utilizando como ferramenta para atingir esse objetivo o Programa De Olho no Ambiente, que usa a Agenda 21 como instrumento para o relacionamento entre os diferentes públicos, como governos, fornecedores, ONGs, entidades de classe, associações e comunidades.

"Um dos diferenciais dessa experiência é termos adotado a Agenda 21 como instrumento, porque ela permite, através dos fóruns multissetoriais, monitorar a execução das ações da Agenda. Com esse recurso estamos transformando em uma ação permanente o diálogo socioambiental que seria feito normalmente para o licenciamento do empreendimento", afirmou Puig.

Destaque para ações sustentáveis - Ontem (24/04), diversas ações desenvolvidas pela Petrobras em busca da sustentabilidade para seus negócios ganharam destaque na cerimônia de abertura do Sustentável 2007. O presidente da Petrobras e presidente de honra do evento, José Sergio Gabrielli de Azevedo, foi representado por seu consultor José Carlos Vidal, que enfatizou o investimento realizado em 2006 na área de sustentabilidade.

"A Petrobras reduziu as emissões para a atmosfera em 171 mil toneladas de carbono equivalente, a partir de um sistema de gestão eficiente. Além disso, estamos aproveitando fontes de energia renováveis, como a biomassa e as energias eólica e solar e investimentos na construção de três usinas para produzir biodiesel, propiciando ainda o desenvolvimento social de áreas rurais, a partir do incentivo à agricultura familiar. Outra iniciativa importante foi a aprovação do Centro de Excelência Ambiental da Amazônia, que deverá ser inaugurado em junho", disse Vidal.

Vidal destacou a importância da atuação da entidade que organiza o evento, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na sensibilização das empresas aos princípios e práticas da sustentabilidade.

O presidente do CEBDS, Fernando Almeida, afirmou que o planeta vive a falência dos serviços ambientais, como água limpa e ar limpo, pela incapacidade dos modelos de negócios de mudar. De acordo com ele, é preciso uma ruptura do modo de operar, pensar e consumir.

"Precisamos de lideranças, nos governos, nas ONGs e nas empresas, que tenham capacidade para organizar essas mudanças, de forma radical, pacífica e urgente", disse Almeida.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, chamou a atenção para o desafio que é tornar a sustentabilidade uma prática cotidiana, garantindo os direitos básicos da população.

"Temos uma importante parceria com a Petrobras em ações como a inspeção de ônibus urbanos para a redução do consumo de combustíveis e da emissão de gases causadores do efeito estufa", acrescentou.

Rios voadores - Na abertura do Sustentável 2007 também foi apresentada a próxima fase do projeto Brasil das Águas, denominada Expedição Rios Voadores, em alusão às correntes de ar que levam a umidade de Norte a Sul do Brasil e são responsáveis por grande parte das chuvas do Sudeste e Sul do país.

"Nesta fase do projeto queremos comprovar que o desmatamento da floresta poderá reduzir o transporte de vapor d`água da Amazônia para o Sul e o Sudeste do Brasil. A idéia é identificar e quantificar esse fenômeno", explicou Gérard Moss.

O professor Enéas Salati, responsável científico pela expedição, explicou que a Amazônia enfrenta dois expressivos problemas climáticos, dos quais ainda pouco se conhece. Um deles é o desmatamento, que impacta diretamente na flora e fauna. O outro, a mudança climática global, causada pela emissão de gases de efeito estufa, queima de carvão e queimadas, entre outros fatores.

"Nesses dois anos de trabalho, pretendemos avaliar o impacto de 30 anos de desmatamento na Amazônia, que já reduziram sua área em cerca de 600 mil km quadrados, equivalentes ao território da França", afirma Salati.

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