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14/11/2009 - 14:14

O Ano Internacional das Fibras Naturais, o Consumo Consciente e a Economia Criativa

O que temas tão importantes como estes têm em comum? Descubra no maior evento de Decoração e Design a céu aberto da América Latina.

Até o dia 28 de novembro acontece o Gabriel Indesign, um movimento capitaneado por mais de 70 empresas localizadas na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, na cidade de São Paulo, considerado o principal endereço da Decoração e Design da América Latina, por reunir as marcas on top. O evento terá como tema principal o “Ano Internacional das Fibras Naturais – Do Natural à Tecnologia Inteligente” e conta com o apoio da FAO/ONU, UNIC (Centro de Informação das Nações Unidas, ligado ao Secretariado Geral), UNCTAD (Conferencia das Nações Unidas sobre Comercio e Desenvolvimento), UN-HABITAT (Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos, responsável pelo Fórum Mundial Urbano) e da Rádio ONU (cobertura do projeto).

No dia 10 de novembro acontece a inauguração da exposição “Ano Internacional das Fibras Naturais – Do Natural à Tecnologia Inteligente”, no Espaço Cultural Tecnofeal (Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2.118) e da parede externa do Colégio Madre Alix. A FAO/ONU apresentará objetos de diversas comunidades, integrantes do projeto social Caras do Brasil (um modelo sustentável do setor 2.5, projeto social do Pão de Açúcar), e para mostrar a sustentabilidade do uso das fibras nos projetos de interiores, a Armando Cerello – empresa que há mais de 100 anos dedica-se à produção de móveis e acessórios de fibras naturais – fará uma ambientação especial.

Além de comemorar o Ano Internacional das Fibras Naturais, instituído pela ONU, o Gabriel Indesign une diferentes empresas em prol do design criativo e da tecnologia inteligente e marca o início do projeto de Requalificação Ambiental e Cultural da Alameda Gabriel, uma referência internacional de design que insere São Paulo entre as 25 principais cidades neste segmento em todo o mundo. Pelo seu caráter turístico e de negócios, o evento conta também com o apoio da Secretaria de Turismo e da Prefeitura de São Paulo, passando a integrar o calendário oficial da cidade.

O momento para a realização deste ambicioso projeto não poderia ser mais apropriado, já que as Nações Unidas comemoram o Ano Internacional das Fibras Naturais, que pretende discutir o papel das fibras naturais na segurança alimentar, no combate à pobreza e na preservação ambiental do planeta. É também oportuno lembrar que no final do ano todos os Estados-membros da ONU se reunirão em Copenhague (Dinamarca) para discutir o mecanismo que substituirá o Protocolo de Kyoto e por isso ações que visam esclarecer e alertar a população sobre as ameaças do aquecimento global e das mudanças climáticas são bem-vindas.

Neste sentido, o Gabriel Indesign conta com a participação de lojistas, da indústria da moda, de designers, profissionais da área de comunicação e do público em geral na discussão dos assuntos que afetam o comportamento (consumo consciente) e a promoção de reflexões sobre a produção e criação de produtos que utilizam as fibras naturais, o que sem dúvida ajudará a compreender esta questão que afeta a vida de todos.

A cada ano, os agricultores colhem cerca de 35 milhões de toneladas de fibras naturais de uma grande variedade de plantas (como o algodão, folhas de sisal, cascas de coco, caules de juta, plantas de cânhamo, linho e rami) e animais (ovelhas, coelhos, cabras, camelos e alpacas). Estas fibras formam tecidos, cordas e fios que foram (e são) fundamentais para a sociedade, desde os primórdios da civilização.

Entretanto, na metade do século XX, as fibras naturais perderam sua importância com a introdução dos materiais sintéticos (nylon, poliéster, polipropileno, acrílico) nas roupas e utilidades domésticas, devido, principalmente, ao custo. As fibras sintéticas são produzidas em massa e têm como base produtos petroquímicos. A competição por parte destes produtos sintéticos causou um grande impacto na vida de milhões de pessoas que dependem da produção e do processamento das fibras naturais.

Com o crescimento da população mundial e o aquecimento global, a disseminação de ações que promovam o consumo consciente passam a ter relevância internacional. A dependência de produtos derivados do petróleo tornou-se preocupante, já que não só se tornaram mais caros, como também estão associados à liberação de gases que ampliam o efeito estufa. Por outro lado, é comprovado que as fibras naturais são sustentáveis (podem ser devolvidas ao meio ambiente com menor prejuízo a natureza), uma escolha responsável.

Opção viável - A FAO/ONU definiu 2009 como o Ano Internacional das Fibras Naturais também pelo fato deste setor contribuir de forma efetiva para o crescimento econômico e ajudar a combater a fome e a pobreza no campo. As fibras naturais são de grande importância econômica para muitos países em desenvolvimento e vitais para a subsistência e a segurança alimentar de milhões de pequenos agricultores e processadores. Somente o mercado algodoeiro emprega 10 milhões de pessoas na África Ocidental e Central. Mais de 4 milhões de agricultores produzem a juta em pequena escala em Bangladesh e mais de 1 milhão de trabalhadores da indústria da seda atuam na China. Cerca de 120 mil famílias sobrevivem do pastoreio da alpaca nos Andes.

Escolha sustentável - A emergente "economia verde" é baseada na eficiência energética, em processos industriais que reduzem as emissões de carbono e materiais recicláveis. As fibras naturais são um recurso renovável. Cultivar uma tonelada de fibra de juta requer menos de 10% da energia utilizada para a produção de polipropileno. As fibras naturais são carbono neutro. O processamento produz resíduos que podem ser usados em biocompostos para construção de casas ou para gerar eletricidade. No final do seu ciclo de vida, as fibras naturais são 100% biodegradáveis. Além disso, têm boa resistência mecânica, baixo peso e custo. Fatores como estes as tornaram particularmente atraentes para a indústria automobilística. Na Europa, as montadoras usam cerca de 80 mil toneladas de fibras naturais ao ano para reforçar os painéis termoplásti cos. Na Índia foram desenvolvidos painéis compostos feitos de fibra de coco, que são mais resistentes.

Fibra é fashion - As fibras naturais estão no coração de uma "roupa sustentável" (eco-fashion) ou de um movimento que visa a criação de peças de vestuário sustentáveis em todas as fases do seu ciclo de vida, desde a produção até a eliminação. Produtores de fibras naturais, os fabricantes da indústria têxtil e de vestuário precisam estar cientes das oportunidades oferecidas pela crescente demanda por algodão orgânico e lã, para tecidos recicláveis e biodegradáveis.

A maioria das fibras naturais ainda é usada para fazer roupas (são mais confortáveis e proporcionam a transpiração da pele no verão e a manutenção do calor no inverno), isolar, amaciar e decorar os espaços de vida. Cada vez mais, os têxteis são usados em componentes de materiais compostos, em implantes médicos, geo e agrotêxtil. No futuro haverá lugar para fibras naturais e bio-fibras de base sintética, uma não precisa ser uma ameaça para a outra. Tanto produtores como os lojistas deverão considerar o impacto ambiental do ciclo de vida dos seus produtos, sobretudo com a crescente demanda de consumidores mais conscientes.

A fibra e a economia criativa - A economia criativa compreende setores e processos que têm como insumo a criatividade, em especial a cultura, para gerar localmente e distribuir globalmente bens e serviços com valor simbólico e econômico. De maneira geral, as indústrias criativas são constituídas pelos setores da propaganda, arquitetura, mercados de arte e antiguidades, artesanato, design, moda, filme e vídeo, software de lazer, música, artes do espetáculo, edição, serviços de computação e software, rádio e TV.

O mercado da decoração está inserido neste contexto, sobretudo as empresas que são, por excelência, formadoras de opinião e lançam tendências, como as que estão localizadas na Alameda Gabriel Monteiro da Silva e têm na utilização da fibra natural e da tecnologia inteligente seus maiores aliados. O evento pretende mostrar macro-tendências e o que há de melhor nas diversas vertentes do segmento “Indesign” de excelência, em marcas que fazem a diferença nos detalhes, na essência criativa e na qualidade do acabamento, sob o olhar dos mais renomados profissionais (estilistas, designers, arquitetos, decoradores, intelectuais) e formadores de opinião.

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